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Salman Rushdie e as intolerâncias religiosas

Salman Rushdie (Foto: Luiz Munhoz, Fronteiras do Pensamento | Flickr CC

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25 Agosto 2022

 

"No tempo complexo que vivemos, sua história humana faz parte de uma história da literatura e da civilização que luta com coragem contra os fechamentos do pensamento religioso de qualquer tipo, muçulmano ou cristão, budista ou outro, preso nos limites do literalismo fundamentalista que traz apenas morte e não vida", escreve Letizia Tomassone, pastora valdense em Florença e professora de estudos feministas e de gênero na Faculdade Valdense de Teologia, em Roma, em artigo publicado por Riforma, 26-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

As narrativas ainda são poderosas, na cultura da imagem em que agora vivemos. Mas os corpos são sempre frágeis e vulneráveis. Salman Rushdie, um dos grandes romancistas contemporâneos de língua inglesa, foi agredido por causa de sua imaginação crítica. Para os fundamentalistas, de fato, cada palavra do Alcorão vem de Deus. O texto sagrado não é criação humana e não pode ser desconstruído. E a solução para o problema é a morte do autor de um romance blasfemo.

 

Em vez disso, Rushdie imagina em seu romance que parte dos versos é ditada pelo adversário, pelo diabo.

 

Os crentes encontram-se, portanto, diante de um texto complexo, uma espécie de parábola do joio em que se misturam palavras divinas e palavras satânicas, humanas e sagradas, às vezes indistinguíveis. Só Deus conhece a verdade. Mas, para Rushdie, os versos "satânicos" poderiam ser distinguidos: em particular, são aqueles que impõem o homem como chefe da mulher, ou que autorizam o marido a bater na esposa. A palavra divina distingue-se, portanto, da palavra diabólica, que solicita os instintos humanos de dominação, com base na justiça.

 

Rushdie, que cresceu em um ambiente sunita moderado na Índia, aprendeu a ler o texto sagrado distinguindo, como o próprio Alcorão ensina, versos autênticos e versos alegóricos ou ambíguos (Sura 3,7).

 

De fato, a grande tradição exegética islâmica nunca ignorou que existem interpretações plurais, contextos de revelação que levam à revogação de versos mais antigos, necessidade de interpretar com a mente, mas também com o coração ("Na verdade - diz Deus - eu estou muito perto, ao alcance da mão. E atendo o chamado de quem me chama"). O Alcorão é um livro que quer ser lido tanto com o coração quanto com a mente. Como escreve Tariq Ramadan: “Ao se aproximar dele, uma mulher ou um homem que possuem uma centelha de fé encontram a trilha a seguir e reconhecem suas próprias inadequações. Não há necessidade de um sheik, nem de um sábio ou de um conselheiro: no final, o coração sabe. Eis a resposta do Profeta àqueles que o questionavam sobre o sentido moral: ‘À luz do Livro – disse ele – pergunte ao seu coração’”. Rushdie, portanto, deu continuidade a uma nobre tradição de leitura complexa e profunda do texto corânico. Mas lidar com a revelação sagrada e querer mostrar o aporte humano junto com o divino que fala é perigoso.

 

Nos anos que se seguiram à publicação do romance Os Versos Satânicos (1989), se desencadearam reações violentas de intolerância. No Irã, a reação ao romance foi com uma fatwa que condenava Rushdie à morte e autorizava todos os muçulmanos a executar a sentença: a fatwa imediatamente provou ser muito perigosa, provocando ataques de que foram vítimas os tradutores do livro no Japão, onde Hitoshi Igarashi foi morto, e até na Itália (Ettore Capriolo ficou gravemente ferido em Milão).

 

Também um de seus editores, o norueguês William Nygaard, foi ferido em um atentado. A sentença continua valendo até hoje, até o grave atentado de poucos dias atrás contra o escritor.

 

O cristianismo, que hoje posa com indignação diante de tanto fanatismo violento, não ficou atrás nos séculos passados, e talvez uma reflexão sobre sua própria história fornecesse mais instrumentos no presente para evitar recair em fanatismos contrapostos. A história dos livros colocados no Index – entre os quais até a tradução da Bíblia para o italiano -, as fogueiras e as perseguições de colportores e pregadores evangélicos, as igrejas evangélicas apedrejadas e os funerais recusados, tudo ainda faz parte da nossa memória. Ainda hoje, entre os próprios evangélicos há divisão que dificulta dirimir as controvérsias sobre os capítulos da Bíblia que legitimam violências e exclusões, como os textos sobre os homossexuais ou os sobre a punição e subordinação de Eva e todas as mulheres com ela, por causa do pecado.

 

Se a história se repete e traz consigo preconceitos, desprezo e violência, é porque essa sociedade pós-religiosa ainda não adquiriu verdadeiramente uma relação sadia com a presença de Deus no mundo.

 

Divide-se na lógica dualista que nos caracteriza, enquanto a leitura do coração e a inteligência da mente podem encontrar harmonia a partir dos princípios da justiça e do amor.

 

Ora, creio eu, trata-se de fazer a nossa parte - como disse Piero Angela - para derrubar os fanatismos e preconceitos que tanto influenciam nossas sociedades pluriétnicas. E diante de um escritor de mérito como Salman Rushdie, trata-se também de pegar novamente nas mãos seus romances e devolver-lhe valor como escritor e pensador.

 

No tempo complexo que vivemos, sua história humana faz parte de uma história da literatura e da civilização que luta com coragem contra os fechamentos do pensamento religioso de qualquer tipo, muçulmano ou cristão, budista ou outro, preso nos limites do literalismo fundamentalista que traz apenas morte e não vida.

 

 

Leia mais

 

  • Salman Rushdie e aproximação do Apocalipse. Artigo de Riccardo Cristiano
  • A blasfêmia global e o dilema da tolerância
  • O ódio em nome de Deus é o mais feroz. Artigo de Enzo Bianchi
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