08 Abril 2020
"A persistência do coronavírus não será tanto causa de interrupção das cadeias comerciais internacionais quanto uma metamorfose da ordem mundial, que mais do que transformar revelará a inexistência do fetiche da globalização: o coronavírus comportará um discurso ideológico securitário para controlar as cadeias de suprimentos que nada mais fará que se alinhar com a realidade do comércio internacional que há décadas vem se estruturando em entrelaçamentos de acordos bilaterais mais que na abertura de acordos multilaterais em escala global", escreve Edoardo Toffoletto, em artigo publicado por Business Insider, 07-04-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Eis o artigo.
Do isolamento, ou na língua global, do social distancing aos drones com vozes inquietantes e invasivas de funcionários públicos, o poder revela sua cara ao mesmo tempo apatetada e sinistra. O coronavírus parece agir como um catalisador para trazer à tona as duas faces inseparáveis da história: a gravidade trágica e sua farsesca repetição.
O poder é um dispositivo de modernidade que se estrutura, essencialmente sobre a separação dos grupos sociais, ou dos indivíduos em geral, combinado com o seu controlo e vigilância pan-óptica, como ensinava Michel Foucault em Vigiar e punir (1975) relendo atentamente o pensamento utilitarista de Jeremy Bentham (1748-1832), que escreveu precisamente The Panopticon (1791). Mas foi Thomas Hobbes no Leviatã (1651) quem descreveu a sociedade bem-ordenada, na qual cada um pode alcançar livremente seu prazer, através da poderosa imagem dos atletas que correm no estádio separados por cercas-vivas, onde os arbustos seriam as leis que impedem a cada um de criar obstáculos à liberdade do próximo. Por essa razão, a expressão inglesa social distancing parece extremamente mais sintomática, quase a hipérbole das cercas-vivas do Leviatã, em comparação com as noções mais neutras e higiênicas de "isolamento" ou "quarentena".
Nesta perspectiva, o uso um tanto macarrônico de drones pelo prefeito de Messina, Cateno de Luca, só pode nos parecer cômico, pois isso nos revela mais o vácuo de poder, a ausência das vértebras da instituição estatal, que todo o seu poder funcional, cuja falta é afinal denunciada pelo próprio prefeito. E é precisamente nessa falta de vértebras cada vez mais dramática da instituição estatal que devemos novamente e sempre nos questionar.
Além disso, qual o impacto do regime de social distancing para o mundo pós-coronavírus?
Estamos todos fazendo uma contagem regressiva para descobrir quando o social distancing poderia terminar, mas enquanto não houver vacina, é improvável que exista um fim absoluto do isolamento. Aliás, caso a vacina funcione, Gideon Lichfield alerta no MIT Technology Review que pode levar até 18 meses para que seja disponibilizada.
Se alguns meses de interrupção do fluxo do processo econômico já poderiam ser a condição de uma depressão, o que aconteceria com 18 meses?
Um estudo do Imperial College de Londres imagina que a solução menos complexa será adotar regimes alternativos de isolamento, dependendo do número de hospitalizados semanalmente por Covid-19, tomando como limiar crítico, por exemplo, 100 casos além dos quais teria que ser imposto o regime de emergência. Assim teremos que viver em social distancing por cerca de 2/3 do tempo.
Isso implica o estabelecimento de outros hábitos, e ao que Lichfield se refere adotando o termo "shut-in economy": essencialmente o trabalho realizado em casa. Mas é evidente que nem todos os setores podem se adaptar a essa organização de trabalho: restaurantes, cinemas, academias, museus, teatros, eventos culturais; todos esses trabalhos ou locais de concentração às vezes de massa de pessoas nunca poderão se adaptar à shut-in economy. Lichfield imagina que encontraremos "bizarros acertos que nos permitirão manter alguma aparência de vida social. Talvez os cinemas cortem seus assentos pela metade, encontros e reuniões se realizem em salas maiores, com cadeiras distantes umas das outras, e as academias passem a exigir reservas antecipadas dos usuários para não criar multidões dentro delas". De qualquer forma, será através da identificação de portadores positivos usando a tecnologia que será possível conviver com uma latência persistente do vírus, sem ao mesmo tempo negar-se a vida social, sem a qual o homem não é mais humano.
Mas as próprias condições da shut-in economy são na verdade globais. E assim, sob a intensificação dos contágios da Covid-19, a multinacional italiana Tecnocap, terceira maior produtora mundial de embalagens metálicas (tampas metálicas para recipientes de vidro e plástico e latas de aerossol e garrafas de alumínio) e nascida em 1993, assinou em 28 de fevereiro de 2020, uma joint venture com o Grupo indiano produtor de embalagens de metal e plástico Oricon Entreprise, formando a "Tecnocap Oriental Pvt" com sede em Mumbai, com 75% de controle do Grupo Tecnocap e 25% da Oricon. Com oito centros de produção no mundo (Espanha, República Tcheca, Ucrânia e Estados Unidos), 3 dos quais na Itália com sede em Cava de 'Tirreni (Salerno), a Tecnocap concentra 75% de seus negócios entre a Europa e Estados Unidos e espera alcançar um faturamento consolidado de aproximadamente 180 milhões em 2020.
