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Qual soberano? Uma análise da reunião da OTAN em Vilnius. Artigo de Raniero La Valle

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20 Julho 2023

"A guerra na Ucrânia tem uma feroz roupagem militar e uma função política, serve para uma persuasão em massa de uma opinião pública relutante, por isso tem uma cobertura mediática tão extraordinária, como só a primeira guerra do Golfo e a guerra do Vietnã tiveram, e na Itália a longa agonia de Moro, para convencer a todos que a guerra deve ser travada, com o inimigo não se trata, que sempre há uma vítima, mas é para o bem de todos, e isso é bom e é justo fazer", escreve Raniero La Valle, jornalista e ex-senador italiano, publicado por Chiesa di Tutti, Chiesa dei Poveri, 19-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Segundo ele, "não é verdade que tudo isso seja apenas para tomar conhecimento. Há outra inversão a ser feita, devemos depor do trono todo pretenso governante universal e tornar a paz soberana. Ela é a mãe e "o" rei de todas as coisas. É ela que deve se tornar o sujeito constituinte, que deve ser tornada sistema. Cabe à política, interna e internacional, a missão de prover a isso".

Eis o artigo.

Desde a cúpula de Roma em novembro de 1991, quando a OTAN decidiu se voltar para as obras de paz, até a de Washington, em abril de 1999, no meio da guerra iugoslava, e as seguintes, cada reunião de cúpula da OTAN marcou uma mudança de fase. Mas a cúpula de Vilnius em 11 de julho marcou uma mudança radical. E que isso não é apenas planejado, mas já estabelecido e consiste na instituição de um soberano universal, nos foi informado com o comunicado de imprensa emitido na conclusão da cúpula. Os comunicados de imprensa dão notícias não de coisas que virão, mas de coisas que já aconteceram, e destas, em Vilnius, muito além da pura e simples informação sobre o evento, muitas foram registadas: trata-se de fato de um “comunicado de imprensa” que em inglês consta de 33 páginas e 13.289 palavras. Ninguém o conhece porque, para além das decisões sobre a Ucrânia, não foi publicado nos jornais, por isso vamos relatá-lo a vocês aqui.

O comunicado é essencialmente, com as devidas adaptações, a recepção e compartilhamento por todos os Estados membros da OTAN (a Itália também) das duas declarações de intenções estadunidenses sobre o mundo próximo vindouro, emitidas pela Casa Branca e pelo Pentágono em outubro passado, a "Estratégia da Segurança Nacional" e a "Estratégia da Defesa Nacional" dos Estados Unidos. E a mudança radical consiste em que termina o longo período histórico em que a guerra, segundo a máxima de Heráclito (século VI a.C.), era soberana do mundo, "rei e pai de todas as coisas", e se abre outro em que a guerra institui como seu vigário um soberano universal que governa o mundo através da guerra como se o seu fosse o único mundo, conformado a um sistema de guerra e feito à sua imagem.

Esse soberano, e esta é a novidade de Vilnius, não são os Estados Unidos, como uma fácil polêmica argumentava até agora, mas é, com os Estados Unidos, "a incomparável rede de alianças e parceiros dos EUA", como é chamada, também conhecida como "área euro-atlântica" ou "Ocidente alargado". Essa área é composta primeiro por todos os 33 estados membros da Aliança reunida em Vilnius, que com a Finlândia e logo a Suécia atestam para si muitos "centímetros quadrados" mais a leste dos territórios originais, e não se interrompe nas fronteiras da Rússia, mas abraça a Geórgia, a República da Moldávia, a Bósnia e Herzegovina, Israel e  se projeta ao outro hemisfério, atraindo para a sua órbita o outro mar, o Indo-Pacífico, até a Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul, cujos líderes também foram convocados e presentes em Vilnius e outros que virão no futuro.

Os Estados que compõem o corpo desse soberano não têm em comum nem língua, nem costumes, nem religiões, nem ordenamentos jurídicos; a única coisa que os une é o vínculo militar, e o sistema que eles herdam e perpetuam é um sistema de dominação e de guerra. Esse sistema, que deve existir também em “tempo de paz”, necessita de qualquer forma que haja uma guerra, que a guerra se torne uma guerra “constituinte”. A cúpula de Vilnius reconhece essa função à guerra na Ucrânia, para a qual é ativado um mecanismo para que nunca termine, e em todo o caso não com negociações, segundo os ditames de Kiev; e o mecanismo é este: a Ucrânia está plenamente integrada na OTAN, a "interoperabilidade" entre suas Forças Armadas e as da OTAN já foi realizada, e isso a enche de armas, até bombas de fragmentação e mísseis de longo alcance ou de urânio empobrecido, porém não deve estar na OTAN hoje, porque isso significaria uma guerra entre os EUA e pelo menos os estados europeus da Aliança contra a Rússia, algo que ninguém quer fazer, para não forçar Putin a usar a bomba atômica; no entanto, garante que a entrada da Ucrânia na Aliança, o ingresso formal, ocorrerá assim que a guerra terminar e a democracia do país for comprovada, razão pela qual a guerra não deve acabar. É uma ficção, daquelas tão caras ao poder e às razões de Estado, mas a Rússia também deve entrar no jogo.

A guerra na Ucrânia tem, portanto, uma feroz roupagem militar e uma função política, serve para uma persuasão em massa de uma opinião pública relutante, por isso tem uma cobertura mediática tão extraordinária, como só a primeira guerra do Golfo e a guerra do Vietnã tiveram, e na Itália a longa agonia de Moro, para convencer a todos que a guerra deve ser travada, com o inimigo não se trata, que sempre há uma vítima, mas é para o bem de todos, e isso é bom e é justo fazer; e a soberania assim entronizada está repleta de valores, dos "nossos valores", em continuidade com a abandonada, velha "cristandade".

Segundo o "comunicado de imprensa" tudo isso já é história em ato, não uma nova história a ser imposta. Mas é assim? O nosso governo sabe disso? O Parlamento aprovou? O Presidente da República o promulgou? Na realidade, no que diz respeito à legitimidade democrática, estamos ainda apenas à assinatura e à ratificação parlamentar do Pacto Atlântico de 1949.

Não é verdade que tudo isso seja apenas para tomar conhecimento. Há outra inversão a ser feita, devemos depor do trono todo pretenso governante universal e tornar a paz soberana. Ela é a mãe e "o" rei de todas as coisas. É ela que deve se tornar o sujeito constituinte, que deve ser tornada sistema. Cabe à política, interna e internacional, a missão de prover a isso.

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