Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 11º Dia

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07 Março 2020

 

Dia 11 de Navegação - 07 de março (sábado da semana I)

Descubrir o projeto de Deus para toda a humanidade

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva.

 

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios)

Jesus começou a ensinar os seus discípulos: “Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos.

Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito. (Mt 5,43-48)

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

Um Deus que faz o sol nascer sobre os bons e maus, um Deus que colocou a criação à disposição de todos, os justos e os injustos. As atitudes de Deus nos levam a assumir modos de vida que sejam base para amar. A escuta e o diálogo são passos que nos possibilitam construir uma sociedade em harmonia, onde o confronto seja superado a partir de uma maior disponibilidade para suplantar as diferenças, que deixam de ser vistas como um problema e passam a ser consideradas como a possibilidade de aprendizado mútuo e enriquecimento.

Construir relacionamentos desse tipo nos ajuda a aprender a ser perfeitos como é o nosso Pai que está no céu. Relações com aqueles que nos rodeiam e com o ambiente em que vivemos, a partir de uma perspectiva integradora, que nos leva a renunciar a posturas estabelecidas, para juntos construirmos projetos comuns que nos permitam viver em comunhão e tornar realidade uma Igreja sinodal e uma sociedade onde se descubra a presença do projeto de Deus para toda a humanidade, os maus e os bons.

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e no serviço à Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que vivemos. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito lhe provoca como uma preparação interna para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Meditação Final (Querida Amazônia, 57)

“Deus Pai, que criou com infinito amor cada ser do universo, chama-nos a ser seus instrumentos para escutar o grito da Amazônia. Se acudirmos a este clamor angustiado, tornar-se-á manifesto que as criaturas da Amazônia não foram esquecidas pelo Pai do céu. Segundo os cristãos, o próprio Jesus nos chama a partir delas, “porque o Ressuscitado as envolve misteriosamente e guia para um destino de plenitude. As próprias flores do campo e as aves que Ele, admirado, contemplou com os seus olhos humanos, agora estão cheias da sua presença luminosa” (LS, n. 100). Por todas estas razões, nós, os fiéis, encontramos na Amazônia um lugar teológico, um espaço onde o próprio Deus se manifesta e chama os seus filhos.”

 

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