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“Cristo e o Big Bang são indissociáveis”. Entrevista Especial com Ilia Delio

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27 Julho 2014

“A evolução é um processo inacabado, o que significa que ainda não estamos completos; nós ainda estamos sendo criados”, afirma a teóloga.

Foto: api.ning.com

“A evolução é um processo inacabado, o que significa que ainda não estamos completos; nós ainda estamos sendo criados. É por isso que é essencial estarmos cientes do nosso papel na evolução, em sintonia com a inteligência mais profunda da natureza, e de que somos chamados a expressar criativamente nossos dons na evolução de nós mesmos e do mundo. O termo cocriador é muito apropriado. Quando agimos, nós participamos nas ações de Deus, ou, podemos dizer, Deus opera em e através de nós”, pondera a teóloga Ilia Delio, apontando para a contribuição do humano no amplo projeto de Deus.

Ela cita Teilhard de Chardin para enfatizar que seguimos adotando uma cristologia baseada em uma cosmologia antiga, a qual tornou-se irrelevante para os dias atuais. “Ele viu que Jesus surge por meio da evolução; de fato, Cristo e o Big Bang são indissociáveis. Ele fala de uma ‘terceira natureza’ de Cristo, significando que Cristo está relacionado com o cosmos.

A evolução é a ascensão de Jesus, o Cristo. Mas, como disse [Raimon] Pannikar, Cristo é maior que Jesus; Cristo abraça todo o cosmos. Nós também somos parte do mistério de Cristo”, sintetiza Ilia Delio. Para ela, o “universo não é apenas um mecanismo ou mero acaso. Ele tem significado e propósito, e seu significado é a plenitude em Cristo”.

A teóloga enumera na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, os três grandes desafios da vida religiosa contemporânea para que nos mantenhamos abertos à presença de Deus, a qual se manifesta a partir de dentro de nós mesmos: estarmos abertos às mudanças, já que nada é fixo no universo; percebermos que todas as coisas e seres estão interconectados e que mantêm entre si uma interdependência; buscarmos novos padrões de relacionamentos que nos levem em direção à vida, superando tudo aquilo que não contribui para a evolução contínua dos seres em direção a Deus. “Quando as necessidades mudam, mudam também as estruturas”, destaca ela, sugerindo as possibilidades de atuação do humano sobre as linhas da evolução.

Ilia Delio é uma irmã franciscana de Washington, Estados Unidos, diretora de Estudos Católicos da Universidade de Georgetown, onde também é professora visitante. Foi pesquisadora sênior no Woodstock Theological Center, concentrando-se na área de Ciência e Religião, além de professora e coordenadora de Estudos da Espiritualidade no Washington Theological Union, onde lecionou as disciplinas de História do Cristianismo, Teologia Franciscana e Ciência e Religião. É doutora em Teologia Histórica pela Universidade de Fordham e em Farmacologia pela Rutgers University-New Jersey Medical School.

Ela escreveu 14 livros, entre eles Care for Creation: a Franciscan Spirituality of the Earth (Cuidar da Criação: a espiritualidade franciscana da Terra - Cincinnati: St. Anthony Messenger Press, 2008), em coautoria com Keith Douglass Warner e Pamela Wood — a obra recebeu dois Catholic Press Book Awards em 2009. Seus livros mais recentes são God, Evolution and the Power of Love (Deus, Evolução e o Poder do Amor – Maryknoll: Orbis, 2013) e From Teilhard to Omega: Cocreating an Unfinished Universe (De Teilhard a Omega: cocriando um universo inacabado - Maryknoll: Orbis, 2014).

Confira a entrevista.

Foto: www.franciscan.org.au

IHU On-Line - Quais são as linhas gerais que fundamentam sua concepção de evolução?

Ilia Delio - Eu entendo a evolução como um processo de revelação da vida, a qual segue uma interação dinâmica de convergência, complexidade e consciência.

A evolução é um movimento em direção a formas de vida mais complexificadas que, em pontos críticos do processo evolutivo, trazem diferenças qualitativas.

IHU On-Line - A partir dessa definição, no que consiste a evolução consciente?

Ilia Delio - Uma vez que a pessoa humana surge da evolução, a evolução é história humana. Teilhard de Chardin disse que a evolução é o aumento da consciência; isto é, a natureza evolui com propósito ou direção. O surgimento da pessoa humana na evolução significa que estamos agora evoluindo no nível de autoconsciência. Nossas escolhas para o futuro terão impacto sobre o sentido da evolução. A pessoa humana tem uma posição de fronteira na evolução. Com o ser humano, a mente reflete sobre a matéria. Assim, é importante a forma como pensamos e aquilo que pensamos. Essencialmente, isso é o que eu entendo por "evolução consciente”.

IHU On-Line - Em que medida tal perspectiva se conecta às concepções de um universo dinâmico e de um Deus dinâmico?

Ilia Delio - Teilhard acreditava que havia um poder no universo físico evoluindo para uma vida mais complexa. Ele chamou isso de poder "Ômega", ou Deus-Ômega. Suas ideias refletem seu profundo compromisso com o cristianismo e sua base fundamental na Encarnação. Deus cria entrando em união. Criação e encarnação são duas dimensões do amor incondicional de Deus, o que significa que, a partir de uma perspectiva de fé, este universo não é apenas um mecanismo ou mero acaso. Ele tem significado e propósito, e seu significado é a plenitude em Cristo — uma ideia encontrada nos escritos de São Paulo .

