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Leão XIV: entre a herança e a esperança

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16 Mai 2025

O Papa Leão XIV, como sucessor de Pedro, é chamado a ser um farol de esperança e um construtor de pontes em um planeta cada vez mais devastado pela avareza e a crueldade. Sua capacidade de integrar a rica tradição teológica da Igreja com uma profunda compreensão dos desafios contemporâneos será, portanto, crucial para o seu pontificado”, escreve Lisandro Prieto Femenía, escritor e filósofo argentino, em artigo publicado por Insurgencia Magisterial, 11-05-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

A eleição de um novo Sumo Pontífice constitui um kairós, ou seja, um tempo de graça e discernimento para a Igreja Católica. Não só representa a sucessão apostólica de Pedro, fundamento da unidade e da missão eclesial (cf. Mt 16, 18-19; Lumen Gentium, n. 20), mas também inaugura uma nova etapa marcada pela singularidade do novo pastor e suas respostas aos desafios de nossa época. Neste contexto, a eleição do cardeal estadunidense Robert Francis Prevost, que assumiu o nome de Leão XIV, convida a uma profunda reflexão filosófica e teológica.

O ministério de Leão XIV se inscreve em um presente eclesial complexo, marcado pela herança de pontificados recentes e a urgência de responder a problemas multifacetados. A crescente secularização, diagnosticada por autores como Charles Taylor como uma profunda transformação das condições da crença religiosa (A secular age, 2007), a persistência de crises de fé e confiança derivadas, em parte, de escândalos de abusos, os desafios urgentes da justiça social e ambiental, fortemente articulados na encíclica Laudato Si’ (2015), do Papa Francisco, bem como a necessidade de aprofundar o diálogo inter-religioso e ecumênico, configuram um panorama desafiador. A tradição teológica que sustenta o papado, da reflexão patrística sobre o mumus petrinum (a tarefa de Pedro) até a rica doutrina conciliar do século XX, oferece um marco fundamental para que possamos compreender a dimensão desta nova missão (cf. John O’Malley, What happened at Vatican II, 2008).

Para compreender a marca que Leão XIV poderá imprimir em seu ministério, é crucial dirigir o olhar para a sua trajetória anterior: seu serviço como bispo de Chiclayo, Peru, de 2001 a 2014, revela um pastor comprometido com a realidade de sua Igreja local. Segundo uma análise de Vida Nueva Digital (2014), durante seu episcopado em Chiclayo, Dom Prevost demonstrou uma sensibilidade especial pelos problemas sociais, promovendo iniciativas em favor dos mais vulneráveis e defendendo a dignidade humana. Esta experiência em uma Igreja periférica, confrontada com a pobreza e a desigualdade, pode ter marcado profundamente sua perspectiva sobre a missão social da Igreja.

Posteriormente, sua nomeação como Prefeito do Dicastério para os Bispos, em 2023, ofereceu-lhe uma visão panorâmica da Igreja universal e dos desafios inerentes ao governo pastoral. A este respeito, o teólogo Kurt Koch, atual Prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, destacou em diversas entrevistas a importância da colegialidade episcopal e a necessidade de um discernimento cuidadoso na seleção de bispos que sejam verdadeiros pastores, segundo o coração de Cristo (cf. Servizio Informazione Religiosa, 2023). A participação de Leão XIV neste processo também pode nos sugerir uma compreensão da tarefa crucial de fortalecer a liderança pastoral nas Igrejas particulares.

Agora, a partir de uma ótica filosófico-teológica, a trajetória e as experiências de Leão XIV podem ser traduzidas em um enfoque particular para o seu pontificado. Seu compromisso prévio com a justiça social ecoa na teologia da libertação, que enfatiza a opção preferencial pelos pobres e a transformação das estruturas injustas (cf. Gustavo Gutiérrez, Teologia da libertação, 1971). Sua experiência no Dicastério para os Bispos pode ter fortalecido sua visão sobre a colegialidade e a sinodalidade, temas centrais no atual debate eclesial e insistentemente promovidos pelo Papa Francisco (cf. Evangelii Gaudium, n. 16). A este respeito, o teólogo Ormond Rush (2018), em The vision of Vatican II: Its fundamental principles, ressalta como a sinodalidade não é apenas um método, mas uma dimensão constitutiva da Igreja.

