A bolha está se formando e, quando estourar, será o pior "crash" da minha vida, alerta Jim Rogers

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

14 Junho 2017

O mercado acionário americano vai colapsar e isso não vai demorar muito - algo entre o final de 2017 e 2018, alerta o lendário gestor Jim Rogers - famoso não apenas por sua presciência em relação ao colapso econômico global e ao "boom" das commodities, mas por retornos miraculosos no hedge fund Quantum Fund de 4.200% em seus primeiros dez anos de vida, contra apenas 47% do índice S&P 500 no mesmo período. Para ele, algumas ações dos Estados Unidos estão entrando em uma bolha e, quando estourar, as bolsas vão desabar e será o pior "crash" dos seus 74 anos de vida.

A informação é publicada por InfoMoney, 12-06-2017.

Em entrevista ao programa "The Bottom Line", da Business Insider, Rogers disse que a enorme acumulação de dívidas e as avaliações de ativos injustificadamente altas tornaram a economia global ainda mais vulnerável do que em 2008, e que o próximo "crash" será o maior da sua vida.

Segundo ele, os bancos centrais incentivaram esse comportamento através de uma expansão sem precedentes de seus balanços, citando que o balanço do Federal Reserve aumentou sozinho em cinco vezes desde a crise de 2008.

Ele comentou também sobre crescimento explosivo da dívida da China, segunda maior economia do mundo. "Em 2008, os chineses economizaram muito dinheiro para um dia chuvoso. Começou a chover. Começaram a gastar o dinheiro. Agora, os mesmos chineses têm dívidas e a dívida é muito maior (...) Vai ser o pior crash da sua vida - da minha vida também. Preocupe-se", disse o gestor durante a entrevista.

Questionado sobre o que poderia ser feito, Rogers comenta que o Fed vai tentar aumentar um pouco mais as taxas de juros. Mas, "quando as coisas começam a ficar realmente ruins, as pessoas vão ligar e dizer: 'Você deve me salvar. É civilização ocidental. Ele vai entrar em colapso'. E o Fed, formado por burocratas e políticos, dirá: 'Bem, é melhor fazer alguma coisa'. E eles vão tentar, mas não vai funcionar. Não vai funcionar dessa vez".

Ele complementa: "Você vai ver os governos falharem. Você vai ver os países falharem, desta vez. A Islândia falhou na última vez. Outros países falharam. Você vai ver mais disso (...) Você vai ver instituições que existem há muito tempo - Lehman Brothers tinha cerca de 150 anos - desaparecerem".

A análise de Rogers soma-se ao coro pessimista de outros grandes nomes do mercado. Na semana passada, Marc Faber, que apontou para a formação de uma "bolha" nas bolsas americanas; e Bill Gross disse que o risco do mercado acionário é o mais alto desde o pré-crise de 2008.

Leia mais