Ressurreição é uma revolução na evolução. Entrevista especial com Leonardo Boff

O sentido da vida é mais vida, é a plenitude da vida. É aquilo que nós cristãos chamamos de Ressurreição, diz o teólogo

Foto: Cathopic

Por: João Vitor Santos | 31 Outubro 2020

Aproximar-se dos significados da Ressurreição do Cristo requer exercícios que, por vezes, as perspectivas de cientificismo moderno os fazem parecer impossíveis. É por isso que o teólogo Leonardo Boff reitera a perspectiva de que ressuscitar é muito mais do que trazer um corpo morto à vida, como o próprio Cristo fez com Lázaro, que, mais tarde, tornou a morrer. “Ressurreição é a irrupção do ‘novissimus Adam’ de São Paulo (1Cor 15,45). Vale dizer que é a completa realização de todas as virtualidades incontáveis presentes no ser humano”, define. Assim, ele reconhece que é preciso um denso movimento de descolamento do mundo biológico, em que só a razão é capaz de fornecer explicações. “[A Ressurreição] não é um fato histórico passível de ser detectado por uma máquina fotográfica ou pela televisão. É um fato que aconteceu em Jesus, acessível pela fé dos testemunhos”, pontua.

 

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Boff ainda explica que “a Ressurreição é a concretização da utopia pregada por Jesus, o Reino de Deus que implica a superação da morte e do morrer”. Mas como compreender isso, relegando provas (científicas) concretas? É aí que, segundo o teólogo, a narrativa mítica se inscreve como alternativa. “O melhor caminho é elaborar narrativas e projetar mitos que, no sentido moderno do termo, é um meio de expressar o indizível. O mito não inventa o fato, dá-lhe uma forma que possamos compreendê-lo”, explica.

 

Leonardo Boff (Foto: UFJF)

 

Leonardo Boff é doutor em Teologia pela Universidade de Munique. Foi professor de teologia sistemática e ecumênica com os Franciscanos em Petrópolis e, depois, professor de ética, filosofia da religião e de ecologia filosófica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É assessor de movimentos populares, reconhecido pelo seu trabalho com a Teologia da Libertação e nas áreas de filosofia, ética, espiritualidade e ecologia. Publicou diversos livros acerca desses temas, dos quais destacamos Nossa ressurreição na morte (Petrópolis: Vozes, 2012), Jesus Cristo libertador (Petrópolis: Vozes, 2011), Cristianismo: o mínimo do mínimo (Petrópolis: Vozes, 2011) e Imitação de Cristo de Tomás de Kempis e Seguimento de Jesus (Livro V) (Petrópolis: Vozes, 2016). Ecologia - Grito da terra, grito dos pobres. Dignidade e direitos da mãe terra (Petrópolis: Vozes, 2015).

A entrevista foi publicada originalmente pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, 02-04-2018.



Confira a entrevista.

 

IHU On-Line – Em que medida a Modernidade inebria o entendimento pleno do conceito de Ressurreição?

Leonardo Boff – Não vejo que a Modernidade tenha interesse no tema da Ressurreição, não nos autores que conheço. Preocupam-se sim pelo tema da morte. Por outro lado, se tivermos um conceito mais aprofundado do ser humano, aí sim aponta o tema da Ressurreição. Se concedermos que o ser humano é um projeto infinito e devorado por um desejo que não conhece limites, como Aristóteles [1] e Freud [2] reconheceram, aí se coloca a questão: qual é o objeto adequado ao seu impulso infinito e ao obscuro objeto de seu desejo infinito?

Só um infinito sacia nossa sede de infinito, só uma vida que seja eterna faz descansar o desejo. É a famosa experiência agostiniana do “cor inquietum” que somente repousa quando encontra Deus. O sentido da vida é mais vida, é a plenitude da vida. É aquilo que nós cristãos chamamos de Ressurreição.

 

IHU On-Line – No que consiste o "ressuscitar" segundo a Teologia e a Antropologia?

