• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Ucrânia. A estratégia ocidental tende a levar à guerra civil ou à diáspora

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Esquerdas governamentais, conciliatórias e apaziguadoras reduziram-se a “salvar o capitalismo dele mesmo” e não conseguem canalizar inconformidade e indignação, tarefa que o fascismo desejado e reivindicado pelas massas tomou para si com sucesso

    A internacional fascista como modo de vida. Entrevista especial com Augusto Jobim do Amaral

    LER MAIS
  • Prevost, eleito Papa Leão XIV: o cardeal americano cosmopolita e tímido

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

23 Junho 2023

"Um balanço dos trágicos acontecimentos que envolvem a Ucrânia revela que a estratégia belicista da OTAN faz lembrar o episódio das imaginárias armas químicas de Saddam Hussein", escreve Dercio Garcia Munhoz, economista emérito pelo Corecon-DF. Foi professor titular de Economia da UnB. Ex-presidente do Conselho Federal de Economia e do Conselho Nacional da Previdência Social.

Eis o artigo.

01 – O presidente Lula tem de tomar cuidados redobrados em relação ao conflito Ucrânia x Rússia, pois repetidamente se tenta envolver no imbróglio, em apoio cego à Ucrânia, países que estão mais alinhados aos pensamentos do Papa – reafirmados em entrevista recente à TV Suíça, aparentemente censurada – e às preocupações de Lula, que aos senhores da guerra. Estes, ferozes falcões, agrupados em revoadas, ávidos em incendiar a Europa, abominando tempos de paz por razões e interesses vários.

02 – Sempre se pode perguntar como age o arrastão na busca de uma abstrata e ilusória unanimidade no apoio da Ucrânia. E a resposta mais precisa seria que a estratégia belicista se sustenta em promover toda a discussão só a partir da segunda metade da história, do segundo tempo do conflito, se diria. Ocorre, porém, que só se conseguirá abrir caminho para a cessação das batalhas se a questão for analisada a partir do momento inicial, do estopim detonador. Sem isso, não haverá solução para o conflito. Pois mesmo uma hipotética retirada russa dificilmente evitaria o ressurgimento de operações sangrentas em território ucraniano.

3 – É fundamental, portanto, analisar a questão desde o seu nascedouro:

a) o então presidente da Ucrânia, Yanukovych, eleito em 2010, político tradicional, primeiro ministro por três vezes entre 2002 e 2007, nascido no leste do pais (Donetsk), foi deposto em 2013 num violento golpe de estado, com a participação de conhecidas milícias, ou regimentos, tidos como nazi-facistas. Alegou-se, para isso, que o governo pretendia firmar um acordo comercial com a Rússia. O que, afinal, era lógico, dado o intercâmbio entre os dois países.

b) o novo governo desde logo, num lance de total insanidade, decidiu pela proscrição da língua russa, que, presente em todo o país, predomina historicamente no leste e sul da Ucrânia. Afetando com isso 8,5 milhões de cidadãos de etnia russa, mais um grande contingente da população do país que usa correntemente o idioma russo – compreendendo os naturais e cidadãos de outras etnias.

c) no leste industrial, (região de Donbass), a população de Donetsk e Lugansk reagiu, declarando suas províncias como republicas independentes. E a resposta do Governo da Ucrânia foi – no estilo do Velho Oeste – enviar o exercito e as milícias, para submeter, manu militari, os separatistas. Era a guerra civil. De imediato abraçada com entusiasmo por Zelenski, presidente eleito em 2019, e um sucessor perfeito em todos os sentidos. E com isso produzindo mais de seis milhões de refugiados e presumíveis centenas de milhares de mortos. O que teria levado a Rússia a intervir no conflito, evitando o massacre da população russa.

