Aqui está a Basílica do Vaticano “escondida”

Basílica de São Pedro (Foto: François Malan | Wikimedia Commons)

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14 Novembro 2024

Um projeto com inteligência artificial tornará possível ver os pontos mais inacessíveis. Um site totalmente interativo permitirá que qualquer pessoa tenha “acesso direto” à área por meio de modelos 3D.

A reportagem é de Gianni Cardinale, publicada por Avvenire, 12-11-2024. A tradução é de Luisa Rabolini

“Decodificar para o homem de hoje, com a ajuda da tecnologia digital, o entrelaçamento de história, arte e espiritualidade que tornam a Basílica de São Pedro única no mundo”. Esse é o objetivo do projeto “Basílica de São Pedro: Experiência habilitada por IA”, realizado pela Microsoft e pela Fábrica de São Pedro em colaboração com a Fundação “Fratelli tutti e da “Missão Digital da Basílica em saída”, apresentada na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo Cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica de São Pedro e presidente da Fábrica de São Pedro. Com ele estava Brad Smith, presidente da Microsoft. Afinal, explica Gambetti, a Igreja desde sempre procura “comunicar sua fé no divino por meio das linguagens do tempo e do contexto cultural ao qual pertence”.

O novo projeto conta com tecnologia de ponta e inteligência artificial para permitir que peregrinos e visitantes de todo o mundo admirem e interajam com a Basílica de São Pedro em seus pontos inacessíveis. Naqueles que o olho humano não consegue ver. Será possível redescobrir sua história e seu papel como o coração da cristandade, bem como aquele precioso tesouro de arte e cultura para toda a humanidade. Essa é uma escolha inovadora idealizada pelo Cardeal Gambetti, que encontrou plena cooperação da Microsoft com o objetivo de abrir as portas da Basílica - justamente por ocasião do próximo Jubileu - para o mundo, para oferecer a todos a sua espiritualidade, cultura e beleza. Especialmente para aqueles que não poderão se dirigir para Roma no Ano Santo.

O AI for Good Lab da Microsoft processou o grande volume de dados de fotogrametria da equipe francesa do Iconem, também coletados por drones, aperfeiçoando o “gêmeo digital” da Basílica de São Pedro com precisão milimétrica. E não é só isso. A inteligência artificial ajudou a detectar e mapear as vulnerabilidades estruturais da Basílica, como rachaduras e peças de mosaico faltantes, a fim de orientar melhor o futuro trabalho de conservação.

Durante o Jubileu, além disso, duas novas exposições imersivas na Basílica de São Pedro, Petros Eni e Petros Eni Octagon, oferecerão aos peregrinos e visitantes uma combinação única de noções históricas e explorações digitais, mostrando aspectos importantes da evolução da Basílica ao longo dos séculos. Enquanto isso, um site interativo permitirá que qualquer pessoa no mundo tenha “acesso direto” à Basílica de São Pedro por meio de modelos 3D detalhados e conteúdos educacionais. “Nestes anos, não sem dificuldades, enfrentamos o esplêndido desafio da relação entre o homem e a tecnologia com o espírito de fraternidade, que animou importantes colaborações marcadas por circularidade, competências, pontos de vista e meios, com o objetivo comum de promover o crescimento humano das pessoas”, explica o Cardeal Gambetti. Além disso, “foram criadas plataformas e aplicativos para oferecer serviços aos peregrinos e visitantes, a fim de favorecer sua experiência em São Pedro; e os significados guardados pelo complexo monumental foram tornados mais compreensíveis - por meio de linguagens multimídia, do uso de inteligência artificial e da proposta de cursos de formação”.

Com a Basílica de São Pedro no espaço digital, começa um novo processo de comunicação, com uma nova obra de arte que continua o caminho daqueles que trabalharam para beleza da mensagem que parte do coração do cristianismo”, explica o diretor de comunicação padre Enzo Fortunato, antecipando que no dia 25 de novembro, junto com o cardeal Gambetti, e em acordo com os órgãos competentes, será apresentado o plano de comunicação para a Basílica. “Fomos animados por um desejo que não é simplesmente estético ou ligado a uma inovação tecnológica”, acrescenta o coordenador do projeto da Microsoft, padre Francesco Occhetta. “Muitas pessoas estão procurando um espaço sagrado no qual possam se encontrar diante de Deus e a reconstrução digital da Basílica poderá ajudar esse encontro em todos os cantos do mundo”.

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