Leonardo Boff – Ressurreição não pode ser identificada com a reanimação de um cadáver como o de Lázaro [3] que, por fim, acabou morrendo. Ressurreição é a irrupção do “novissimus Adam” de São Paulo (1Cor 15,45). Vale dizer, é a completa realização de todas as virtualidades incontáveis presentes no ser humano. Se ele é um projeto infinito, a Ressurreição representa o momeem em que estas virtualidades chegam a sua plena floração.

 

IHU On-Line – Quais o limites de se buscar a Ressurreição como um dado histórico? E de que forma a leitura mítica pode ampliar o entendimento acerca da Ressurreição?

Leonardo Boff – Ninguém viu a ressurreição de Jesus. Temos apenas testemunhos de pessoas às quais deixou-se ver. E há apenas sinais como o sepulcro vazio e suas vestes. Portanto, não é um fato histórico passível de ser detectado por uma máquina fotográfica ou pela televisão. É um fato que aconteceu em Jesus, acessível pela fé dos testemunhos.

Esse evento não pertence ao mundo do bios, da vida biológica que sempre termina na morte. Por isso os textos judiciosamente falam em Zoé, que significa uma vida eterna. Também não dizem: nós vimos o Senhor, mas Ele deixou-se ver (óphte em grego, que é o medial de oráo). A iniciativa parte de Jesus e não dos apóstolos, aos quais permite vê-lo. Poderíamos dizer que a Ressurreição é a concretização da utopia pregada por Jesus, o Reino de Deus que implica a superação da morte e do morrer. Não sem razão que Orígenes [4], um dos mais geniais teólogos cristãos do norte do Egito no século III, denomina a ressurreição como a autobasileia tou Chritou. Traduzindo: a autorrealização do Reino em Cristo.

Quando as realidades são grandes demais, faltam-nos conceitos e palavras. O melhor caminho é elaborar narrativas e projetar mitos que no sentido moderno do termo (em C.G. Jung e nos antropólogos) é um meio de expressar o indizível. O mito não inventa o fato, dá-lhe uma forma que possamos compreendê-lo. Nessa linha dever-se-ia pensar a ressurreição de Jesus. Antropologicamente ela é fecunda, pois vem ao encontro daquilo que de utópico e infinito discernimos no ser humano.

 

IHU On-Line – Muitos estudiosos defendem que a Ressurreição do Cristo é a vitória da vida sobre a morte. Como podemos compreender tal perspectiva?

Leonardo Boff – A vida é chamada para a vida e não para a morte, mesmo quando sabemos que vamos morrer um dia. Esse é o anseio fundamental do ser humano, não apenas viver muito, mas, como notava Nietzsche [5], viver eternamente. Nesse sentido, a Ressurreição representa um tipo de vida tão plena que nela não penetra a morte.

Mas para isso ela precisa se transfigurar, vale dizer, realizar totalmente o ser humano em suas infindáveis possibilidades. Não vivemos para morrer, como diriam os existencialistas. Morremos para ressuscitar. Dom Pedro Casaldáliga [6] o formulou bem: a alternativa crista é: ou vida ou ressurreição.

 

IHU On-Line – É possível afirmar que o Deus vivo no Cristo só se revela plenamente na Ressurreição? Por quê?

Leonardo Boff – Enquanto estava entre nós, Jesus participava de todo tipo de limitações e até achaques da existência humana. É o que está implícito da encarnação. O autor da Epístola aos Hebreus é bem concreto: “entre súplicas, clamores e lágrimas se dirigiu àquele que o podia salvar da morte… e aprendeu a obedecer por meio dos sofrimentos que teve” (Hbr 5,7-8). Mais adiante diz que ele “é o general da fé” (12,2). A Ressurreição é a ultrapassagem desta situação carnal e passa à situação “espiritual” (do Espírito de vida). Aqui Deus se revela como o Deus que faz de um morto vivo e de um vivo o “novíssimo Adão”. Dá-se a plena revelação do Deus vivo que quer a vida e que no livro da Sabedoria se revela como “o apaixonado amante da vida” (Sb 11,24).

