Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 34º Dia

Reconhecer nossos pecados para entrar no caminho da conversão ecológica

Foto: Vatican Media

30 Março 2020

 

Dia 34 de Navegação - 30 de março (Segunda-feira da semana V)

 

Reconhecer nossos pecados para entrar no caminho da conversão ecológica

 

Petição permanente para a conversão sinodal no início de cada dia

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva.

 

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios) 

Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou ao templo, e todo o povo se reuniu ao redor dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Colocando-a no meio, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi flagrada cometendo adultério. Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres. E tu, que dizes?”

Eles perguntavam isso para experimentá-lo e ter motivo para acusá-lo. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever no chão, com o dedo. Como insistissem em perguntar, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!” Inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo isso, foram saindo um por um, a começar pelos mais velhos. Jesus ficou sozinho com
a mulher que estava no meio, em pé.

Ele levantou-se e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém, Senhor!” Jesus, então, lhe disse: “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais” (João 8,1-11).

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

Todos temos nossos pecados, essa é a primeira atitude para poder entrar no caminho da conversão, ser conscientes de que não somos melhores que os outros, que é mais fácil condenar do que reconhecer nossos erros.

No que se refere ao cuidado da Casa Comum, em maior ou menor grau, todos participamos do pecado ecológico, porque temos ou consentimos atitudes que não respeitam o plano de Deus ou o que Ele criou. A conversão ecológica é uma atitude cada vez mais necessária, que pode ser considerada a base fundamental de outras, uma vez que o cuidado com a vida deve sempre ser uma prioridade na vida de todo ser humano, ainda mais na vida daqueles que têm fé e que dizem que acreditam no projeto de Deus. A misericórdia nos ajuda a entender que o pecado também está em nós e que não podemos permanecer no erro dos outros sem reconhecer o nosso, mesmo que pensemos que o nosso é menor.

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e no serviço à Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que vivemos. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito lhe provoca como uma preparação interna para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Meditação Final (Querida Amazônia, 52)

Aos membros dos povos nativos, agradeço e digo novamente que, “com a vossa vida, sois um grito lançado à consciência (...). Vós sois memória viva da missão que Deus nos confiou a todos: cuidar da Casa Comum”

 

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