d) inicialmente a estratégia russa foi deslocar uma coluna de 60 km. de homens e máquinas de guerra próximos à Kiev para, segundo se deduz, assim dissuadir a Ucrânia da guerra interna. Estratégia que fracassou, pois já então os falcões, amantes de guerras – no seio da OTAN e arredores – avançavam no projeto de atrair países do leste, com ingresso na União Europeia, para envolver o território russo. O conflito concentrou-se no leste do país, o que levaria, posteriormente, à retirada de milhares de crianças de famílias russas, da zona de guerra, à salvo dos campos de batalha. O que o Governo da Ucrânia, no seu melhor estilo criativo, aponta agora como sequestro de crianças ucranianas.

e) tentativas foram feitas, ainda em 2015, para evitar o pior, com o Acordo de Minsk (com participação da França, Alemanha, Rússia e Ucrânia, mais a Organização para Segurança e Cooperação na Europa – OSCE), e endosso do Conselho de Segurança da ONU). Objetivos principais: o cessar fogo; a libertação de prisioneiros, a reversão da proibição do uso da língua russa; a reintegração à Ucrânia das províncias separatistas, com um estatuto que lhes reservava algum grau de autonomia (modelo da Catalunha?),

f) foi uma oportunidade única. Desperdiçada, porém, diante do não interesse da Ucrânia na sua implementação. Segundo Ângela Melk, que participara das conversações, a Ucrânia assinara o acordo apenas para ganhar tempo, enquanto reforçava o seu poder bélico. A omissão da ONU, que nas ultimas décadas tantas guerras e invasões tem apoiado, foi fatal. Pois poderia ter agido para que o protocolo fosse cumprido; e inclusive decidido pelo envio imediato de uma forças de paz, como o fizera em muitos outros momentos;

04 – Pode-se dizer que um fato primordial sustenta hoje o clima de guerra. Considerando a máquina de propaganda que invade jornais e TVs no nosso dia a dia, é fácil se perceber que todo o arsenal de noticias procura explorar a segunda metade da historia, e só esta. Ou seja, apenas o tempo, depois que a Rússia interveio na guerra civil que vitimava milhões de cidadãos de etnia russa.

05 – O que interessa agora, todavia, é encontrar uma saída na busca de um acordo de paz – que é a mensagem do Papa, que é a fala de Lula – ambas repudiadas pelos senhores da guerra. Mesmo porque a direção imposta pelos lideres ocidentais e pelos belicistas da OTAN, não leva ao encontro de uma solução. Ao contrário, empurraria a Ucrânia para eternizar uma guerra fratricida, ainda que a Rússia decidisse por um improvável abandono das províncias do leste e de seus cidadãos.

06 – Deve-se ter em conta que o futuro oferece apenas três alternativas para as republicas do leste que em plebiscito decidiram pela incorporação à Rússia (fazer parte definitiva da Rússia, constituir um estado independente, reintegração à Ucrânia), Esta ultima seria a saída menos provável, pelos inevitáveis e graves possíveis desdobramentos;

07 – Caso as antigas províncias do leste venham a retornar ao status quo anterior, reintegrando-se à Ucrânia, a população local passaria a viver numa região militarmente ocupada, e exatamente por aqueles que desde 2014 a mantém sob fogo. Com provável ressurgimento da guerra civil. Ou, então, tendendo a uma descomunal e sofrida diáspora. Em ambos os casos seria pouco provável a possibilidade de recuperação do grande polo industrial do leste do país.

08 – Um balanço dos trágicos acontecimentos que envolvem a Ucrânia revela que a estratégia belicista da OTAN faz lembrar o episódio das imaginárias armas químicas de Saddam Hussein. Cercar o território Russo após o fim da União Soviética, sob as asas da recém criada União Europeia, revela um ímpeto em substituir a diplomacia pelos canhões. E o que vem sendo observado deriva especialmente da fraqueza das lideranças europeias, o que inibe o continente de ter uma personalidade própria, com assento e também voz nas organizações internacionais. Daí a supremacia da volúpia guerreira de uma OTAN desprovida de comandos com um mínimo de equilíbrio, sensatez e serenidade.