 

IHU On-Line – No que consiste a ideia de “ressurreição da carne” e de que forma se articula com a perspectiva do túmulo vazio, tão detalhadamente descrito na narrativa de Marcos [7]?

Leonardo Boff – “Carne”, biblicamente, significa a situação humana frágil, doentia, mortal. Essa situação pela Ressurreição foi totalmente transmutada. Paulo o diz claramente: “semeia-se um corpo vital e ressuscita-se um corpo espiritual” (1 Cor 15,44.). Eu sustento a tese, aceita por muitos, de que as aparições no final do evangelho de Marcos seriam um acréscimo posterior, um pequeno resumo das aparições. O Marcos original não teria nada disso. Termina Jesus dizendo “aos discípulos e a Pedro que Ele (Jesus) os precederá na Galileia. Lá me vereis como vos disse” (Mc 16,7).

Com isso quero dizer: Jesus não se manifestou ainda de forma plena. Todos nós estamos a caminho da Galileia (o termo da história) para então vê-lo face a face. Assim me parece se entende melhor a história humana que apesar da Ressurreição de Cristo na verdade nada mudou, pois campeia a morte e a violência no mundo. Na esperança caminhamos para a Galileia da ressurreição. O próprio Jesus está em processo de ressurreição, pois seus irmãos e irmãs, que somos nós, ainda não ressuscitaram nem o universo que lhe pertence alcançou a sua plenitude. Ele está ainda em fase de cosmogênese. Quando tudo se completar, então, Jesus e sua comunidade terão finalmente ressuscitado [8]. Aqui cabem as palavras de Ernst Bloch [9]: “o gênesis está no fim e não no começo”.

 

IHU On-Line – O senhor diz que a Ressurreição representa “uma revolução na evolução”. Gostaria que detalhasse essa perspectiva.

Leonardo Boff – A moderna cosmologia unanimemente afirma que o estado do universo não é a estabilidade, mas a mobilidade. Tudo está se expandindo, se complexificando e se autocriando. A evolução permite que as virtualidades latentes dentro do universo conheçam emergências, possam irromper sob as formas mais diferentes. Neste sentido, o universo não está ainda pronto. Ao invés de falar em cosmologia, deveríamos falar em cosmogênese, a lenta e progressiva gênese de todas as coisas.

Quando digo, seguindo Jürgen Moltmann [10], que Ressurreição é uma revolução na evolução, quero dizer que Ressurreição é uma pequena antecipação do fim bom da criação, como se o termo da evolução se antecipasse e nos mostrasse em pequeno o que nos está preparado. Isso é uma revolução dentro da evolução que ainda continua e segue seu curso.

 

IHU On-Line – De que forma o panenteísmo pode contribuir para o entendimento da Ressurreição no nosso tempo?

Leonardo Boff – A expressão panenteísmo foi criada no século XIX por um teólogo protestante de nome Krause [11]. Ele quer dizer aquilo que a teologia antiga e clássica ensinava e ainda ensina com a expressão “pericórese” (a intro e retro relação de tudo com tudo) ou “circumincesio”. Primeiramente era aplicada na relação da criação com o Criador: ambos estão de tal maneira imbricados que um não pode ser entendido sem o outro. Depois, aplicou-se à cristologia e à doutrina trinitária. As três divinas Pessoas estão tão intimamente relacionadas que uma sempre implica a outra e assim eternamente.

Panenteísmo significa, então, que Deus está em tudo e tudo está em Deus, resguardadas as diferenças entre criatura e Criador. Não se trata de panteísmo segundo o qual tudo é indistintamente Deus. O próprio Voltaire [12] mostrou o absurdo filosófico que tal afirmação comporta. O panenteísmo guarda as diferenças, mas revela como ambos estão presentes um no outro e que não podem ser pensados separadamente. Esta compreensão pode gerar uma mística como aquela de Pierre Teilhard de Chardin [13] ou de São Francisco de Assis [14], que conseguiam ver Deus em todas e em qualquer realidade.

