'A Call to Mission': Novo livro sobre os jesuítas na China

Foto: Pixabay

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

21 Fevereiro 2018

A obra do Padre David Strong é leitura básica para uma perspectiva informada sobre as relações entre Vaticano e Beijing,

A opinião é de Michael Kelly SJ, Sydney, publicada por La Croix International, 20-02-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

A publicação pioneira sobre a China, A Call to Mission: A History of the Jesuits in China 1842-1954 foi lançado em Sydney no dia 19 de fevereiro.

Eis o artigo.

Com um trabalho de 15 anos de escrita e pesquisa sobre três continentes, realizado pelo autor Pe. David Strong, SJ, os dois volumes cobrem a segunda fase do envolvimento dos jesuítas com a China. Ao longo do século, juntaram-se aos mais de 1.200 jesuítas europeu e norte-americanos da ordem quase metade desse número de chineses. Eles trabalharam em toda a China, até que o novo governo comunista expulsou os estrangeiros e aprisionou grande parte dos chineses.

Leitura indispensável para uma perspectiva informada sobre as atuais negociações entre o Vaticano e a China, o mérito singular deste trabalho é a abrangência com que relata a vida dos jesuítas e da Igreja Católica no século mais turbulento da história chinesa.

O surgimento de nada menos do que de seis grandes eventos de agitação social e política neste período tirou uma antiga civilização à força dos padrões culturais e políticos que prevaleceram por mais de dois milênios.

O fato de o autor acessar os impactos destas convulsões sociais em nível local — através de diários e cartas dos jesuítas alocados por toda a China — dá à história um ar de como era a vida nas aldeias e cidades.

A China tem pairado no horizonte da imaginação da Igreja Católica por 500 anos e foi central para o sonho missionário dos jesuítas por quase o mesmo tempo. No entanto, apenas com o surgimento do livro o foco detalhado da atenção deslocou-se ao período significativo e negligenciado de envolvimento dos católicos e jesuítas com a China — os 112 anos da segunda chegada dos jesuítas, de 1842 a 1954.

Os escritos sobre o polímata Matteo Ricci, Ferdinand Verbiest e Adam Schall von Bell e o pintor requintado que extraordinariamente influenciou a pintura chinesa, Giuseppe Castiglione, adquirem grande importância e são o coração e a alma da primeira fase do impacto dos jesuítas na China — nos séculos XVII e XVIII. Eles levaram arte e lições ocidentais para a China e a língua e a literatura chinesas para a Europa.

Leia mais