“Uma vez que a pessoa humana surge da evolução, a evolução é história humana”

IHU On-Line - Como a compreensão das pessoas como “devires dinâmicos” pode contribuir para nos tornarmos mais conscientes e responsáveis por nossas ações? É possível falar em “cocriação”?

Ilia Delio - Somos seres dinâmicos porque a evolução é um processo inacabado, o que significa que ainda não estamos completos; nós ainda estamos sendo criados. É por isso que é essencial estarmos cientes do nosso papel na evolução, em sintonia com a inteligência mais profunda da natureza, e de que somos chamados a expressar criativamente nossos dons na evolução de nós mesmos e do mundo. O termo cocriador é muito apropriado. Quando agimos, nós participamos nas ações de Deus, ou, podemos dizer, Deus opera em e através de nós.

IHU On-Line - Quais são as influências de Teilhard de Chardin e Raimon Pannikar em sua formação religiosa e acadêmica?

Ilia Delio - Fui muito influenciada por Teilhard e Pannikar. Teilhard foi um gênio espiritual, místico e cientista que teve profundos “insights” sobre a relação entre Deus e o universo físico. Eu não acho que ele tenha sido adequadamente compreendido. Pannikar também foi um pensador místico e profundo. Pannikar e Teilhard são muito diferentes e, ainda, complementares em suas abordagens sobre o mistério de Cristo.

IHU On-Line - Em que aspectos tais ideias oferecem uma nova compreensão de Jesus?

Ilia Delio - Teilhard sentiu que a nossa Cristologia tinha se tornado muito desatualizada; Pannikar sentiu o mesmo. Pannikar escreveu que “uma cristologia surda aos gritos humanos é incapaz de pronunciar a palavra de Deus”. Teilhard disse que ainda estamos ensinando uma cristologia baseada em uma cosmologia antiga; ela tornou-se irrelevante. Ele viu que Jesus surge por meio da evolução; de fato, Cristo e o Big Bang são indissociáveis. Ele fala de uma "terceira natureza" de Cristo, significando que Cristo está relacionado com o cosmos. A evolução é a ascensão de Jesus, o Cristo. Mas, como disse Pannikar, Cristo é maior que Jesus; Cristo abraça todo o cosmos. Nós também somos parte do mistério de Cristo.

IHU On-Line - Quais são as críticas principais do Vaticano a esse respeito?

Ilia Delio - Eu não tenho certeza, mas o Vaticano fica nervoso quando teólogos alteram ou desafiam algum dogma estabelecido. Tudo está fixo e em seu lugar, e todas as ideias novas podem desmontar toda a história. Eu acredito que o Vaticano prefere ideias testadas longamente em vez de coisas novas.

IHU On-Line - Por que ideias como essas desagradam tanto a ortodoxia da Igreja?

Ilia Delio - Eu acho que pelas mesmas razões por que algumas pessoas ainda defendem o geocentrismo ou um cosmos centrado na Terra. Aceitar radicalmente novas ideias é perturbador. Seria preciso mudar a estrutura inteira de pensamento sobre as coisas de Deus, eu e o mundo. Preferimos uma velha ideia irrelevante a um novo relevante.

“A evolução é um processo inacabado, o que significa que ainda não estamos completos; nós ainda estamos sendo criados”

IHU On-Line - Qual é o papel das integrantes da Leadership Conference of Women Religious -LCWR na vocação de dar à luz a Deus?

Ilia Delio - Elas estão discernindo, em espírito de oração, a obra do Espírito na vida religiosa hoje. Elas estão conscientes de que nossas escolhas impactam não apenas a vida da Igreja e a vida do mundo, mas a direção da própria evolução. À medida que enfrentamos graves problemas ambientais, as religiosas estão tentando ver a melhor forma de viver o Evangelho como a Boa Nova de um Deus de amor em um mundo que ainda está se desenrolando.

IHU On-Line - Quais são os maiores desafios da vida religiosa?

Ilia Delio - Os maiores desafios na vida religiosa hoje são manter uma abertura para a obra do Espírito que está dentro de nós. Eu diria que os desafios são estes:

  • Esteja aberto a mudar. Perceba que nada é fixo. Esteja aberto a novas ideias e insights.
  • Perceba que tudo está ligado a tudo.
  • Busque formar novos padrões de relacionamentos. Quando chegar a hora certa, deixe ir embora o que não gera vida e encontre novos padrões de relacionamento que aprofundem a vida. Isto é, quando as necessidades mudam, mudam também as estruturas.

Veja também:

  • Ilia Delio, uma teóloga e sua evolução
  • A incompletude do universo, um futuro aberto à criação. Entrevista especial com John F. Haught
  • As implicações da evolução científica para a semântica da fé cristã. Artigo de George Coyne. Cadernos Teologia Pública, no. 78

Por Márcia Junges e Luciano Gallas / Tradução: Claudia Sbardelotto


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