Ecossocialismo: caminho para superação das crises ambientais e econômicas. Entrevista especial com Arlindo Manuel Esteves Rodrigues

Foto: stockvault

Por: João Vitor Santos | 11 Junho 2019

O modelo de produção e consumo capitalista é o que, na visão do professor Arlindo Manuel Esteves Rodrigues, está levando ao esgotamento do planeta, e o estado de crises econômicas que se vive é uma das faces dessa degradação. “Inicio citando o ativista e economista Kenneth Boulding: ‘quem acredita que um crescimento infinito é possível em um mundo finito, ou é louco ou é economista’. Assim, considero que a economia moderna contribui com a atual crise socioambiental em dois níveis”, observa. Para ele, uma forma possível de se quebrar esse círculo perverso de crises e degradações pode se dar através da lógica do que chama de ecossocialismo.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, explica que “o pensamento ecossocialista é uma alternativa ao modelo hegemônico de pensar e agir na sociedade”. Mas o que diferencia esse do conceito clássico de socialismo? Rodrigues defende seu conceito porque acredita que as propostas clássicas não contemplam amplamente a questão ambiental. “Ao mesmo tempo, as propostas ecológicas que excluem o socialismo não têm a radicalidade necessária para superar essa crise”, completa. E vai além: “essa radicalidade orienta a busca da raiz da crise socioambiental e alerta a ineficiência das reformas propostas pelas bandeiras do desenvolvimento sustentável e economia verde”.

Assim, o professor reitera que, para os ecossocialistas, “a origem e base da crise socioambiental é o próprio modelo produtivista e consumista do capitalismo”. Daí a importância de romper não somente com a lógica capitalista, mas também conceber outras perspectivas que levam em conta a finitude dos recursos do planeta. “A utopia ecossocialista assume que, além de denunciar as injustiças e desequilíbrios socioambientais, anuncia uma outra forma de civilização. Essa utopia é concreta pois parte de situações reais, concretas, para propor novos caminhos para sua superação”, acrescenta.

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues (Foto cedida pelo entrevistado) 

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues é graduado em Licenciatura Plena em Ciências pela Federação das Faculdades Celso Lisboa, do Rio de Janeiro. Também possui mestrado em Administração e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Em agosto de 2016, iniciou pós-doutorado em Administração com o tema "Administração de bens Comuns: Caso da Água", na PUC-SP. Entre suas publicações, destacamos o livro Ecossocialismo: Uma Utopia Concreta (Mauritius: Novas Edições Acadêmicas, 2018).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O mundo e o Brasil vivem o que muitos chamam de estado de crises, de ambiental a econômica e social. Em que medida a percepção moderna de economia que temos hoje tem contribuído para esse estado de crises?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – Inicio citando o ativista e economista Kenneth Boulding[1]: “quem acredita que um crescimento infinito é possível em um mundo finito, ou é louco ou é economista”. Assim, considero que a economia moderna contribui com a atual crise socioambiental em dois níveis.

No nível macro, temos a busca do crescimento econômico, a “PIBdependência”. Nesse nível, as políticas públicas, reforçadas pelas estruturas ideológicas empresariais, nos impõem a percepção de que o crescimento econômico, o crescimento do Produto Interno Bruto - PIB, é o objetivo central da sociedade. Essa estrutura ideológica nos esconde outras medidas socioambientais importantes a que, na minha visão, o indicador PIB deveria estar subordinado. Entre os indicadores importantes temos o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH e o Gini, medida de desigualdade desenvolvida.

Uma proposta interessante é o Felicidade Interna Bruta - FIB, aplicado no país Butão, no sul da Ásia. Ressalto que a vida não pode estar subordinada a nenhuma métrica, e os indicadores devem, apenas, apontar oportunidades de melhoria na construção da sociedade do bem viver.

Consumo para felicidade

No nível micro, a sociedade está presa na armadilha viciosa de consumir para ser feliz. Mas, como esse consumo não provoca a felicidade esperada, a opção é prosseguir na busca com mais consumo. Esse ciclo é fortemente alimentado pela propaganda e pela obsolescência programada, pois são investidos milhões de dólares para nos convencer a consumir coisas que não precisamos e que o nosso bem precisa ser trocado por estar obsoleto.

Essa lógica consumista decreta uma pressão predadora dos recursos naturais acima da capacidade de reposição do planeta e exploração colossal da vida, Humana e Natureza. O desafio da sociedade é redefinir quais são os critérios econômicos na definição de uma governança, cujo objetivo é a Vida.

