“Não devia estar aqui, mas na escola”, diz Greta Thunberg aos dirigentes mundiais na ONU

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24 Setembro 2019

A jovem militante sueca pediu satisfações aos líderes mundiais na abertura do Encontro de Ação Climática, organizado pelo secretário das Nações Unidas, António Guterres, denunciando a “falta de ação” dos dirigentes.

A reportagem é publicada por Radio France Internationale - RFI, 23-09-2019.

“Eu não deveria estar aqui, deveria estar na escola, do outro lado do oceano”, disse a estudante, com a voz tremendo. “Como vocês ousam? Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias”, disse Greta Thunberg aos dirigentes mundiais. Sessenta e seis países se comprometeram à chamada “neutralidade do carbono” até 2050. Segundo a ONU, dificilmente esse engajamento se transformará em leis locais.

O objetivo é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em pelo menos 45% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono em meados do século. Os países devem compensar as emissões plantando árvores, por exemplo. Mas o pessimismo reina: o Brasil, que detém a maior parte da Amazônia, e os Estados Unidos, o terceiro país que mais emite gás carbônico no mundo, não participaram da cúpula da ONU nesta segunda-feira.

O presidente americano, Donald Trump, apareceu rapidamente e sentou-se por cerca de dez minutos, causando espanto nos presentes. “Acredito no ar e na água pura e todos os países deviam se unir para isso”, declarou. A China e a Índia, dois dos maiores consumidores de carvão, não assumiram novos compromissos.

Para Laurence Tubiana, uma das negociadoras do acordo de Paris assinado em 2015, sobre o clima, as principais declarações da China e da Índia devem ser feitas no que vem, antes da reunião da COP26 prevista para o fim de 2020. Mas a China pelo menos renovou seu apoio ao processo que envolve o acordo de 2015, o que já é positivo.

“Precisamos dos jovens”

Sem citar diretamente a jovem sueca, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que “ninguém pode ignorar essa exigência de justiça entre as gerações. Precisamos dessa juventude para ajudar a mudar as coisas e botar mais pressão em cima daqueles que são refratários a mudanças”. Ele julgou as manifestações pelo clima, ocorridas no fim de semana na França, “simpáticas”, ressaltando que seria mais útil pressionar países como a Polônia, que se recusa a assumir compromissos.

Os cinco últimos anos foram o período mais quente já registrado na Terra, de acordo com um relatório publicado recentemente pela ONU. A Terra tem 1° grau a mais em relação ao século 19, e acabará com 3° em 2100 se as medidas para proteger o planeta não evoluírem.

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