Francisco nomeia 14 novos cardeais

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20 Mai 2018

Como sempre, de surpresa, sem que os nomeados estivessem sabendo, mantendo até o final o segredo da lista dos novos purpurados para evitar fugas de notícias. O Papa Francisco anunciou hoje, 20 de maio de 2018, domingo de Pentecostes, um novo Consistório para a criação de 14 novos cardeais: 11 deles são eleitores, com menos de 80 anos, e assim poderão votar num futuro Conclave.

A informação é de Andrea Tornielli e  publicada por Vatican Insider, 20-05-2018. A tradução é de IHU On-Line.

Somam-se outros três com mais de 80 anos, figuras simbólicas que o Pontífice argentino quis agregar ao colégio cardinalício.

A lista inicia com o patriarca caldeu Sarko, uma nomeação significativa no panorama do Oriente Médio.

Recebem o chapéu cardinalício o esmoleiro Konrad Krajevsky e o Substituto da Secretaria de Estado, Angelo Becciu, este último que será chamado nas próximas semanas para um novo posto no Vaticano.

As nomeações curiais são três. Entre os italianos residentes não estão o arcebispo de Milão (seu predecessor, Scola, ainda não cumpriu oitenta anos) nem os demais grandes dioceses, mas o de L’Aquila, Giuseppe Petrocchi, além do Vigário de Roma.

O Papa anunciou que no dia “29 de junho, terei um consistório para a nomeação de 14 novos cardeais. Sua proveniência expressa a universalidade da Igreja que segue anunciando o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra”. A inclusão destes novos cardeais na diocese de Roma, explicou, “manifesta o forte vínculo entre a Santa Sé de Pedro e as Igrejas particulares difundidas pelo mundo”.

Estes são os nomes dos novos cardais, que receberão o barrete das mãos de Francisco durante o próximo Consistório, que será no dia 29 de junho:

- Luis Raphael I Sarko, patriarca de Babilônia dos Caldeus, no Iraque;  

- Luis Ladaria Ferrer, jesuíta espanhol que desde 1º de julho de 2017 é o Prefeito da Congregaçaõ para a Doutrina da Fé;

- Angelo De Donatis, Vigário de Roma;

- Giovanni Angelo Becciu, Substituto da Secretaria de Estado;

- Konrad Krajewsky, polaco, esmoleiro  pontifício;

- Joseph Coutts, arcebispo de Karachi, Paquistão;

- Antonio dos Santos Marto, português, bispo de Leiria-Fátima;

- Pedro Ricardo Barreto Jimeno, jesuíta, arcebispo de Huancayo, Peru;

- Désiré Tsarahazana, arcebispo de Toamasina, Madagascar;

- Giuseppe Petrocchi, arcebispo de L’Aquila, Itália;

- Thomas Aquino Manyo Maeda, arcebispo de Osaka, Japão.  

Além destes estão os três que tem mais de 80 anos de idade, que, explicou o Pontífice, “se distinguiram por seu serviço à Igreja”:

- Sérgio Obeso Rivera, arcebispo emérito mexicano de Xalapa;

- Toribio Ticona Porco, prelado emérito de Corocoro, Bolívia;

- o padre Aquilino Bocos Merino, dos missionários claretianos, o único que não é bispo dentre as nomeações anunciadas hoje.

Esta é a nova composição do colégio, que no próximo dia 29 de junho, passará a ter 126 votantes (hoje, são 115) no caso de um eventual Conclave.

Os cardeais eleitores da Europa passam de 48 a 54;

os da América do Norte continuam sendo 17;

os da América Central seguem sendo 5;

os da América do Sul passam de 12 a 13;

os da África passam de 15 a 16;

os da Ásia passam de 14 a 17;

os da Oceania continuam sendo 4.

Destes, 20 foram criados por João Paulo II;

46 foram criados por Bento XVI;

59 foram criados por Francisco.

Entre as surpresas mais significativas está a inclusão de D. Krajevsky, esmoleiro conhecido por ajudar, dia e noite, os pobres, os moradores de rua, os migrantes e os refugiados. “Não sabia nada – disse na manhã de hoje -, estava saindo de bicicleta do Vaticano quando me avisaram que deveria escutar o Papa durante o Regina Coeli. Para mim é uma surpresa total...”.

“É verdade que o Papa me nomeou cardeal?” Mas ninguém me consultou!” É o que disse, com um sorriso, o novo cardeal Louis Sarko, que recebeu a notícia por telefone poucos minutos depois do anúncio. “Esta nomeação não é para mim, mas para a Igreja do Iraque e para o Iraque. Todo o nosso país necessita de apoio. Esta nomeação parece com a núncio na Síria, Zenari, como sinal do apoio do Papa Francisco à nossa Igreja. Estou muito agradecido ao Papa Francisco. Farei o que puder no serviço da Igreja”.

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