O Cristo cósmico das epístolas de São Paulo e da introdução do evangelho de São João dão-nos a perspectiva do “pleroma”, vale dizer, da universalidade da presença do Ressuscitado em todas as coisas. Célebre é o dito 33 do evangelho apócrifo de São Tomé que grandes nomes da exegese como Joaquim Jeremias e outros lhe conferem grande autoridade, pois parece ter saído da boca do Ressuscitado: “Eu sou a Luz do mundo. Tudo saiu de mim e tudo volta a mim. Rache a lenha e estou dentro dela, levante a pedra e estou debaixo dela. Porque estarei convosco todos os dias até o final dos tempos”. Levantar uma pedra é oneroso e rachar lenha é penoso. Mesmo esses afazeres comuns contêm a presença do Ressuscitado.

 

IHU On-Line – Como a volta à experiência da Ressurreição do Cristo pode inspirar a humanidade do nosso tempo a superar seus dilemas?

Leonardo Boff – Talvez este pequeno conto da área da ecologia pode responder a esta pergunta e que se encontra no meu livro Ecologia: grito da Terra - grito dos pobres [15] (p. 307): “Certa feita um velho e santo monge foi visitado em sonho pelo Ressuscitado. Este, o Ressuscitado, o convidou para passearem pelo jardim. O monge acedeu com entusiasmo e cheio de curiosidade. Depois de andarem longo tempo, para frente e para trás pelo caminho do jardim como fazem os monges depois do almoço, ainda hoje, o santo e velho religioso ousou perguntar: ‘Senhor, quando andavas pelos caminhos da Palestina, dissestes, certa feita, que voltarias um dia com toda a pompa e glória. Está demorando tanto esta sua volta!’ Depois de momentos de silêncio que pareciam uma eternidade, o Ressuscitado respondeu: ‘meu irmãozinho querido: quando minha presença no universo e na natureza for evidente; quando minha presença sob a tua pele e no teu coração for tão real quanto a minha presença aqui e agora; quando esta consciência se tornar corpo e sangue em ti a ponto de não mais pensares nisso; quando estiveres tão imbuído desta verdade que não mais precisas perguntar com curiosidade, então, meu querido irmão, eu terei retornado com toda a minha pompa e glória”. E mais não se precisa dizer: o Ressuscitado está entre nós apenas nas fímbrias do mistério; quem crer e for sensível perceberá sua presença.

 

Notas:

[1] Aristóteles de Estagira (384 a.C.-322 a.C.): filósofo nascido na Calcídica, Estagira. Suas reflexões filosóficas – por um lado, originais; por outro, reformuladoras da tradição grega – acabaram por configurar um modo de pensar que se estenderia por séculos. Prestou significativas contribuições para o pensamento humano, destacando-se nos campos da ética, política, física, metafísica, lógica, psicologia, poesia, retórica, zoologia, biologia e história natural. É considerado, por muitos, o filósofo que mais influenciou o pensamento ocidental. (Nota da IHU On-Line)

[2] Sigmund Freud (1856-1939): neurologista nascido em Freiberg, Tchecoslováquia. É o fundador da psicanálise. Interessou-se, inicialmente, pela histeria e, tendo como método a hipnose, estudou pessoas que apresentavam esse quadro. Mais tarde, interessado pelo inconsciente e pelas pulsões, foi influenciado por Charcot e Leibniz, abandonando a hipnose em favor da associação livre. Estes elementos tornaram-se bases da psicanálise. Desenvolveu a ideia de que as pessoas são movidas pelo inconsciente. Freud, suas teorias e o tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena do século 19 e continuam ainda muito debatidos. A edição 179 da IHU On-Line, de 8-5-2006, dedicou-lhe o tema de capa sob o título Sigmund Freud. Mestre da suspeita. A edição 207, de 4-12-2006, tem como tema de capa Freud e a religião. A edição 16 dos Cadernos IHU em formação tem como título Quer entender a modernidade? Freud explica. (Nota da IHU On-Line)

