Nenhum dos lados parece disposto a parar a guerra na Ucrânia

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30 Março 2022


Se a guerra na Ucrânia se alastrar por mais tempo, “90% da população do país enfrentará níveis de pobreza” e reverterá 18 anos de progresso econômicos e sociais”. O prognóstico é do Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud).

 

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista. 

 

“A população já está traumatizada” e sofrerá ainda mais com uma “queda alarmante da economia”, indicou o diretor do Pnud, Achim Steiner. Ainda há tempo para reverter essa trajetória, afirmou.

Para tanto, os governos da Rússia e da Ucrânia devem chegar a bom termo nas negociações de paz, o que parece complicado diante da estupidez guerreira de Putin e a arrogância de Zelensky.

A Ucrânia está parcialmente arrasada, 3,5 milhões de pessoas deixaram o país. Nas cidades de Mariupol, Sumy e Donetsk a população enfrenta escassez de água e alimentos. Em Luhansk, mais de 80% das localidades foram arrasadas pelos bombardeios; 98 mil famílias estão sem energia elétrica.

Parem a guerra” é o apelo que ecoa pela humanidade. Mas os xerifes do mundo, com capacidade de apertar botões de ogivas nucleares e acabar com a raça humana, querem mais – mais petróleo, mais poder, mais reconhecimento – pouco importando quantas vidas serão cobradas para alcançar aqueles objetivos.

Segundo o Pnud, o governo ucraniano estima perdas de 100 bilhões de dólares (cerca de 500 bilhões de reais) em danos a infraestruturas, prédios, rodovias, pontes, escolas e hospitais. Metade do comércio em cidades ucranianas está com as portas fechadas. O Pnud calcula que uma operação de emergência de transferência de dinheiro, no montante de 250 milhões por mês, poderá ajudar a cobrir a perda de renda de 2,6 milhões de pessoas.

A quem interessa a guerra? Tanto Putin quanto Zelensky precisam recuar para dar ouvidos ao “parem a guerra”. Putin não ouve o clamor das mães de soldados mortos, de pacifistas, de líderes religiosos; Zelensky não poupa o seu povo!

Mas não só esses dois cabeçudos precisam se acertar. Entram nessa briga europeus e, principalmente, os Estados Unidos. Se querem a paz, como atestam, devem parar de enviar armas e recursos para o governo ucraniano. Sem uma demonstração efetiva de boa vontade, o discurso da paz cai no vazio e na inconsistência.

 

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