Entre seus mais de 900 funcionários, mais de 1/3, cerca de 350, estão na Itália, onde está localizado um de seus três centros de pesquisa e desenvolvimento (República Tcheca e Estados Unidos), que tornam o grupo uma empresa de produção estruturada sobre a sustentabilidade, a responsabilidade social e a transformação digital. De fato, para o grupo "sustentabilidade e inovação digital são os pilares de todo processo estratégico de tomada de decisões", afirma a empresa, "para nós, criar valor sustentável significa realizar ações positivas para antecipar os desafios globais, estar orientados para o futuro e ter sucesso a longo prazo". Além disso, esses produtos essenciais para a cadeia de suprimentos, não apenas da indústria agroalimentar, mas também da farmacêutica, incluindo cosméticos e nutracêuticos, graças à atividade dos centros de pesquisa, tornam-se um elemento-chave da economia circular chegando a ser 100% recicláveis, reduzindo significativamente o impacto em termos de energia utilizada e, portanto, entropia sistêmica.
A joint venture com a Oricon "representa", segundo o acionista, fundador e CEO da Tecnocap, Michelangelo Morlicchio, "um capítulo importante em nossa estratégia de crescimento internacional alcançada através da diversificação do negócios e a expansão para mercados de alto crescimento".

Pandemia e resurrezione
(e-book, Guerini e Associati / goware, 2020)
De fato, a persistência do coronavírus não será tanto causa de interrupção das cadeias comerciais internacionais quanto uma metamorfose da ordem mundial, que mais do que transformar revelará a inexistência do fetiche da globalização: o coronavírus comportará um discurso ideológico securitário para controlar as cadeias de suprimentos que nada mais fará que se alinhar com a realidade do comércio internacional que há décadas vem se estruturando em entrelaçamentos de acordos bilaterais mais que na abertura de acordos multilaterais em escala global, conforme sugerido por Giulio Sapelli em sua última publicação de 2020. Pandemia e resurrezione (e-book, Guerini e Associati / goware, 2020).
Além disso, Sapelli considera algumas "medidas governamentais tomadas pela Itália" como "desconcertantes" porque são incapazes de defender ao mesmo tempo "a parte essencial do aparato produtivo sem a qual nem os recursos para derrubar a epidemia podem se reproduzir. A mensagem de 'ficar em casa'", afirma Sapelli, "é uma renúncia a usar em primeiro lugar todas as possibilidades e potencialidades tecnológicas que hoje possuímos para superar o vírus sem interromper a máquina de produção, distribuição e reprodução da sociedade". Portanto, devemos nos orientar mais para o exemplo "valioso a esse respeito" da Coreia do Sul e Taiwan mais que Cingapura e China. "O controle das fronteiras", explica Sapelli, "não foi considerado um nível adequado de segurança, enquanto se prestou muita atenção às diretrizes para escolas, universidades e locais de trabalho".
Desse uso virtuoso da tecnologia alternativo ao inquietante moloch chinês, nos informam Jaron Lanier e E. Glen Weyl no Foreign Affairs. Antes de tudo, o modelo Taiwan catalisa "o amplo desejo dos cidadãos de serem úteis como produtores, e não apenas consumidores, das ferramentas necessárias para a vitória sobre o inimigo - seja ele um exército estrangeiro ou um vírus letal. As sociedades que deixam de agir de acordo com essa perspectiva em tempos de crise desperdiçam seu recurso fundamental".
Isso implica que o Estado não intervém unilateralmente como produtor para fornecer à população os bens necessários como se fosse uma massa inerte de consumidores. A produção se determina a partir das exigências locais "baseadas em um ethos de ampla participação digital e no desenvolvimento de ferramentas orientadas pela comunidade", que tornaram através do uso de tecnologias o processo logístico para a gestão da crise sanitária "rápido, preciso e democrático". Portanto, essa produção de tecnologia é chamada "tecnologia civil".
Ao expandir a participação no desenvolvimento de ferramentas de TI em toda a sociedade, "Taiwan evitou a tecnocracia e a tecnofobia, mantendo a confiança e o fluxo bidirecional de informações diante da crise". A instituição estatal, portanto, forneceu "os recursos computacionais necessários e a banda larga para permitir que essas ferramentas possam ser usadas por toda a população. O resultado não foi apenas uma distribuição mais eficaz das máscaras, mas também reduziu o pânico e gerou um amplo e justificado orgulho".

La società automatica, Bernard Stiegler
A mão pública aqui atua como um vetor escalar para implementar em larga escala o que é produzido localmente de acordo com a lógica e as necessidades expressas momento a momento por comunidades específicas. Tal "tecnologia civil" nos remete às propostas de Bernard Stiegler para lidar com os efeitos socioeconômicos do desenvolvimento tecnológico que entrevistamos nessas páginas no início de 2019.
O leitor italiano finalmente poderá acessar o primeiro volume da La società automatica (trad.it. Paolo Vignola, Sara Baranzoni e Igor Pelgreffi, Edizioni Meltemi, 2019), onde o filósofo lança as bases para sua leitura dos desafios socioeconômicos do contemporâneo. Como escreve Peppe Allegri, em Operavivamagazine, fazendo a resenha do livro, o seu objetivo é "contribuir para fomentar a invenção de uma sociedade pós-salarial dentro e contra os desafios da inovação tecnológica na sociedade digital que se torna automática", onde a economia contributiva emerge da ação sinérgica do "associacionismo de base e fragmentos da classe dominante" para repensar "o território digitalizado como interface social, plataforma habilitadora, espaço de experimentação institucional e transformação das relações sociais em uma perspectiva cooperativa, mutualista, colaborativa e circular e regenerativa". A importância da proposta de Stiegler, focada na economia contributiva, deriva do fato de que o mundo pós-coronavírus certamente será mais pós-salarial do que hoje.
Para ler a versão completa do artigo, intitulada Geopolítica do covid-19: Dal pandemic-bond alla "tecnologia civile" nell’ irreversibile metamorfose dell’ ordine mondiale, acessar aqui.
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Cenários pós-coronavírus: da ‘tecnologia civil’ à economia contributiva - Instituto Humanitas Unisinos - IHU