16 Janeiro 2020
O padre Paco Olveira explicou a sua postura crítica às políticas do governo anterior e suas medidas.
A reportagem é publicada por Primereando, 14-01-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Em declarações a Radio Caput, Olveira rebateu afirmações do ex-candidato a vice-presidente da coalizão Juntos por el Cambio, Miguel Ángel Pichetto, que opinou que os padres “exageraram na Argentina e colocaram a fome como bandeira”.
“Estou farto de ir nos restaurantes ou ver onde arranjo algum trocado para comprar carne ou um pouco de legumes, e isso em 2015 não acontecia”, disse o padre.
Ele também observou que o grupo Padres na Opção pelos Pobres “desde o início” se opôs às “políticas do macrismo”, não porque eram “de radicais ou de peronistas, mas porque foram contra o Evangelho, contra os mais pobres”.
“Todos os índices indicam que a pobreza aumentou, não foram os padres que a aumentaram”, insistiu Olveira, que disse sentir-se “muito orgulhoso” por fazer parte da organização.
Pichetto já havia criticado a Igreja há algum tempo pelas pesquisas sociais que realiza, através da Universidade Católica Argentina.
“Não acredito que um vale-alimentação possa gerar uma reação econômica; para a Conferência Episcopal e os padres que exageraram os índices de fome na Argentina e dela uma bandeira, é uma derrota fenomenal, e então eles querem fazer uma missa superando a polarização quando eles faziam parte desta”, questionou.
Por outro lado, Olveira avaliou que o plano Argentina Contra a Fome “é o mínimo” que se necessita atualmente.
“Que o povo possa comprar alimento, carne e verduras para seus filhos. É o mínimo que se pode pedir”, reiterou.
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Argentina. Os Padres da Opção pelos Pobres negaram ter exagerado nos dados da fome no país - Instituto Humanitas Unisinos - IHU