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Leão XIV seguirá Francisco e traçará seu próprio caminho. Entrevista com Leonardo Ulrich Steiner

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03 Junho 2025

Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, OFM, de 74 anos, foi um dos sete cardeais brasileiros que votaram no conclave que elegeu o Papa Leão XIV, um homem que ele já conhecia do Sínodo sobre a Sinodalidade.

Nesta entrevista com o correspondente do Vaticano da revista America, em 16 de maio, ele descreveu o Papa Leão como um homem “que sabe ouvir, não interrompe e é afável quando fala” e que, em continuidade com o Papa Francisco, continuará promovendo a sinodalidade na Igreja.

O Cardeal Steiner nasceu em 1950 em uma família de origem alemã em Forquilhinhas, no estado brasileiro de Santa Catarina. Após obter a licenciatura e o doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, fez seus votos como membro da Ordem Franciscana dos Frades Menores em 1976 e foi ordenado sacerdote por seu primo, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, em 1978. Depois de atuar como professor e secretário-geral na Pontifícia Universidade de Santo Antônio em Roma, retornou ao Brasil em 2003 para trabalhar em uma paróquia. João Paulo II o nomeou bispo em 2005. Foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 2011 a 2019. O Papa Francisco o nomeou arcebispo de Manaus, em 2019 – uma arquidiocese com mais de dois milhões de pessoas – e o fez cardeal em 2022. Ele vê o barrete vermelho como uma homenagem do Papa Francisco aos povos indígenas da Amazônia e suas culturas, das quais o cardeal é um forte defensor.

A entrevista é de Gerard O’Connell, publicada por America, 29-05-2025. 

Eis a entrevista.

Este foi seu primeiro conclave. Como foi a experiência?

Foi meu primeiro conclave e certamente o último, porque vida longa ao papa!

O conclave é uma experiência muito profunda de fé. Começamos na Capela Paulina com a oração “Em nome do Pai e do Filho” e, imediatamente depois, iniciamos a ladainha de todos os santos, e enquanto cantávamos a ladainha entramos em procissão na Capela Sistina. Tudo isso me tocou muito, porque dava para ver que não éramos apenas nós, e que não se tratava apenas de um voto qualquer; era, na verdade, uma expressão de toda a Igreja. Logo após a ladainha dos santos, invocamos o Veni Creator (Vem, Espírito Santo) e depois disso fizemos o juramento. Tudo isso faz parte do rito do conclave.

Pensar que estávamos ali realizando um ato em nome da Igreja foi para mim algo profundamente comovente e emocionante. Foi também um ato litúrgico, com canto, silêncio e oração. Você percebe que está buscando o sucessor de Pedro, não um político. Isso foi algo que senti muito fortemente.

Você esperava que o conclave elegeria o primeiro papa americano-peruano?

Eu não pensava dessa forma. Já conhecia o Cardeal Prevost antes dele se tornar papa porque estávamos juntos no sínodo, nos encontramos várias vezes, e eu fazia parte de um grupo de trabalho com ele: o Grupo 7, que trabalhava na questão da eleição dos bispos. Ele fazia parte daquele grupo e eu poderia ter pensado naquela época que ele seria papabile, mas não estava pensando nisso então. Mas quando o Papa Francisco faleceu, aí, claro, começamos a pensar.

Então você achava que ele tinha as qualidades para ser papa?

Sim, porque ele é um homem que sabe ouvir e, quando fala, fala com precisão. Nunca interrompe você. É sempre muito afável quando fala. Quando fala, o faz de maneira ponderada, buscando a verdade. Acho que outros também notaram isso. Mas o que mais me impressionou foi o fato de ele ser um bispo missionário que trabalhou no Peru. Ele ficou lá dez anos como bispo, foi eleito vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana e participou de algumas reuniões dos bispos latino-americanos, embora naquela época não fosse tão conhecido.

Imagine! Um agostiniano americano que foi bispo missionário e foi chamado pelo papa [para trabalhar no Dicastério para os Bispos do Vaticano]. Ouvi dizer que foi muito difícil para ele aceitar isso.

Dizem que ele queria ficar no Peru.

Acho que foi esse espírito missionário – o que Jesus diz no final dos Evangelhos sinópticos – e foi isso que foi mais valorizado [no conclave].

Quando ele foi superior dos agostinianos, visitou o Brasil.

Acho que ele foi a várias cidades – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, porque existem vários grupos agostinianos no Brasil. Ele esteve no Brasil várias vezes porque foi superior geral por doze anos.

Presumo que você teve a chance de falar com ele durante as Congregações Gerais antes de entrar no conclave?

Sim, porque há intervalos durante as sessões, e podemos tomar um cappuccino, e esses momentos são interessantes porque você também pode conhecer as pessoas. Eu não conhecia muitos cardeais, conhecia principalmente os que foram criados cardeais no mesmo ano que eu e, claro, aqueles que participaram do sínodo, e eu o conhecia.

Você ficou surpreso com a rapidez com que o conclave discerniu quem deveria ser papa?

Quem estava lá dentro não deveria se surpreender. Foi um processo de escuta, porque durante as refeições podíamos conversar uns com os outros. Também nas votações das conferências episcopais, a eleição ocorre rapidamente, e já se vê na segunda ou terceira votação quem será eleito.

Quando ele foi eleito e vestido de branco como papa, e todos os cardeais foram cumprimentá-lo, o que você disse?

Agradeci por ele ter aceitado.

Muitos cardeais disseram o mesmo. Por quê?

Porque quase ninguém queria ser papa. É quase inimaginável, na situação atual, ter um ministério tão exigente. Agradeci por ele ter aceitado [a eleição] e disse que estamos felizes por termos um missionário como papa.

