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14 Novembro 2023

"Como indica Agualuza, 'uma pessoa começa a perder a humanidade no instante em que deixa de reconhecer a humanidade do outro'. No fim do artigo, Agualuza interroga: 'Como é que daqui a muitos anos os nossos tataranetos olharão para nós? Provavelmente, com um horror semelhante àquele como nós olhamos os nossos tataravós'", escreve Faustino Teixeira, teólogo, professor emérito da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF e colaborador do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Eis o artigo.

Os meus posicionamentos críticos com respeito ao conflito de Israel com a Palestina provocaram cisões em minhas amizades. Pessoas que alimento profunda admiração mostraram uma faceta sombria, da qual também não escapo, devo reconhecer, mas que me entristeceram profundamente.

Fui alvo de ataques violentos, de pessoas queridas que me acusaram de antissemita. Por trás de alguns dos ataques que sofri, percebo um desconhecimento de meu real afeto pela religião judaica e pela mística judaica.

Durante o meu doutorado em Teologia na Gregoriana, uma das cadeiras que optei por fazer, de um dos maiores estudiosos da teologia judaica, abordava o tema da teologia cristã do judaísmo.

Sempre defendi com muita convicção, contra posições católicas tradicionais, que a religião judaica é irrevogável e irredutível. Sempre levei e levo comigo o reconhecimento da beleza dessa religião abraâmica e continuo a rechaçar radicalmente a ideia de que a religião cristão abroga o judaísmo ou que o judaísmo traduz uma “preparação evangélica”.

Quem me conhece e seguiu os meus cursos de teologia das religiões é reconhecedor dessa minha posição.

O que sou crítico, e não escondo, é do sionismo de direita, radical, como o defendido pelo tenebroso primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Não sei como Israel pôde ter colocado esse abominável senhor na direção do país, com sua tradicional sede de vingança e rastro de ódio.

Como diz Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas, o ódio não tem razão, e o ódio faz parte do repertório desse indivíduo tremendo, responsável pela morte de dez crianças palestinas por minuto na Faixa de Gaza. Longe de mim qualquer defesa do atos terroristas do Hamas. Abomino todo tipo de violência e sou um defensor incondicional da Paz.

Fiquei muito tocado hoje cedo ao ler a coluna de José Eduardo Agualusa no O Globo (11/11/23): “Como o futuro olhará para nós”. Sim, essa é uma questão essencial que devemos sempre nos fazer.

Estamos, em verdade, dando continuidade no século XXI ao frenético ritmo de violência e ódio que cobriu o século XX e que reforça em nós a descrença no potencial necrófilo do homem-humano. Não sem razão, Clarice Lispector dizia que preferia ser bicho a ser humana. Nesses albores do século XXI, nós humanos não estamos favorecendo muitas esperanças com a nossa pegada de violência e ódio.

Agualuza faz menção a um vídeo que assistiu com testemunhos de jovens israelenses que se recusaram a integrar o exército de seu país, certamente por não partilharem do mote nacionalista e violento que marca a atual trajetória militar naquele país.

Em razão dos posicionamentos defendidos, eles foram presos mais de uma vez, por recusarem sempre tal tipo de engajamento nebuloso. Alguns desses jovens, lembra Agualuza, rejeitam servir “aquilo a que chama de um 'regime de apartheid'; outros dizem não querer participar de crimes de guerra”. Hoje, eu diria de forma mais cuntundente: eles se recusam a participar de um genocídio.

Como indica Agualuza, “uma pessoa começa a perder a humanidade no instante em que deixa de reconhecer a humanidade do outro”. E aqui me vem a recordação de uma jornalista em programa da Bandeirantes, que justificou a matança dos “animais” da Faixa de Gaza, e o fez com uma tranquilidade mórbida. Essa louca ideia de querer varrer do mapa toda uma população que vem sofrendo há décadas uma discriminação arrepiante.

No fim do artigo, Agualuza interroga:

“Como é que daqui a muitos anos os nossos tataranetos olharão para nós? Provavelmente, com um horror semelhante àquele como nós olhamos os nossos tataravós. Para uma pessoa comum, nos dias de hoje, é muito difícil compreender como os nossos ancestrais aceitavam instituições como a escravatura, a Santa Inquisição, ou regimes supostamente democráticos, nos quais as mulheres não estavam autorizadas a votar.

Os nossos tataranetos olharão para as imagens da violência em Israel, na Faixa de Gaza ou na Ucrânia, e terão dificuldade em compreender como tudo isso foi possível. Depois, olhando os jovens pacifistas judeus, por certo se reconhecerão neles. Aqueles rapazes, aquelas meninas, com a sua rebeldia e a sua coragem, são o que há de mais futuro no presente”.

Concluo com o trecho final do Grande Sertão: Veredas, que ganha hoje um significado de profundidade única:

“O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe o homem humano”.

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