A herança de Bento XVI: a verdadeira causa da audiência de Francisco com Gänswein?

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09 Fevereiro 2023

 

  • Um mês depois da audiência - definida como "muito tensa" - entre o Papa Francisco e Georg Gänswein, a mídia italiana aponta que ela não foi motivada principalmente pelo escândalo causado pelas revelações do livro pelo ex-secretário de Bento XVI –“Nada além da verdade”-, mas para esclarecer questões relacionadas com a herança do saudoso Papa emérito;

  • Francisco teria lembrado ao arcebispo alemão que o legado de Joseph Ratzinger, constituído pelos dons recebidos durante sua vida durante seu ministério petrino, a imensa biblioteca ou os direitos autorais gerados por seus livros, uma vez que um papa morre, passa a ser propriedade da Santa Sede.

A reportagem é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 08-02-2023.

Um mês depois da audiência – definida como “muito tensa” – entre o Papa Francisco e Georg Gänswein, a mídia italiana aponta que ela não foi motivada principalmente pelo escândalo causado pelas revelações do livro pelo ex-secretário de Bento XVI – “Nada mais que a verdade” –, mas para esclarecer questões relacionadas com a herança do saudoso Papa emérito, falecido a 31 de dezembro.

Assim, segundo Affaritaliani, Francisco lembrou ao arcebispo alemão que o legado de Joseph Ratzinger, constituído por dons recebidos durante sua vida durante seu ministério petrino, uma vez que um papa morre, passa a ser propriedade da Santa Sé.

A biblioteca e os direitos autorais

A este património junta-se também "a imensa biblioteca Ratzinger, que é pequena face às somas obtidas ao longo dos anos pelos direitos dos seus muitos livros, alguns dos quais venderam milhões de exemplares". O próprio Bento XVI assumiu sua gestão quando criou a Fundação Ratzinger "para canalizar todos os lucros e manter sua continuidade cultural".

Ora, Francisco teria dito a Gänswein que "este patrimônio pertence à Igreja e não ao único herdeiro designado, ou seja, ao próprio Padre Georg", alertando-o também que, quanto às revelações feitas no seu livro sobre o Conclave de 2013, não era um risco de "excomunhão" por revelar os segredos da Igreja.

Depois daquela audiência, que logo após a morte do papa emérito se prodigalizou em entrevistas para divulgar seu livro, não voltou a falar em público. E a última vez que foi visto foi para oficiar a missa diante do túmulo de Bento XVI no primeiro mês de sua morte, um dia antes do prazo que teria sido dado a ele para deixar o mosteiro Mater Eclesiae, naquele que havia viveu com Ratzinger.

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