Não à guerra entre Ucrânia, OTAN e Rússia

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20 Abril 2022

 

A Declaração contra a preparação para a guerra com a Rússia que reproduzimos abaixo foi publicada pelo Movimento Pacifista Ucraniano em 8 de fevereiro passado, pouco antes do início da guerra com a Rússia, enquanto estava em andamento a preparação militar e política.

 

Declaração enviada à PeaceLink por Yurii Sheliazhenko, secretário executivo do Movimento Pacifista Ucraniano, em 8 de fevereiro de 2022.  A versão italiana, traduzida por Francesco Iannuzzelli, foi publicada por Chiesa di Tutti, Chiesa dei Poveri, 19-04-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis a declaração. 

 

A população de nosso país e o planeta inteiro estão em perigo mortal devido ao confronto nuclear entre Oriente e Ocidente. Devemos parar o aumento de tropas, armas e equipamentos militares dentro e ao redor da Ucrânia, o desvairado desperdício de dinheiro público na fornalha do aparato militar em não na solução dos graves problemas socioeconômicos e ambientais. Devemos parar de ceder aos caprichos cruéis de comandantes militares e dos oligarcas que lucram com o derramamento de sangue.

O Movimento Pacifista Ucraniano condena a preparação da Ucrânia e dos estados membros da OTAN para a guerra com a Rússia. Pedimos uma redução e um desarmamento global, a dissolução de alianças militares, a eliminação de exércitos e fronteiras que dividem as pessoas.

Pedimos uma imediata solução pacífica para o conflito armado no leste da Ucrânia, em torno de Donetsk e Luhansk, com base em:

1. respeito absoluto de um cessar-fogo por todos os combatentes pró-ucranianos e pró-russos e adesão estrita ao pacote de medidas para a implementação dos acordos de Minsk, aprovados pela Resolução 2202 (2015) do Conselho de Segurança das Nações Unidas;

2. a retirada de todas as tropas, a cessação de todos os fornecimentos de armas e equipamentos militares, a interrupção total da mobilização da população para a guerra, a cessação da propaganda de guerra e da hostilidade entre as civilizações pelos meios de comunicação e redes sociais;

3. a abertura de negociações abertas, inclusivas e abrangentes sobre paz e o desarmamento na forma de um diálogo público entre todas as partes envolvidas no conflito, estatais e não estatais, com a participação de atores da sociedade civil favoráveis à paz;

4. a inclusão de uma declaração de neutralidade na Constituição da Ucrânia;

5. a garantia do direito humano à objeção de consciência ao serviço militar (incluindo a recusa de ser treinado para o serviço militar), de acordo com o artigo 18 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e os parágrafos 2, 11 do Comentário Geral №. 22 do Comitê de Direitos Humanos da ONU.

A guerra é um crime contra a humanidade. Portanto, estamos determinados a não apoiar nenhum tipo de guerra e a lutar pela eliminação de todas as causas de guerra.

As pessoas na Ucrânia, assim como as pessoas na Itália e em todo o mundo, não querem a guerra. Vamos unir nossas vozes para provar que nossos grandes poderes não estão nas máquinas de guerra, nos líderes belicosos e nas grandes potências do Leste e do Oeste, mostremos que nossos grandes poderes estão em nossos corações, mostremos que nossos grandes poderes estão na verdade e no amor, e que não toleramos a tirania da máquina de guerra. Digamos juntos: queremos a paz! Que os líderes ouçam nossas vozes: o povo da Terra está pedindo a paz universal, nada menos!

8 de fevereiro de 2022

 

 

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