IHU On-Line – Como o campo da economia, atualmente, se relaciona com as perspectivas ecológicas e ambientais? E qual a importância de um pensamento econômico atravessado por essas perspectivas?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – Uma mudança importante, em processo, na teoria econômica é incorporar os limites da natureza na sua teoria. A economia tem como desafio responder os seguintes enigmas da natureza: quais são as condições planetárias que a humanidade precisa respeitar, a fim de evitar o risco de mudanças ambientais prejudiciais ou mesmo catastróficas para a humanidade?

Em termos concretos, a sociedade tem como desafio produzir sob a pressão das mudanças climáticas e desertificações. Certamente, o pensamento tradicional da economia apenas promete e não consegue responder a esse enigma. A riqueza desse tema é que ele é necessariamente interdisciplinar, isto é, sua resposta, ainda em construção, será alcançada pelo diálogo entre as ciências econômicas, sociais, naturais.

IHU On-Line – O senhor trabalha com um conceito de ecossocialismo. No que consiste essa ideia e no que ela se diferencia da ideia original de socialismo? Por que considera essa uma utopia concreta?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – O pensamento ecossocialista é uma alternativa ao modelo hegemônico de pensar e agir na sociedade. Esse pensamento afirma que as propostas socialistas que não incluem a pauta ecológica não conseguem resolver a atual crise socioambiental. Ao mesmo tempo, as propostas ecológicas que excluem o socialismo não têm a radicalidade necessária para superar essa crise.

Essa radicalidade orienta a busca da raiz da crise socioambiental e alerta a ineficiência das reformas propostas pelas bandeiras do desenvolvimento sustentável e economia verde. Para os ecossocialistas, a origem e base da crise socioambiental é o próprio modelo produtivista e consumista do capitalismo, que tem em sua essência vital a necessidade de crescimento contínuo à custa do esgotamento do trabalhador e da Natureza.

A utopia ecossocialista assume que, além de denunciar as injustiças e desequilíbrios socioambientais, anuncia uma outra forma de civilização. Essa utopia é concreta pois parte de situações reais, concretas, para propor novos caminhos para sua superação.

IHU On-Line – Como o senhor analisa a forma como o capitalismo vai se fagocitando, a ponto de cooptar as perspectivas ecológicas e com apelo à preocupação com os cuidados ao meio ambiente, colocando-as a serviço de suas lógicas?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – Como nos ensinou Benjamin[2], o capitalismo não morrerá de forma natural. A atual adaptação desse modelo incorpora a questão social nas propostas de desenvolvimento sustentável e economia verde. Mas sua incapacidade de priorizar a vida e colocar o lucro como ética orientadora impõe uma barreira limitadora.

A preocupação dos representantes do capital, ecocapitalista, está restrita na dinâmica do processo produtivo, pois ele gera dois resultados, o produto desejado e o resíduo, material para descarte e esse material é definido como poluição. Para minimizar essa poluição, os ecocapitalistas apostam na associação de tecnologias.

As tecnologias são importantes, porém são apenas ferramentas que auxiliam a política de superação de combates à poluição e superação das crises. A superação da crise socioambiental exige a construção de uma outra lógica de produzir e organizar a sociedade, socialmente justa, ambientalmente integrada e solidária.

IHU On-Line – Quais os desafios para conceber saídas ao mercado financeiro e lógicas de financeirização da vida, levando em conta uma espécie de ética ambiental?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – Nesse tema, a obra Capital Improdutivo[3] de Dowbor[4] é uma ferramenta essencial. Para superação desse poder, devemos investir em novos arranjos produtivos. A estrutura de autogestão envolvendo o resgate dos bens comuns e a autonomia dos trabalhadores associados sobre a quantidade e a qualidade da aplicação do trabalho e Natureza em contraponto às corporações.

IHU On-Line – O Bem Viver[5] é uma ideia presente desde os grupos originários e povos indígenas. Em que medida esse conceito ainda é potente para pensar em alternativas aos sistemas de consumo e produção de nosso tempo?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – O diálogo entre os conhecimentos tradicional e científico é fundamental para romper a atual lógica predatória do consumismo. Nessa troca de saberes, o bem viver nos ensina que o desenvolvimento, o crescimento econômico e o progresso não podem ser os objetivos da sociedade. O desejável deve ser a melhoria social proposta pela cosmovisão de nossos ancestrais.

