#euficoemcasa. ‘Transformar o medo do coronavírus em um recurso é possível’: os conselhos do neurologista Sorrentino

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17 Março 2020

A disseminação do coronavírus tem consequências importantes sobre a mente das pessoas. Muitos, nestes tempos caracterizados pela incerteza, experimentam sensações como ansiedade, medo, se não mesmo pânico. Business Insider pediu ao neurologista Rosario Sorrentino uma ajuda para nos orientarmos nos meandros da mente em um momento tão particular e complexo.

A entrevista é de Carlotta Scozzari, publicada por Business Insider, 16-03-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Doutor Sorrentino, como se pode tentar controlar o medo?

Neste momento em que há uma grande aceleração de emoções, resultado também de um certo sensacionalismo da mídia, acho que deve ser revertido o paradigma e que o medo deve ser visto como um recurso.

Como isso pode ser feito?

O medo tem dois componentes: um emocional e outro racional e consciente. É precisamente esse segundo componente que deve ser explorado para garantir que nossa resiliência possa nos fazer recomeçar com mais disposição do que antes. Aconselho a nunca negar o medo: é humano e pode ser usado eficazmente em sentido positivo para recomeçar.

Existem muitas situações de incerteza que se sobrepõem: há quem é obrigado a fechar um negócio, quem teme mais em geral pelo próprio emprego, quem perde muito dinheiro na bolsa. Como devemos nos comportar?

Nesta fase, existem três comportamentos mais típicos: aqueles relacionados à incerteza, aqueles do chamado freezing, nos quais você fica bloqueado e não sabe mais o que fazer e aqueles relacionados ao impulso. Mas o coronavírus nos pede uma maior flexibilidade. Este é o momento da reflexão, do retorno ao pensamento, de não ter pressa, que é o braço armado do impulso.

Vale para qualquer situação?

Sim, porque em qualquer situação, seja emocional, afetiva, econômica ou patrimonial, não é o momento certo para decidir. O motivo é que há confusão demais e a pessoa está à mercê de emoções negativas. As decisões devem ser adiadas para mais tarde, quando houver mais lucidez.

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