Cardeal Marx: “Eu também abençoaria um casal homossexual”

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19 Setembro 2023

  • Se as pessoas que se amam pedem uma bênção, os pastores encontrarão uma maneira de tratá-la bem e fazê-lo.

  • A Igreja não precisa ter uma estrutura "monárquica"; sua forma externa pode mudar. A substância, isto é, o Evangelho e a celebração dos sacramentos, permanece. Isto não acontece sem dor, porque o velho é forte e o novo deve primeiro se afirmar. Isto só pode ser alcançado em cooperação.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 19-09-2023.

"Por que não? Sempre depende da situação. Se as pessoas me pedirem uma bênção, eu a darei". O cardeal Reinhard Marx abriu a porta para a bênção dos casais homossexuais durante uma entrevista ao Münchner Merkur, segundo informa o site Katholisch.de.

O arcebispo de Munique e Freising refletiu sobre a “bênção para as pessoas que se amam” que aparece no Caminho Sinodal. “Não queremos concentrar-nos exclusivamente num grupo”, sublinhou Marx, que acrescentou que, embora estes casais não possam casar na Igreja, "não pode ser que por esta razão sejam eles excluídos da pastoral (...). Pessoas que se amam pedem a bênção. Os pastores encontrarão uma maneira de tratá-las bem e fazê-lo".

Abusos: “Temos que fazer melhor”

Sobre a crise dos abusos na Igreja, o cardeal admitiu que quando o caso Spotlight eclodiu em Boston, há 20 anos, ele pensou que se tratava de um escândalo da Igreja americana: “Pensamos que ‘aqui não acontece’”, reconheceu. "Temos que fazer melhor e trabalhar nisso por muito mais tempo".

Ele mostra esperança na abertura do Sínodo dos Bispos em outubro, afirmando que “nenhuma outra instituição aborda a questão tão profundamente como nós, nem mesmo o Estado!” Marx, que não estará presente no evento, lembrou que Francisco começou a falar de uma "Igreja Sinodal" em 2015, e que agora “está tornando-a mais concreta”. Ele afirmou também que “a Igreja não tem de ter uma estrutura monárquica; sua forma externa pode mudar. A substância, isto é, o Evangelho e a celebração dos sacramentos, permanece. Isso não ocorre sem dor, pois o velho é forte e o novo deve primeiro se afirmar. Isso só pode ser alcançado em cooperação".

“Haverá uma grande transformação na forma externa da Igreja, mas a mensagem continuará”, assegurou. “Agora nós, mesmo eu com 70 anos, temos que abrir caminho para isso. Temos que tomar decisões, libertar-nos de algumas coisas, como imóveis ou também estruturas”, concluiu.

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