[3] O entrevistado refere-se à passagem bíblica de João, capítulos 11 e 12. (Nota da IHU On-Line)

[4] Orígenes de Alexandria ou Orígenes, o Cristão (185-253): foi um teólogo, filósofo neoplatônico patrístico e é um dos Padres gregos. Um dos mais distintos pupilos de Amônio de Alexandria, Orígenes foi um prolífico escritor cristão, de grande erudição, ligado à Escola Catequética de Alexandria (Nota da IHU On-Line)

[5] Friedrich Nietzsche (1844-1900): filósofo alemão, conhecido por seus conceitos além-do-homem, transvaloração dos valores, niilismo, vontade de poder e eterno retorno. Entre suas obras, figuram como as mais importantes Assim falou Zaratustra (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998), O anticristo (Lisboa: Guimarães, 1916) e A genealogia da moral (São Paulo: Centauro, 2004). Escreveu até 1888, quando foi acometido por um colapso nervoso que nunca o abandonou até o dia de sua morte. A Nietzsche, foi dedicado o tema de capa da edição número 127 da IHU On-Line, de 13-12-2004, intitulado Nietzsche: filósofo do martelo e do crepúsculo, disponível para download em http://bit.ly/Hl7xwP. A edição 15 dos Cadernos IHU em formação é intitulada O pensamento de Friedrich Nietzsche. Confira, também, a entrevista concedida por Ernildo Stein à edição 328 da revista IHU On-Line, de 10-5-2010, intitulada O biologismo radical de Nietzsche não pode ser minimizado, na qual discute ideias de sua conferência A crítica de Heidegger ao biologismo de Nietzsche e a questão da biopolítica, parte integrante do Ciclo de Estudos Filosofias da diferença – Pré-evento do XI Simpósio Internacional IHU: O (des)governo biopolítico da vida humana. Na edição 330 da revista IHU On-Line, de 24-5-2010, leia a entrevista Nietzsche, o pensamento trágico e a afirmação da totalidade da existência, concedida pelo professor Oswaldo Giacoia. Na edição 388, de 9-4-2012, leia a entrevista O amor fati como resposta à tirania do sentido, com Danilo Bilate. (Nota da IHU On-Line)

[6] D. Pedro Casaldáliga: bispo prelado de São Félix, Mato Grosso. É poeta e escritor de renome internacional. Quando assume a prelazia de São Felix, em pleno regime militar, denuncia veementemente o latifúndio e defende a reforma agrária e o direito indígena à terra. Foi duramente perseguido pelo regime militar. Pe. João Bosco Penido Burnier, jesuíta, foi assassinado ao lado dele, no dia 12 de outubro de 1976. A edição 137 da IHU On-Line, de 18 de abril de 2005, publicou uma entrevista com Casaldáliga: O próximo pontificado será um tempo de transição significativo. A edição 89, de 12 de janeiro de 2004, trouxe entrevista com o religioso, falando sobre a homologação de terra contínua para índios. (Nota da IHU On-Line)

[7] Marcos 16. (Nota da IHU On-Line)

[8] Ver um aprofundamento no meu “Cristianismo: o mínimo do mínimo, Petrópolis: Vozes 2015. (Nota do entrevistado)

[9] Ernst Bloch (1885-1977): filósofo alemão marxista heterodoxo, que construiu vasta obra que ressalta o papel da utopia na história do homem. Seu livro O Princípio Esperança (Rio de Janeiro: Contraponto, 2005), foi destacado na editoria Livro da Semana da 151ª edição da revista IHU On-Line, de 15-8-2005, com a realização de duas entrevistas sobre a obra: uma com o tradutor do livro, Nélio Schneider, e outra com o professor da UFRGS Edson Sousa. (Nota da IHU On-Line)