Leia mais

  • A OTAN está prestes a cruzar o Rubicão com os poloneses prontos a combater contra os russos. Artigo de Domenico Quirico
  • Mídia ocidental só enxerga uma guerra. Igrejas também? Artigo de Edelberto Behs
  • Para construir a paz é preciso uma nova ONU. Artigo de Piergiorgio Odifreddi
  • Kiev: "Refugiados ucranianos são mais de oito milhões"
  • Nova ofensiva da OTAN?
  • A guerra da Ucrânia após a queda de Bakhmut
  • Uma nova ordem para uma paz justa. Artigo de Antonello Falomi
  • “O mundo está realmente fraturado em muitos aspectos”. Entrevista com Ignacio Ramonet
  • Papa Francisco: “Zelensky não quer mediadores com a Rússia porque sente forte apoio da Europa e dos Estados Unidos”
  • A guerra comprada. Artigo de Raniero La Valle
  • São duas guerras. Democracia imperfeitíssima dentro, imperial fora. Artigo de Enrico Peyretti
  • A guerra da Ucrânia: a expansão da OTAN comprada por 94 milhões de dólares
  • O horror próximo vindouro. Artigo de Angelo Panebianco
  • Enviado de paz do papa à Ucrânia diz que guerra é uma “pandemia” que afeta a todos
  • Ministro Lavrov: “Moscou avalia positivamente a iniciativa de paz do Papa” para a Guerra na Ucrânia
  • Pacifismo é a resposta errada para a guerra na Ucrânia. Artigo de Slavoj Žižek
  • “A OTAN participa do projeto estadunidense de planejar uma guerra contra a China”. Entrevista com Noam Chomsky
  • As guerras dos Estados Unidos e da OTAN deixam mais de 350.000 mortos e 38 milhões de deslocados no século XXI
  • A guerra da Ucrânia: a expansão da OTAN comprada por 94 milhões de dólares
  • Um ano depois: EUA dobram sua aposta, mas Rússia já ganhou o que queria. Artigo de José Luís Fiori
  • A OTAN força os limites da guerra nuclear. Artigo de Jeffrey Sachs
  • A última entrevista do Papa Francisco: “Quero ir a Moscou”, sobre a OTAN que ladra e sobre o joelho dolorido
  • A guerra comprada. Artigo de Raniero La Valle
  • O horror próximo vindouro. Artigo de Angelo Panebianco
  • OTAN pressiona América Latina para enviar armas para a Ucrânia
  • Ucrânia: os generais da OTAN começam a recuar
  • A OTAN força os limites da guerra nuclear. Artigo de Jeffrey Sachs
  • Rússia, Patriarca Kirill contra governos da OTAN: "Suas escolhas levarão à destruição"
  • A OTAN, as ameaças e o mundo que nos espera
  • A nova OTAN
  • OTAN completa sua virada mais belicista desde o fim da Guerra Fria erigindo uma nova ‘cortina de ferro’
  • Procura-se um líder que diga não aos latidos da OTAN. Artigo de Domenico Gallo
  • Por que a OTAN cresce sem parar
  • A última entrevista do Papa Francisco: “Quero ir a Moscou”, sobre a OTAN que ladra e sobre o joelho dolorido
  • Não à guerra entre Ucrânia, OTAN e Rússia
  • “A Otan não tem mais razão de existir.” Entrevista com Giovanni Ricchiuti, presidente de Pax Christi
  • Sobre o futuro da Ucrânia e as guerras intermináveis da OTAN
  • O que é e por que é perigosa a expansão para o leste da OTAN
  • Vladimir Putin: “Milhões de pessoas no Ocidente percebem que estão sendo levadas a um desastre espiritual”

Notícias relacionadas

  • Papa abre a Porta Santa: “Bangui é a capital espiritual do mundo”

    LER MAIS
  • A luta de Bergoglio contra a economia que mata e suas tensões na Argentina. Entrevista especial com Eduardo de la Serna

    LER MAIS
  • "Esta economia mata. Precisamos e queremos uma mudança de estruturas", afirma o Papa Francisco

    LER MAIS
  • Discurso do Papa Francisco sobre gênero nas escolas é considerado ambíguo, desatualizado

    O discurso do Papa Francisco de que as escolas estão ensinando as crianças que elas podem escolher o seu sexo – o que seria um[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados