Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 21º Dia

A aliança fundamental entre Deus e a humanidade baseia-se no cuidado

Foto: CIFOR | Flickr CC

17 Março 2020

 

Dia 21 de Navegação - 17 de março - Terça-feira da semana III

 

A aliança fundamental entre Deus e a humanidade baseia-se no cuidado

 

Petição permanente para a conversão sinodal no início de cada dia

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva. 

 

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios)

Azarias, de pé, orou assim, soltando a voz no meio do fogo: Não nos abandones até o fim, por causa do teu nome. Não rejeites a tua aliança, não retires de nós o teu amor, por causa de Abraão, o teu querido, por causa de Isaac, o teu servo, por causa de Israel, o teu escolhido. A eles tu falaste, prometendo multiplicar sua descendência como as estrelas no céu, como a areia que existe na praia.

Sim, Senhor, estamos reduzidos no meio de todas as nações, estamos hoje humilhados na terra inteira, por causa dos nossos pecados. Não há, neste tempo, chefe, profeta ou governante, não há holocausto, nem sacrifício, oferenda ou incenso, não há local para te entregar as primícias a fim de podermos encontrar misericórdia. Mas, de alma esmagada e espírito humilhado sejamos aceitos, como holocaustos de carneiros, de touros e milhares de gordos cordeiros. Seja esse, agora, o sacrifício que te oferecemos, e que, diante de ti ele seja completo, pois jamais haverá decepção para aqueles que em ti confiam. Mas, agora, vamos te seguir sempre, de todo o coração, andando no temor e buscando a tua face.

Ah! Não nos deixes decepcionados! Mas trata-nos conforme a tua bondade e tua misericórdia. Liberta-nos, repetindo os teus milagres, glorifica o teu nome, Senhor! (Daniel 3, 25.34-43).

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

A aliança fundamental entre Deus e a humanidade baseia-se no cuidado. Sermos conscientes de que temos quebrado essa aliança é um passo decisivo para recuperar a promessa inicial, para restabelecer essa relação que nos permite sentir novamente a proximidade de um Deus que, acima de tudo, é misericordioso.

A humanidade não pode perder aquilo que a fez crescer, sempre baseada em um desenvolvimento sustentável que tem como base esse cuidado. A partir daí, a promessa de uma grande descendência pode ser concretizada. Nesta perspectiva, somos chamados a entrar no caminho da conversão, que nos faz redescobrir o que fundamenta a nossa vida, a seguir a Deus, a assumir o seu projeto com todo o coração. Busquemos o rosto de Deus, reconheçamos a sua presença, sintamos que ao seu lado descobriremos sua bondade e misericórdia.

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e no serviço à Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que vivemos. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito lhe provoca como uma preparação interna para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Meditação Final (Querida Amazônia, 42)

"A sabedoria dos povos nativos da Amazônia “inspira o cuidado e o respeito pela criação, com clara consciência dos seus limites, proibindo seu abuso. Abusar da natureza significa abusar dos antepassados, dos irmãos e irmãs, da criação e do Criador, hipotecando o futuro"

 

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