Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 2º Dia

Indígenas Ashaninka, Aldeia Apiwtxa, Acre, Brasil. (Foto: Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania | Flickr CC)

27 Fevereiro 2020

Dia 2 de Navegação - 27 de fevereiro (Quinta-feira depois de Cinzas)

 

De nossas escolhas depende não apenas nossa vida, mas a de nossos descendentes.

 

Petição Permanente para a Conversão Sinodal no início de cada dia

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivemos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva.

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios)

Moisés falou ao povo dizendo: Veja: hoje eu estou colocando diante de você a vida e a felicidade, a morte e a desgraça.

Se você obedecer aos mandamentos de Javé seu Deus, que hoje lhe ordeno, amando a Javé seu Deus, andando em seus caminhos e observando os seus mandamentos, estatutos e normas, você vive-rá e se multiplicará. Javé seu Deus o abençoará na terra onde você está entrando para tomar posse de-la. Todavia, se o seu coração se desviar e você não obedecer, se você se deixar seduzir e adorar e ser- vir a outros deuses, eu hoje lhe declaro: é certo que vocês perecerão! Vocês não prolongarão seus dias sobre a terra, onde estão entrando, ao atravessar o Jordão, para dela tomar posse. (Deuteronômio 30,15-20).

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

Na vida somos livres para escolher entre vida e morte, entre felicidade e miséria. O Sínodo para a Amazônia está nos ensinando a descobrir novas maneiras de ser feliz, de aprender com os outros que não é apenas feliz quem tem muitas coisas, mas quem sabe e está disposto a cuidar do que pertence a todos. Deus é alguém que se dirige a toda a humanidade, nos desafia a ver a vida não de nossos interesses individuais, mas do comum.

De nossas escolhas depende não apenas nossa vida, mas a de nossos descendentes. Para isso é necessário escutar e ser fiel à voz do Senhor, que nos mostra que o caminho de vida é construído a partir do cuidado daquilo que pertence a todos. Os povos originais da Amazônia, e de muitos outros lugares do planeta, nos mostram que isso é possível. A chave é entender que a longa permanência nesta terra, que o Senhor deu aos nossos antepassados, depende do cuidado de todos.

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e ao serviço da Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que a gente já viveu. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito suscitar em nós como preparação interior para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Trecho para Meditação Final (Querida Amazônia, 42)

“Se o cuidado das pessoas e o cuidado dos ecossistemas são inseparáveis, isto torna-se particular- mente significativo lá onde «a floresta não é um recurso para explorar, é um ser ou vários seres com os quais se relacionar». A sabedoria dos povos nativos da Amazônia «inspira o cuidado e o respeito pela criação, com clara consciência dos seus limites, proibindo o seu abuso. Abusar da natureza significa abusar dos antepassados, dos irmãos e irmãs, da criação e do Criador, hipotecando o futuro»”.

 

Leia mais