[10] Jürgen Moltmann (1926): professor emérito de Teologia da Faculdade Evangélica da Universidade de Tübingen. Um dos mais importantes teólogos vivos da atualidade. Foi um dos inspiradores da Teologia Política nos anos 1960 e influenciou a Teologia da Libertação. É autor de Teologia da Esperança (São Paulo: Herder, 1971) e Deus crucificado: a cruz de Cristo como fundamento e crítica da teologia cristã (Petrópolis: Vozes, 1993), entre outros. Do autor, a Editora Unisinos publicou o livro A vinda de Deus. Escatologia cristã (São Leopoldo, 2003). Confira a entrevista de Moltmann na IHU On-Line nº 94, de 29-3-2004. Sobre o tema, Frei Luiz Carlos Susin deu uma entrevista na edição 72, de 25-8-2003. A edição 23 dos Cadernos Teologia Pública, de 26-9-2006, tem como título Da possibilidade de morte da Terra à afirmação da vida. A teologia ecológica de Jürgen Moltmann, de autoria de Paulo Sérgio Lopes Gonçalves. (Nota da IHU On-Line)

[11] Karl Christian Friedrich Krause (1781-1832): filósofo alemão, nascido em Eisenberg, em Saxe-Gotha-Altenburg. Sua filosofia, conhecida como "Krausism", foi muito influente na Restauração da Espanha. (Nota da IHU On-Line)

[12] Voltaire (1694-1778): pseudônimo de François-Marie Arouet, poeta, ensaísta, dramaturgo, filósofo e historiador iluminista francês. Uma de suas obras mais conhecidas é o Dicionário Filosófico, escrito em 1764. (Nota da IHU On-Line)

[13] Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955): paleontólogo, teólogo, filósofo e jesuíta que rompeu fronteiras entre a ciência e a fé com sua teoria evolucionista. O cinquentenário de sua morte foi lembrado no Simpósio Internacional Terra Habitável: um desafio para a humanidade, promovido pelo IHU em 2005. Sobre ele, leia a edição 140 da IHU On-Line, de 9-5-2005, Teilhard de Chardin: cientista e místico. Veja também a edição 304, de 17-8-2009, O futuro que advém. A evolução e a fé cristã segundo Teilhard de Chardin. Confira, ainda, as entrevistas Chardin revela a cumplicidade entre o espírito e a matéria, na edição 135, de 5-5-2005, em  e Teilhard de Chardin, Saint-Exupéry, publicada na edição 142, de 23-5-2005, em , ambas com Waldecy Tenório. Na edição 143, de 30-5-2005, George Coyne concedeu a entrevista Teilhard e a teoria da evolução. Leia também a edição 45 edição do Cadernos IHU ideias A realidade quântica como base da visão de Teilhard de Chardin e uma nova concepção da evolução biológica; a edição 78 do Cadernos de Teologia Pública, As implicações da evolução científica para a semântica da fé cristã; e a edição 22 do Cadernos de Teologia Pública, Terra Habitável: um desafio para a teologia e a espiritualidade cristãs . (Nota da IHU On-Line)

[14] São Francisco de Assis (1181-1226): frade católico, fundador da "Ordem dos Frades Menores", mais conhecida como Franciscanos. Foi canonizado em 1228 pela Igreja Católica. Por seu apreço à natureza, é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente. Sobre Francisco de Assis confira a edição 238 da IHU On-Line, de 1-10-2007, intitulada Francisco. O santo e a entrevista com a medievalista italiana Chiara Frugoni, intitulada Uma outra face de São Francisco de Assis, na revista IHU On-Line número 469, de 3-8-2015. (Nota da IHU On-Line)

[15] Petrópolis: Vozes, 2015. (Nota da IHU On-Line)

 

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