Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 23º Dia

Deus nos mostra a vida em sonhos por meio de São José e do Papa Francisco

Foto: Greenpeace Brasil

19 Março 2020

 

Dia 23 de Navegação - 19 de março - Quinta-feira da semana III

 

Deus nos mostra a vida em sonhos por meio de São José e do Papa Francisco

 

Petição permanente para a conversão sinodal no início de cada dia

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva.

 

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios)

Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. Ora, a origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo.

José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, pensou em despedi-la secretamente. Mas, no que lhe veio esse pensamento, apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor, que lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa. (Mateus 1,16.18-21.24a)

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

Nem sempre é fácil entender o que Deus quer de nós. Poderíamos dizer que a conversão pode ser entendida como deixando para trás o que queremos aceitar os planos de Deus. Nem sempre é fácil dar esse passo, mas é verdade que assumir a vontade de Deus nos ajuda a descobrir que nele está o caminho da felicidade.

O sonho de José nos remete aos sonhos do papa Francisco, que, em “Querida Amazônia”, nos mostra suas intuições para uma região sobre a qual o mundo tem outros planos. José poderia ter condicionado decisivamente a vida de Maria, provocando situações de morte, mas, em um sonho, ele entende que o caminho é outro, que Deus sempre opta escolhe a vida. Hoje, muitas grandes empresas e muitos governos querem instalar sistemas de morte na Amazônia, mas o Papa Francisco nos convida a sonhar com a vida que nasce de Deus. Ele sempre tem seus caminhos de realizar seus planos.

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e no serviço à Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que vivemos. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito lhe provoca como uma preparação interna para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Meditação Final (Querida Amazônia, 8)

O nosso é o sonho de uma Amazônia que integre e promova todos os seus habitantes, para poderem consolidar o “bem viver”. Mas impõe-se um grito profético e um árduo empenho em prol dos mais pobres. Pois, apesar do desastre ecológico que a Amazônia está enfrentando, deve-se notar que “uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres” (LS, n. 49). Não serve um conservacionismo “que se preocupa com o bioma, porém ignora os povos amazônicos”.

 

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