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“Uma teologia ecumênica pela paz entre os povos”. O legado de Hans Küng (1928-2021)

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20 Abril 2021

 

"A herança de um teólogo do porte do suíço Hans Küng se mede, sobretudo, pela vastidão e profundidade de sua produção intelectual. Já com sua tese de doutorado - A Justificação. A doutrina de Karl Barth e uma reflexão católica (1957) –, o jovem teólogo revelava peculiar inquietude ecumênica ao refutar o antigo método controversístico e apologético", escreve Sinivaldo S. Tavares, OFM, teólogo, professor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE.

 

Eis o artigo.

 

A herança de um teólogo do porte do suíço Hans Küng se mede, sobretudo, pela vastidão e profundidade de sua produção intelectual. Já com sua tese de doutorado - A Justificação. A doutrina de Karl Barth e uma reflexão católica (1957) –, o jovem teólogo revelava peculiar inquietude ecumênica ao refutar o antigo método controversístico e apologético. De fato, ao pôr em diálogo a teologia de Barth acerca da doutrina da justificação com a doutrina católica do Concílio de Trento, Küng chega à conclusão, surpreendente até então, de que ambas são “opiniões teológicas”, diferentes por certo, mas que, por não atingirem o cerne do dogma, não comprometem a comunhão de fé. Antecipava, assim, a Declaração conjunta sobre a justificação, publicada em 31 de outubro de 1999, após longo processo de diálogo luterano-católico.

Após uma rápida passagem pela Universidade de Münster, é convidado, em 1960, a assumir a cátedra de Teologia Fundamental na prestigiosa Faculdade de Teologia de Tübingen, na Alemanha. Envolvendo-se ativamente nos debates preliminares ao Vaticano II, publica Concílio e reunificação (1960). Na 1ª sessão conciliar, como perito convidado, participa das discussões em torno de liturgia, ecumenismo e reforma da igreja. Na condição de “perito oficial” – a convite de Paulo VI –, sua participação à 2ª sessão se concentra no debate de questões atinentes à Constituição dogmática sobre a Igreja. Sua influência se faz notar nomeadamente: no texto sobre os ministérios ordenados que sublinha a dimensão do serviço sobre o estilo hierárquico; no texto sobre os carismas na igreja distribuídos a todos os batizados (cf. LG 12). Exerce influência ainda sobre questões cruciais da Lumen gentium, tais como: a afirmação do anúncio do Reino de Deus feito por Jesus como “origem da Igreja” (cf. LG 5); a insistência na permanente necessidade de reforma da igreja (cf. LG 8); a importância da igreja local como realização fundamental da igreja (cf. LG 26).

Na 3ª sessão, elabora o texto da intervenção em aula conciliar do Cardeal Franz König sobre a inerrância da Bíblia que influenciou a formulação do texto da Constituição dogmática sobre a divina revelação (cf. DV 11. Formula ainda a compreensão da “obediência da fé” como plena entrega a Deus (cf. DV 5). Na 4ª sessão, empenha-se na discussão das questões em torno da relação entre Igreja e religiões não cristãs que culminaram na Declaração Nostra Aetate. E, após o Concílio, desenvolve intensa atividade de professor, escritor e conferencista insistindo nos avanços do Vaticano II e propondo novos passos no intuito de sua atualização.

Küng prossegue em seus estudos sobre a Igreja que se encontram reunidos em A Igreja (1967). No intuito de elaborar uma eclesiologia crítica remonta à fonte originária do NT, servindo-se dos mais rigorosos estudos exegéticos. Após distinguir três linhas evolutivas que partem do NT – uma legítima, porque conforme o Evangelho; outra tolerável, ainda que estranha ao Evangelho; uma terceira, intolerável, posto que contrária ao Evangelho –, chega à conclusão de que a primeva estrutura carismática da igreja foi absorvida por uma estrutura ministerial absolutista, centralizada e rígida. A tal propósito, Küng levanta questões que, após longo período de inverno eclesial caracterizado pela “volta à grande disciplina” (J.B. Libanio), reaparecem em nossa agenda eclesial: celibato obrigatório de presbíteros, admissão de mulheres aos ministérios ordenados, papel do clero e leigos na escolha dos bispos, estreita doutrina moral, etc.