Esse movimento expressa um processo que está em construção, sempre buscando propor resposta, ferramentas e métricas, a partir da identidade multicultural, para superação da atual crise socioambiental. Essa visão repudia a percepção de que a Natureza deve ser explorada, sacrificada no altar do produtivismo e lucro.

IHU On-Line – Quais os desafios para conceber a gestão de bens comuns, levando em conta tanto as necessidades do mundo de hoje e a emergência de preservação de recursos naturais? E no que as suas pesquisas acerca da gestão da água podem inspirar a pensar outras saídas?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – Há uma orientação ética na Red Nacional de Acueductos Comunitarios da Colômbia que ilustra a outra lógica de sociedade: “a Água não é de ninguém e, ao mesmo tempo, é de responsabilidade de todos”. Dowbor nos ensina, na obra Pão Nosso[6], que há pilares econômicos cuja governança natural é empreendedora, isto é, a busca de lucro e renda é orientadora das decisões, mas há pilares (infraestrutura e social) em que essa busca não é a forma adequada para sua gestão, pois envolve, além do planejamento estratégico de Nação, o bem-estar das famílias. Nesse sentido, é fundamental que alguns bens sejam entendidos como comuns. Assim, bens não podem ser regidos pela lógica do lucro, não são mercadorias.

A minha pesquisa sobre a Água aponta que há duas propostas em construção em que devemos investir muito: remunicipalização e gestão coletiva. A remunicipalização da gestão dos bens comuns está apresentando duas tendências muito interessantes: participação cidadã, principalmente nas cidades francesas Paris e Grenoble, e a colaboração em rede, nesse caso, destaco as trocas de conhecimento entre as cidades da Espanha e França.

A outra solução, gestão coletiva, resgata o conhecimento tradicional dos ancestrais e, ao mesmo tempo, o atualiza. Assim, podemos afirmar que está em construção e está fortemente ligada às especificidades locais, não há uma solução padrão. Há propostas muito ricas na Bolívia, Colômbia e México. No Brasil, temos o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST que, ao associar o uso coletivo da terra com a água, nos apresenta soluções importantes.

IHU On-Line – O Papa Francisco vem, desde o início de seu pontificado, insistindo na necessidade de conceber perspectivas econômicas que não excluam e entrem em sintonia também com as necessidades do planeta. Recentemente, ele convocou economistas para que, no ano que vem, participem de um encontro em Assis e juntos busquem “uma economia que não mate”. Como o senhor observa essas críticas e proposições do pontífice ao campo econômico?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – O Papa Francisco tem contribuído muito com o debate socioambiental, aliás a Carta Encíclica Laudato Si’[7] é leitura obrigatória para todos nós. Um ponto importante nesse diálogo é definir a “Vida” como critério ético central na produção acadêmica, nas políticas públicas e nos debates políticos. Acredito que a contribuição do Papa Francisco é fundamental no resgate da Vida, da sociedade do bem viver para todos.

A sociedade caiu na armadilha das priorizações do capital cuja orientação ética é a busca do lucro, do sucesso material. Nesse sentido, o direito à vida plena e da felicidade, como valor socioambiental cristão, muito presente nas manifestações do Papa Francisco, indica outra lógica socioambiental, uma importante contribuição.

IHU On-Line – No caso do Brasil, como analisa as ações do atual governo nos campos econômico e ambiental? Que neoliberalismo se revela por trás de suas políticas econômicas e de relação com o meio ambiente?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – Não é fácil analisar as primeiras ações desse governo. Como prometido pelo presidente, as decisões foram de “desconstrução” nacional. Não há fundamento teórico para os cortes nas áreas sociais e ambientais, pois não houve a apresentação de um projeto de nação que os sustente, apenas desmonte. Essas intenções já estavam presentes no programa do então candidato, mas a sociedade optou por esse caminho sem ter lido a bula para ter ciência se seu conteúdo era remédio ou veneno. A minha leitura desse projeto me levou a concluir que se referia à segunda opção.

No processo eleitoral, escrevi um pequeno texto, “Porque os 50 tons socioambientais se uniram”, sobre a rejeição em relação a esse projeto pelos segmentos socioambientais. As propostas antissocioambientais do então candidato eram tão graves que, em um raro momento da história da ecologia política, todos os segmentos socioambientais brasileiros estavam unidos contra uma proposta, pois essas trarão sérias consequências para todos nós, seja nas condições ambientais do continente, seja na saúde econômica das famílias. Nesse sentido, recomendo a leitura da entrevista de Ricupero[8], ex-presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento - UNCTAD, em que diz que “vai tornar o país um pária. Sair do Acordo de Paris é desembarcar do mundo”.

