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12 Julho 2021

 

À luz do assassinato do presidente Jovenel Moise, Bobby Gilmore reflete sobre a vulnerabilidade, e o subdesenvolvimento e a miséria sem fim do Haiti. A “haitianização” tem uma longa sombra.

Bobby Gilmore é padre da Sociedade Missionária de São Columbano e atuou por diversos anos na Jamaica. Em 1999, fundou o Migrant Rights Centre Ireland.

O artigo foi publicado em Columban Missionaries, 08-07-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o artigo.

 

“Um escravo fugitivo era, de fato, um ladrão, pois roubava a propriedade de seu mestre – ele mesmo” (Edward P. Jones, “The Known World)

Perto da cidade de Montpelier, no planalto acima de Montego Bay, na Jamaica, situa-se um antigo acampamento militar que remonta ao domínio britânico, construído durante a época da escravidão. Ao longo do tempo, ele foi desativado e reativado.

Desde a independência do Haiti em 1804, os habitantes de Montpelier se acostumaram com a chegada intermitente de militares para reabrir o campo, limpá-lo e torná-lo habitável.

Toda vez que eles veem os militares chegando, eles presumem que o Haiti está novamente em apuros, seja por causa de um golpe, furacão ou terremoto. Em breve, refugiados haitianos chegarão.

O Haiti, assim como muitas outras ilhas do Caribe, é vulnerável tanto à história quanto à geografia. Ambas, de acordo com uma nova palavra do dicionário caribenho, trouxeram a haitianização – um subdesenvolvimento e miséria sem fim para o povo do Haiti.

Outras ilhas do Caribe experimentam os furacões e, ocasionalmente, os terremotos. Mas não experimentam a devastação do Haiti. Pelo menos, um quarto da sua população está na miséria. Tentativas fortuitas de desenvolvimento de infraestrutura, casas construídas após o último desastre e subsistência precária facilitam a devastação de furacões que se tornam desastres com um alto custo humano.

A liderança do país fracassou repetidamente com o povo – ao longo do tempo, o Haiti sofreu 37 golpes. Neste momento, em meio a uma crise, não há nenhum governo legítimo devido aos adiamentos eleitorais.

A República Dominicana compartilha a ilha de Hispaniola com o Haiti. Por que a República Dominicana é uma democracia progressiva e estável e o Haiti é uma terra devastada?

O Haiti se tornou independente da França em 1804, depois de uma dura revolução. Após a revolução escravista, foi criada a primeira república negra nas Américas. Os haitianos se libertaram da tirania do domínio francês e dos grilhões da escravidão. A França se beneficiou enormemente do seu domínio no Haiti. Foi a pérola da coroa do colonialismo francês. Seria de se esperar que, após o autogoverno, o Haiti prosperasse com a propriedade dos seus recursos.

No entanto, a escravidão institucional não permitiu a libertação. Os escravos e o sistema de escravidão estavam estruturados de tal forma que o escravo era a propriedade do seu dono. A noção de libertação ou liberdade significava roubo de propriedade: ele mesmo, o escravo, roubava a si mesmo.

Em outras palavras, um escravo que se libertava estava roubando a propriedade do seu dono. Um bom exemplo de tal paradigma ocorreu na abolição da escravatura na Jamaica, quando o governo britânico recompensou o proprietário de escravos pela perda de propriedade. O escravo, produtor de riquezas, era abandonado. Era como um prisioneiro pagando a prisão por libertá-lo depois de cumprir a sua pena.

Em consonância com a política do escravo livre julgado como ladrão ao se libertar, a França estendeu esse paradigma à nova nação do Haiti como uma entidade: ao se libertar da França, ela estava roubando da França e, portanto, era obrigada a fazer uma restituição à França.

Diante disso, a França impôs uma multa de 90 milhões de francos a ser paga em ouro. Esses reembolsos à França consumiram mais de 80% do orçamento nacional do Haiti até que a dívida foi paga em 1947. Em estimativas modernas, os 90 milhões de francos seriam o equivalente a 20 bilhões de dólares [104 bilhões de reais]. Portanto, a haitianização tem uma longa sombra.

Há muito tempo, o Haiti recebe ajuda internacional. Se a ajuda fosse a solução para os problemas do Haiti, o Haiti deveria ser uma democracia reluzente. Com muita frequência, não apenas no Haiti, a ajuda tem mantido cartéis corruptos no poder, que estão em conivência com lobbies agrícolas subsidiados em nações doadoras desenvolvidas.

O principal objetivo da ajuda, exceto em tempos de desastre, deveria ser o desenvolvimento do potencial autóctone, particularmente na área da produção de alimentos, infraestrutura, educação, saúde, saneamento, policiamento, lei e ordem, e administração da justiça.

Em tempos modernos, a ajuda é usada por algumas elites offshore como um refúgio de respeitabilidade. Elas buscam reconhecimento para si mesmas, tornando os pobres objetos das suas necessidades, em vez de sujeitos da sua própria libertação.

Além disso, há o caso de reparações à França. Esta última, assim como outros colonizadores europeus, se beneficiaram da escravidão no seu desenvolvimento. É doloroso ouvir nacionalistas populistas modernos reivindicando o reconhecimento da abolição da escravatura em seu país. Se eles querem reivindicar o reconhecimento de qualquer coisa, deveria ser pelas reparações pela escravidão. A reparação é uma obrigação da justiça.

O Haiti precisa de justiça da França e precisa dela agora. Há pouca esperança disso. Em tempos modernos, assim como em tempos de escravidão, o poder corporativo prevalece – o público salvou os bancos, e o governo salvou a Apple contra a vontade do público.

“Quando pensamos na pobreza global, prontamente pensamos na fome, doença, falta de moradia, analfabetismo, água suja e falta de educação, mas muito poucos de nós pensam imediatamente na vulnerabilidade crônica à violência por parte dos pobres globais. A questão é que você pode prover todos os tipos de bens e serviços aos pobres, assim como as pessoas boas vêm fazendo há décadas, mas se você não impedir que os agressores da comunidade cometam violência e roubo, então vamos achar o resultado dos esforços bastante decepcionante” (“The Locust Effect”, G. A. Haugen).

A notícia do assassinato do presidente haitiano Jovenel Moise foi publicada em todos os jornais. Sem dúvida, o povo de Montpelier não ficará surpreso ao ver os militares jamaicanos chegarem para reformar o antigo quartel, aguardando a chegada de refugiados haitianos após os últimos distúrbios no Haiti. Rezemos pelo povo do Haiti.

 

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