É no âmbito da pesquisa eclesiológica que se situa sua obra mais polêmica Infalível? Uma pergunta (1970). Colocando em questão o dogma da infalibilidade papal, proclamado no Vaticano I, Küng problematiza histórica e teologicamente: o primado petrino; sua continuidade como estrutura vinculante da constituição da igreja; e sua romanidade. Sugere, de consequência, um caminho de reforma do primado petrino: para os católicos, propõe a renúncia ao primado de jurisdição e de poder em nome do primado de serviço; para os protestantes, o reconhecimento de um primado ministerial, pastoral, de serviço. Houve um longo debate sobre a tese defendida em Infalível? Uma pergunta envolvendo renomados teólogos e provocando, da parte da Congregação romana para a doutrina da fé, a abertura de um processo canônico contra Küng, culminado, em 15 de dezembro de 1979, na retirada de sua missio canonica como professor na faculdade católica de teologia de Tübingen.

Fortemente marcado pela redescoberta da mensagem cristã primeva, o interesse da pesquisa de Küng se dirige à revisitação crítica de temas clássicos da teologia sistemática, publicando: Ser Cristão (1974), Deus existe? (1978) e Vida eterna? (1982). Nestas obras, emerge a figura de um teólogo solidário com mulheres e homens, contemporâneos seus, no caminho por vezes angustiante em busca da fé. Em uma entrevista por ocasião da publicação de Ser Cristão – no qual trabalhou por cerca de 7 anos, tendo muitas edições e sendo traduzido para dezenas de línguas –, Küng confidenciava tê-lo escrito “porque não sabia o que era especificamente cristão e precisava descobrir”.

A partir de 1980, portanto, Küng passa a ensinar teologia ecumênica no Instituto para a pesquisa ecumênica da universidade de Tübingen, criado anos antes por ele próprio. A partir de então, Küng se abre ao diálogo inter-religioso e elabora uma teologia ecumênica global: “inclusão da comunhão das grandes religiões, se – estando ao significado originário do termo – ecumene designa o inteiro ‘mundo habitado’”. É deste período a publicação de: Cristianismo e religiões universais. Introdução ao diálogo com islamismo, hinduísmo e budismo (1984); Teologia em caminho (1987); Cristianismo e religiosidade chinesa (1988); Judaísmo (1991); e Islã (2004). Digna de nota ainda é outra publicação de fôlego, fruto do diálogo com físicos, cosmólogos e outros pesquisadores do âmbito da ciência: O princípio de todas as coisas. Ciências Naturais e Religião (2006).

Esta compreensão de um “macro-ecumenismo” é por ele retomado e desenvolvido em Projeto por um ethos mundial (1990). Trata-se de um escrito programático com vistas à elaboração de uma articulada “teologia ecumênica pela paz”. A tese de fundo da obra seria, segundo as palavras do próprio Küng, a seguinte: “Não haverá convivência humana sem um ethos mundial das nações; não haverá paz entre as nações sem a paz entre as religiões; não haverá paz entre as religiões sem o diálogo entre as religiões”. Küng é de opinião, portanto, que se a teologia pretende estar a serviço da humanidade deverá se colocar a serviço do entendimento e da colaboração entre as religiões, propiciando e praticando o diálogo inter-religioso com vistas à fundação de um ethos mundial.

Merece destaque, neste sentido, o fato de Küng ter criado, em 1993, a Fundação Weltethos (Ética Mundial), instituição educacional com sede em Tübingen mas que opera em vários países, no intuito de promover a cooperação entre as tradições religiosas mundiais mediante o reconhecimento dos valores comuns. E assim a “teologia ecumênica crítica” teorizada por Küng em seu Teologia a caminho se alarga, a modo de círculos concêntricos, no Projeto por um ethos mundial voltado para a construção de uma “teologia ecumênica pela paz” a serviço do diálogo entre as religiões e da paz entre os povos.

Enfim, deixemos falar o próprio Küng que, ao exprimir seu itinerário de fé e sua vocação teológica, nos deixa um imprescindível legado: “Eu tenho uma curiosidade intelectual infinita. Eu nunca estou satisfeito. Eu não tenho muitos preconceitos antes de começar, pois não temo o resultado”.

 

Leia mais

  • A dignidade humana em primeiro plano, a base da moral da Ética Mundial. Entrevista especial com Hans Küng
  • Religiões mundiais e Ethos Mudial. Artigo de Hans Küng. Cadernos Teologia Pública, nº 33
  • A Origem da Vida. Artigo de Hans Küng. Cadernos Teologia Pública, nº 44
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  • O Papa Francisco é um paradoxo? Artigo de Hans Küng
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  • “Eu estou apenas tentando ajudar o povo a amar mais Jesus”. Memórias de Hans Küng. Depoimento de Gerald O’Collins, teólogo jesuíta
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