O que você diria para aqueles que dizem que ele não está em continuidade com Francisco porque, quando apareceu pela primeira vez na varanda central de São Pedro, usava a mozzeta vermelha (ou capa sobre os ombros), como Bento XVI fez?

Sempre há uma continuidade na Igreja nos últimos papas desde João XXIII. Desde o Concílio Vaticano II até hoje existe uma continuidade, mas também uma descontinuidade. Cada papa tem sua própria personalidade, seu próprio histórico, sua própria maneira de ser. Isso é natural. Não podemos pensar que teremos outro Papa Francisco, com seu jeito e seu modo. Não, o novo papa é diferente, mas [o Papa Leo] terá continuidade [com Francisco], por exemplo, na sinodalidade.

Diz-se que aqueles que já foram tocados pelos pobres nunca mais serão os mesmos. Você acha que isso será verdade para Leão?

Eu, como ele, fui bispo entre os pobres, e os pobres nos convertem, eles nos mostram um caminho para a liberdade. Eles sabem viver com pouco, mas ao mesmo tempo têm uma fé profunda, muito profunda, uma fé viva, uma fé que se experimenta.

Qual é seu principal desafio como bispo?

Costumo dizer que o desafio da igreja hoje é não compreender que, neste momento, há uma forma de pensar que é quase tecnológica. Se você toma um remédio, ele resolve o problema, certo? Essa forma de pensar também entrou na fé e no processo da fé. Mas o processo da fé é muito diferente.

Esse modo de pensar também entrou na igreja, e temos dificuldade para superá-lo. Por exemplo, pensamos que fazer um planejamento pastoral suficiente é o bastante para revitalizar a igreja, mas isso não garante. Você precisa organizar, mas a experiência pessoal, a experiência comunitária de se reunir para discutir, refletir e rezar juntos é um processo longo, e esse é um grande desafio para o nosso tempo.

O Papa Leão já tocou um pouco nisso, mas como igreja acho que todos nós não só temos que levar isso [a inteligência artificial] a sério e olhar para o fundo de tudo, mas também ver como ela está presente na guerra, na violência e assim por diante. Portanto, precisamos olhar mais profundamente. Às vezes sinto que tendemos a pensar rápido demais quando precisamos ouvir mais.

Tenho a impressão de que estamos em um tempo de transição, como na Idade Média, que também foi um [tempo de] crise. Então, mesmo na Idade Média, todos esses grupos surgiram, e um ano depois muitos foram condenados como hereges, mas ao mesmo tempo havia Francisco de Assis e Domingos, que fundaram ordens religiosas – os franciscanos e dominicanos – que reformaram a igreja. Neste tempo de crise, tivemos um papa jesuíta, de uma ordem que queria reformar a igreja, e agora um papa da ordem agostiniana.

O Papa reuniu todos os cardeais para uma reunião que durou duas horas ou mais. O que você pode dizer sobre isso?

Ele falou primeiro, e depois de um momento de silêncio nos deu a oportunidade de conversar uns com os outros e fazer perguntas. O que me chamou atenção foi que, nas Congregações Gerais, pedimos que o novo papa reúna os cardeais pelo menos uma vez por ano, para que possamos nos conhecer, mas também para apoiá-lo.

Então, após a eleição, ele imediatamente reuniu todos os cardeais. Falou por um tempo, pediu um momento de silêncio depois, e então cada um de nós falou com os três ou mais cardeais mais próximos.

Isso foi interessante porque você ouve igrejas do mundo inteiro, e essa diversidade de culturas que temos hoje é uma riqueza na Igreja, da qual fico admirado. No sínodo, por exemplo, eles falaram na mesma mesa sobre cultura, sobre como você entende a igreja e como você entende o Evangelho. Se um homem escuta, ele poderá entender a diversidade das culturas. Por exemplo, na Amazônia há muitas culturas diferentes porque cada povo indígena tem sua própria cultura, sua própria língua. E quando você tem 30 tribos diferentes, há culturas diferentes, línguas diferentes. Eu sinto essa diversidade porque temos indígenas que são seminaristas no nosso seminário e eles pensam de maneiras diferentes entre si. E quando eles dialogam, fazem esforço para entender a cultura um do outro. Se o Papa Leão continuar reunindo os cardeais assim, acho que teremos mais chance de contribuir para o seu pontificado.

Houve uma sugestão para que o novo papa tenha um conselho dos chefes dos escritórios do Vaticano e faça reuniões regulares com os chefes dos diferentes dicastérios.

Parece-me que o Papa Francisco fez isso, mas também é muito importante [para o novo papa]. Então eu digo, por que não? Por que não reuni-los várias vezes, porque assim você ouve o que está acontecendo nos dicastérios que servem à Igreja. Nós fazemos isso também na diocese.

A idade foi um fator-chave na decisão sobre quem deveria ser papa?

Não acho que isso tenha sido levado em conta. Tive a impressão de que o que importava era que [os cardeais] queriam uma continuidade da presença da Igreja na sociedade e nas diferentes culturas, queriam uma palavra de paz e uma palavra de esperança. O Papa Francisco esteve presente dessa forma, e já com seu jeito, acho que o Papa Leão também será assim. 

O que espera da Igreja com o novo papa no próximo ano?

Ele deve se sentir livre. Deve se sentir livre para servir. Isso não depende de nós. Mas se ele continuar como fez na Diocese de Chiclayo, estaremos no caminho certo.

Francisco foi obviamente um homem livre. Você vê Leão como livre também?

Vejo que ele é um homem livre, de outra maneira. Ele escuta, depois diz o que quer. Francisco era mais espontâneo, Leão é um pouco mais à sua maneira, mas também é um homem livre.

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