Como vocês podem ter notado, o pontificado de Leão XIV emerge em um contexto de desafios urgentes. Como mencionamos de passagem recentemente, a crise de credibilidade resultante dos escândalos requer respostas contundentes e medidas eficazes para a cura das vítimas e a prevenção de casos futuros (cf. Vos estis lux mundi, 2019). Em segundo lugar, a polarização interna na Igreja, com diferentes sensibilidades teológicas e pastorais, exige uma liderança capaz de fomentar a unidade na diversidade (cf. Massimo Faggioli, Catholicism and citizenship: Political Cultures of the Church in the XXI Century, 2017). Em terceiro lugar, o diálogo com o mundo contemporâneo, marcado pelo pluralismo religioso e a indiferença, requer uma nova evangelização que seja relevante e atraente (cf. Documento de Aparecida, 2007). Por fim, a reforma da Cúria Romana, iniciada pelos seus predecessores, demanda continuidade e discernimento para torná-la mais eficiente e a serviço da missão da Igreja (cf. Praedicate Evangelium, 2022).

A liderança eclesial em nosso século se desenvolve em um cenário globalizado e complexo, marcado pela rapidez nas comunicações, a pluralidade de visões de mundo e a interconexão dos desafios. O papado, neste contexto, enfrenta desafios específicos que vão além da administração interna da Igreja. Autores como Timothy Radcliffe (2005), em sua obra intitulada What is the point of being a Christian?, enfatizam a necessidade de uma liderança que seja profética, capaz de escutar as vozes do mundo e discernir os sinais dos tempos à luz do Evangelho; ou seja, uma liderança que promova a comunhão e a participação, superando as divisões e fomentando a corresponsabilidade de todos os batizados.

Um dos desafios mais urgentes para a liderança papal, atualmente, é navegar pelos conflitos geopolíticos e suas implicações humanitárias e religiosas. A situação persistente e trágica na Terra Santa, com o bombardeio incessante do território palestino onde coexistem comunidades cristãs e muçulmanas, representa um desafio pastoral e ético de grande magnitude. A Igreja Católica, com sua longa tradição de busca da paz e a justiça (cf. Pacem in Terris, João XXIII, 1963), tem a responsabilidade de levantar sua voz em defesa dos direitos humanos, do fim da violência e da promoção de uma solução justa e duradoura na região.

O impacto desses conflitos nas comunidades cristãs locais é particularmente doloroso. Conforme destaca o Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, em repetidas declarações, as comunidades cristãs na Terra Santa se veem diretamente afetadas pela violência, a insegurança e falta de perspectivas. Portanto, a liderança papal deve oferecer consolo e solidariedade a essas comunidades, defender sua proteção e garantir que suas vozes sejam escutadas no cenário internacional. Isto requer um delicado equilíbrio diplomático e firmeza profética na condenação da violência indiscriminada e na defesa do respeito ao direito internacional e aos direitos humanos fundamentais.

Além da situação na Terra Santa, seu papado deve abordar outros desafios globais, como a crise climática, a crescente desigualdade econômica, as migrações forçadas e a defesa da dignidade humana em todas as suas etapas. Esses desafios exigem uma liderança moral clara e uma capacidade de diálogo com líderes políticos, religiosos e com toda a sociedade civil. O Papa Leão XIV, como sucessor de Pedro, é chamado a ser um farol de esperança e um construtor de pontes em um planeta cada vez mais devastado pela avareza e a crueldade. Sua capacidade de integrar a rica tradição teológica da Igreja com uma profunda compreensão dos já mencionados desafios contemporâneos será, portanto, crucial para o seu pontificado.

Enfim, queridos leitores, o pontificado iniciado por Leão XIV se situa na encruzilhada entre uma rica herança teológica e os desafios urgentes do presente. Sua trajetória, marcada pelo compromisso social e a experiência na condução do episcopado, junto à reflexão sobre as possíveis perspectivas filosófico-teológicas que informarão seu ministério, convidam-nos a ter uma esperança ativa. A responsabilidade dos fiéis reside, agora, em acompanhar com a oração, a reflexão crítica e a colaboração este novo capítulo da história da Igreja Católica, confiando na orientação do Espírito Santo que atua por meio de seu Vigário na terra.

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