19 Abril 2023
O caso dos abusos de Marko Rupnik não teve nenhum impacto na decisão do padre Hans Zollner de renunciar ao cargo de membro da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, órgão criado pelo Papa em 2014 para combater o flagelo dos abusos do clero. Isso foi ressaltado pelo próprio padre Zollner na tarde desta segunda-feira, numa conferência de imprensa em Roma, pressionado pelas perguntas dos jornalistas sobre a carta que teria recebido de uma vítima do artista jesuíta e de sua falta de resposta.
A informação é publicada por Agência SIR, 17-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
“Recebi um e-mail em 15 de junho passado de uma vítima de Rupnik à qual deveria ter respondido”, admite Zollner imediatamente. "O motivo de não ter respondido é que se tratava de uma carta aberta", explica, na qual estavam copiadas 17 pessoas, entre as quais o card. Ladaria e o Arcebispo de Ljubljana.
Na carta - conta o padre Zollner - a vítima também se refere a um "procedimento em andamento". “Não respondi – continua – porque não sabia de que forma eu era questionado”, exceto por ser um dos muitos endereçados, mas “o faria hoje”, admite o sacerdote. A outra razão é que "era mencionado um procedimento em andamento. Eu tinha, portanto, a certeza de que as coisas estavam avançando”.
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Abusos: Padre Zollner sobre o caso Rupnik e a carta recebida de uma de suas vítimas: “não respondi” porque também era endereçada a outras pessoas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU