O delegado das casas internacionais da Companhia de Jesus, em Roma, Johan Verschueren, negou que o Centro Aletti seja dissolvido, alegando que "é simplesmente impossível. O Centro Aletti está sob a autoridade eclesiástica do Vicariato de Roma", escreveu ele.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 12-04-2023.
O padre jesuíta e artista Marko Rupnik, acusado de numerosos abusos mentais e sexuais de freiras, terá que deixar Roma, como confirmou o chefe dos jesuítas eslovenos, Miran Žvanut. Segundo o semanário Reporter, ele terá que se mudar para uma residência para padres idosos em Milão.
O artista esloveno, caso esta notícia se confirme, terá de deixar o Aletti Center, que poderá ser dissolvido, segundo outras informações, que ainda não foram confirmadas oficialmente. De fato, o delegado das casas internacionais da Companhia de Jesus, em Roma, Johan Verschueren, negou que o Centro Aletti será dissolvido, alegando que "é simplesmente impossível. O Centro Aletti está sob a autoridade eclesiástica do Vicariato de Roma", escreveu ele.
A informação do repórter, negada pelos jesuítas eslovenos, apontava também que os companheiros de Rupnik, Ivan Bresciani e Andrej Brozovič, voltaram para a Eslovênia. O certo é que, segundo relatos recentes da imprensa italiana, a diocese de Roma começou uma investigação sobre as acusações contra Rupnik. A oficina de mosaicos no Centro Aletti, em Roma, está incluída nas investigações. A investigação foi ordenada pelo vice do papa para a diocese de Roma, o cardeal Angelo De Donatis.
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Marko Rupnik, “exilado” em uma residência para padres idosos em Milão - Instituto Humanitas Unisinos - IHU