As previsões pessimistas foram concretizadas no início do mandato do presidente. As ações como liberações de agrotóxicos proibidos na União Europeia, eliminação de políticas ambientais, cortes de verbas de projetos socioambientais, promessa de desmatamento colossal da Amazônia com “investimento e desenvolvimento” compartilhado com o governo dos EUA, entre muitas barbáries.

Na área econômica, há apenas a proposta de esfacelar as políticas sociais do Estado Brasileiro. Não apresentou nada concreto para geração de renda e salários, desenvolver a sociedade e bem-estar para as famílias.

IHU On-Line – Como fazer frente a essas perspectivas, às ideias que defende, de recuperação econômica e desenvolvimento nacional presente no governo de Jair Bolsonaro?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – Acredito que devemos investir em duas ações simultaneamente. Uma é fortalecer os movimentos sociais e demonstrar os nossos desejos de mudanças nas ruas. Nesse sentido, 15 de maio[9] foi uma demonstração de insatisfação e desejo de mudanças muito importante. Essa manifestação foi um marco para mais uma inflexão na nossa política.

A outra ação é investir na geração e divulgação de informação com qualidade. Nesse aspecto, a contribuição dos sites de pensamento crítico, com destaque do IHU, é muito importante, pois a qualidade das nossas decisões, opiniões e ações depende da qualidade das informações relativas aos temas envolvidos nessas dinâmicas. Esses sites são alternativas às mídias tradicionais, porta-vozes da elite brasileira, e aos divulgadores de pós-verdades, mentiras. Esses espaços virtuais têm uma função pedagógica fundamental ao tratar de temas ecossocioeconômicos. O grande desafio desse caminho é traduzir para as famílias temas como “mudanças climáticas”, “desertificação”, “distribuição de renda”, “déficit público”, “investimento x poupança”.

A atual situação política brasileira indica que devemos investir na formação crítica da sociedade. A educação formal é um caminho para essa formação, mas a divulgação de conhecimento é outro caminho fundamental.

IHU On-Line – No início de maio, um grupo intitulado Economistas pela Democracia lançou uma carta de princípios em que defendem a superação da intolerância e ortodoxia econômica adotada no país hoje[10]. Como o senhor avalia as propostas desse grupo? Em que medida podemos conceber uma saída para o estado de crises do Brasil através da concepção de uma nova economia?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – É uma excelente e urgente iniciativa. A pauta “democracia” é uma resposta necessária aos ataques sociais proferidos pelos atuais ocupantes do governo federal e de alguns estaduais. É muito importante explicitar valores da democracia como a pluralidade e diversidade de pensamento, superação da desigualdade e a garantia dos direitos civis, políticos e sociais sem distinção. A pauta apresentada nos princípios norteadores são abrangentes e apontam caminhos concretos para a construção de uma democracia plena.

Senti falta de pautas socioambientais nesses princípios. Acredito que faltaram alguns pontos importantes como: defesa da disponibilidade da água em quantidade e qualidade para todos; defesa de uma relação integrada e sustentável da fauna e flora brasileiras; luta pelo direito à alimentação em quantidade e qualidade, sem veneno. Certamente, Economistas pela Democracia é uma proposta necessária para o Brasil.

IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?

Arlindo Manuel Esteves Rodrigues – Estamos vivendo um momento histórico de profundas mudanças socioambientais. Vamos superar essa crise se soubermos dialogar de uma forma respeitosa. Essa crise é também uma crise de valores; assim, a compaixão com todas as vidas presentes no nosso planeta é essencial para construirmos uma sociedade que garanta as condições do planeta de sustentar a vida, inclusive a humana.

Notas:

[1] Kenneth Ewart Boulding (1910-1993): foi um economista estadunidense nascido na Inglaterra. Graduado pela Universidade de Oxford, obteve a cidadania estadunidense em 1948. De 1949 a 1967 foi professor da Universidade de Michigan. Em 1967 tornou-se professor da Universidade do Colorado em Boulder, onde permaneceu até aposentar-se. (Nota da IHU On-Line).

