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27 Setembro 2022

 

"Tudo isso estava em jogo, e não apenas os assentos no novo Parlamento. Quem não foi votar 'porque dá no mesmo', ou 'porque a distinção entre direita e esquerda não vale mais', perdeu o jogo republicano mais importante dos últimos trinta anos", escreve o jornalista italiano Ezio Mauro, ex-diretor dos jornais La Stampa e La Repubblica, em artigo publicado por La Repubblica, 26-09-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

E agora, o que nos espera? A crise inclina o país para a direita, prolonga a temporada do populismo, confirma que a responsabilidade do governo não paga eleitoralmente, porque tem um reflexo de casta.

 

Como já havia sido anunciado há tempo, Fratelli d'Italia vence, no ponto exato de intersecção desses fatores, esvaziando a Liga e sufocando o Forza Italia. É uma vitória anunciada, mas que muda a história do país.

 

Despertada por Berlusconi, trinta anos depois a direita se emancipa do Cavaliere e joga por conta própria, em sua fisionomia mais radical: e as contas dentro da coalizão não acabaram, porque depois da votação teremos que esperar as manobras de assentamento, especialmente na Liga que está caindo nas projeções da noite.

 

No outro campo, a votação confirma uma danação histórica: a centro-esquerda paga suas divisões, incapaz de unir forças mesmo diante da abordagem da direita mais extrema dos últimos anos. Hoje Pd, M5S, Polo di centro contam ciumentamente suas porcentagens divididas, depois de terem renunciado a construir uma alternativa à direita para o país.

 

Mas mesmo aqui o Big Bang não para: Conte se recuperou, Calenda não estourou, o Partido Democrata está perdendo terreno, sem uma base social de referência, toda a ser inventada. Giorgia Meloni é a vencedora, Salvini e Berlusconi, reduzidos a lacaios e coadjuvantes. É a partir das palavras, da história e das intenções de Meloni, portanto, que podemos tentar adivinhar hoje o que nos espera amanhã.

 

Com esse voto, o país parece ter anistiado na indiferença o fascismo histórico, a ponto de considerar irrelevante o vínculo que persiste em Fratelli d’Italia com aquele depósito de memórias e símbolos, politicamente desvitalizado, mas mantidos vivos em baixa frequência, como uma paisagem sentimental de referência. O eleitorado móvel, que ontem se deslocou para Fratelli d'Italia, não pede e muito menos espera da extrema direita - de derivação pós-fascista - uma postura clara a favor da democracia liberal, em cujas regras e valores conviveu com altos e baixos até hoje, com a segurança da liberdade.

 

Por outro lado, o populismo colheu seus frutos, depois de ter ridicularizado durante anos a democracia, seu esforço por garantias, suas instituições. Vemos os resultados todos os dias nos juízos sobre a guerra de agressão russa contra a Ucrânia, quando da direita e da esquerda paramos em uma condenação da invasão, apenas para depois perder a consciência de que os valores e princípios pisoteados no Donbass são a dotação democrática que nos permitiu passar por trinta anos de paz e convivência após o fim da Guerra Fria.

 

Isso explica, creio eu, por que Giorgia Meloni até agora recusou todos os convites para uma "bemolização", isto é, para diminuir a intensidade do caráter extremo da sua direita, para iniciar um processo de homologação: em primeiro lugar porque o espírito dos tempos lhe é propício, a democracia das regras e dos direitos liberais patina, cada voto demonstra a tendência de recompensar as forças rebeldes e alternativas ao governo; depois porque considera constitutivo de sua identidade esse elemento diferente, irregular, anômalo que transformou de fraqueza em força.

 

Na competição dos populismos (o nacionalismo xenófobo da Liga, o assistencialismo e antielitismo dos 5Stelle, o soberanismo orbanico de Fratelli d’Italia) Meloni se distanciou de seus concorrentes apresentando-se não apenas como líder da oposição, mas até como antissistema, justamente graças a essa diversidade. Agora vem a prova de fogo, porque depois da vitória o populismo terá que se tornar de luta e de governo, e não é fácil.

 

Todos veem a dificuldade de construir um verdadeiro entendimento com os aliados, especialmente depois dos desvios pró-putinianos de Salvini, na penumbra do Metropol, e de Berlusconi, que na campanha eleitoral parecia representar um roteiro de justificativas do Kremlin.

 

Mas a verdadeira questão, para a Meloni da luta, será a escolha dos indispensáveis inimigos. Um por enquanto encarna todos eles: a UE com a burocracia de Bruxelas, que segundo a direita quer impor às nações o código dos princípios liberais nos direitos, nas instituições, nos atos de governo, ou seja, o cânone ocidental. Enquanto os parceiros de Fratelli d’Italia, como Orbán, experimentam há anos um modelo de democracia iliberal e neoautoritária, que os autocratas consideram mais adequado para tempos de crise.

 

Mas por esse caminho se chega ao verdadeiro desenho da direita, que é uma mudança de sistema. Não apenas uma explicitação diferente da democracia, com uma escolha a-ocidental nos valores e nos direitos compensada pela lealdade atlântica na aliança militar com os Estados Unidos: mas a superação daquele vínculo republicano das origens entre a Resistência, a Constituição, as Instituições e a República que é um projeto coerente e unitário, que chegou até aqui.

 

Com toda evidência hoje, o antifascismo termina como cultura fundadora, como empenho e testemunho que informaram a Carta e a ordenação do Estado, lembrando a tragédia da ditadura. Neutralizada em sua cultura de referência, a Constituição será alterada pelo cavalo de Tróia do presidencialismo, instrumento perfeito para a pregação populista que quer a identificação entre o líder e o povo: e todo o cenário institucional, com seus delicados equilíbrios, terá que se adaptar para a nova hierarquia dos poderes.

 

A esta altura começará realmente a segunda República, ou a terceira, se quisermos acreditar em uma fisionomia distinta da temporada majoritária do bipolarismo. Mas sobretudo a direita encontrará nesse corte das velhas raízes o pano de fundo heroico para transformar a conquista do governo não apenas em uma tomada de poder, mas em uma alternativa de sistema.

 

Tudo isso estava em jogo, e não apenas os assentos no novo Parlamento. Quem não foi votar "porque dá no mesmo", ou "porque a distinção entre direita e esquerda não vale mais", perdeu o jogo republicano mais importante dos últimos trinta anos.

 

 

Leia mais

 

  • Populismo segundo Ernesto Laclau. Chave para uma democracia radical e plural. Revista IHU On-Line, Nº 508
  • Sandro Veronesi "A esquerda perdeu o povo porque não defendeu o direito à felicidade"
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