“Um pecado? Sem comentários. Deus os criou, os ama e deseja que sejam felizes”. Entrevista com James Martin, s.j.

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17 Março 2021

 

“A Igreja deve sempre chegar às pessoas LGBTQ, como Jesus se dirigiu a Zaqueu, um homem muito ‘às margens’...”. O padre James Martin, 60, coirmão de Bergoglio, é o editor geral da America Magazine, a revista jesuíta estadunidense, consultor do Dicastério de Comunicação do Vaticano e um dos escritores católicos mais lidos e debatidos. Em seu livro “Construindo uma ponte. Uma nova relação entre a Igreja e as pessoas LGBT” (em tradução livre), lembra o episódio do Evangelho em que Jesus fala a Zaqueu apesar dos “murmúrios” do povo. Ele continua atento, mas a decepção é evidente.

A entrevista é de Gian Guido Vecchi, publicada por Corriere della Sera, 16-03-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis a entrevista.

 

Como você vê a situação, padre?

Parece ser a resposta do Vaticano aos bispos alemães, alguns dos quais expressaram disposição para abençoar casais do mesmo sexo, como parte da preparação do sínodo em seu país.

 

O que você diria aos homossexuais católicos?

Deus os criou, Deus os ama e Deus quer que sejam felizes.

 

Fala-se sobre acolhimento das pessoas e se reconhece que possa haver elementos positivos em uma união homossexual. Por outro lado, se diz que é "pecado". Não é estranho?

Sem comentários.

 

Quanto o problema é sentido?

Já ouvi falar de muitos casais gays nos Estados Unidos que são católicos e pedem que suas uniões sejam abençoadas. Os comentários dos bispos alemães foram vistos como a primeira abertura para o acompanhamento de casais que buscam bênçãos.

 

Eles as receberam?

No Ocidente, alguns sacerdotes o fizeram. Mas a prática, pelo que eu sei, tem sido rara.

 

A Igreja continuará a falar aos homossexuais?

Os primeiros destinatários da mensagem do Evangelho são aqueles que vivem nas periferias. A Igreja é chamada a continuar a chegar perto das pessoas LGBTQ, com ‘respeito, compaixão e sensibilidade’, diz o Catecismo, imitando o contato de Jesus com todos aqueles que se sentem marginalizados. Este empenho é um caminho tanto para a Igreja como para os católicos LGBTQ.

 

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