[2] Walter Benjamin (1892-1940): filósofo alemão. Foi refugiado judeu e, diante da perspectiva de ser capturado pelos nazistas, preferiu o suicídio. Associado à Escola de Frankfurt e à Teoria Crítica, foi fortemente inspirado tanto por autores marxistas, como Bertolt Brecht, como pelo místico judaico Gershom Scholem. Conhecedor profundo da língua e cultura francesas, traduziu para o alemão importantes obras como Quadros parisienses, de Charles Baudelaire, e Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust. O seu trabalho, combinando ideias aparentemente antagônicas do idealismo alemão, do materialismo dialético e do misticismo judaico, constitui um contributo original para a teoria estética. Entre as suas obras mais conhecidas, estão A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica (1936), Teses sobre o conceito de história (1940) e a monumental e inacabada Paris, capital do século XIX, enquanto A tarefa do tradutor constitui referência incontornável dos estudos literários. Sobre Benjamin, confira a entrevista Walter Benjamin e o império do instante, concedida pelo filósofo espanhol José Antonio Zamora à IHU On-Line nº 313, disponível aqui. (Nota da IHU On-Line).

[3] São Paulo: Autonomia Literária, 2018. (Nota da IHU On-Line).

[4] Ladislau Dowbor: economista e professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Formado em economia política pela Universidade de Lausanne, Suíça; Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, Polônia (1976). Atualmente é professor titular no departamento de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nas áreas de economia e administração. Continua com o trabalho de consultoria para diversas agências das Nações Unidas, governos e municípios, além de várias organizações do sistema “S” (Sebrae e outros). Atua como Conselheiro no Instituto Polis, IDEC, Instituto Paulo Freire, Conselho da Cidade de São Paulo e outras instituições. Ele concedeu inúmeras entrevistas ao IHU. Entre elas O escandaloso processo de deformação da economia pelo sistema financeiro e o silêncio da mídia, da academia e dos institutos de pesquisa, disponível aqui; O poder do sistema financeiro e a insustentabilidade das desigualdades sociais, disponível aqui; e A revolução do conhecimento, disponível aqui. (Nota da IHU On-Line).

[5] Bem Viver: é um antigo paradigma que nos mostra a sabedoria ancestral dos povos indígenas, como também, sua identidade. O Bem Viver ou Viver Bem contém uma mensagem universal e esperançosa diante de um mundo que vai perdendo seus valores morais mais profundos e importantes. O Bem Viver nos é apresentado como uma alternativa ao viver melhor da cultura ocidental. O Bem Viver tem relação com a harmonia para com todos os nossos irmãos, com culturas diferentes, com Deus e com a natureza. O Instituto Humanitas Unisinos – IHU tem diversas publicações que tratam do conceito. Entre elas a revista IHU On-Line “Sumak Kawsay, Suma Qamana, Teko Pora. O Bem-Viver”, número 340, de 23-8-2010, disponível aqui; “Em busca da terra sem males: os territórios indígenas”, revista IHU On-Line, número 257, de 5-5-2008, disponível aqui; “O grande desafio dos indígenas nos países andinos: seus direitos sobre os recursos naturais”, artigo de Xavier Albó, publicado em Caderno IHU ideias, número 225, ano XXIIX, 2015, disponível aqui. Veja mais aqui. (Nota da IHU On-Line).

[6] São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2015. (Nota da IHU On-Line).

[7] Laudato Si' (português: Louvado sejas; subtítulo: "Sobre o Cuidado da Casa Comum"): encíclica do Papa Francisco, na qual critica o consumismo e desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas. Publicada oficialmente em 18 de junho de 2015, mediante grande interesse das comunidades religiosas, ambientais e científicas internacionais, dos líderes empresariais e dos meios de comunicação social, o documento é a segunda encíclica publicada por Francisco. A primeira foi Lumen fidei em 2013. No entanto, Lumen fidei é na sua maioria um trabalho de Bento XVI. Por isso Laudato Sí’ é vista como a primeira encíclica inteiramente da responsabilidade de Francisco. A revista IHU On-Line publicou uma edição em que analisa debate a Encíclica. Confira aqui (Nota da IHU On-Line).

[8] Rubens Ricupero (1937): jurista e diplomata brasileiro, atuou ainda como economista. (Nota da IHU On-Line).

[9] Manifestação realizada em 15 de maio de 2019, contra os cortes anunciados pelo governo de Jair Bolsonaro na área da educação. O IHU publicou, na seção Notícias do Dia em seu site, inúmeras repercussões sobre o fato. Entre elas #15M: A insurreição estudantil e o país sem respostas às questões contemporâneas. Algumas análises, disponível aqui. (Nota da IHU On-Line).

[10] Saiba mais aqui. (Nota da IHU On-Line).

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