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O Papa Francisco lança a última cartada para mudar o paradigma do humano. Artigo de Raniero La Valle

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08 Outubro 2020

"Pois bem, a resposta sobre o porquê da encíclica é que já não se trata de fazer alguns ajustes aqui e ali, mas de mudar o paradigma do ser humano, que rege todas as nossas culturas e os nossos ordenamentos: trata-se de passar de uma sociedade de sócios para uma comunidade de irmãos", escreve Raniero La Valle, jornalista e ex-senador italiano, em artigo publicado por Il Manifesto, 07-10-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

É uma carta desconcertante e poderosa esta que o Papa Francisco, deixando-se “transformar” pela dor do mundo nos longos dias de pandemia, escreveu a uma sociedade que, em vez disso, pretende se construir "dando as costas à dor". Por isso, a figura emblemática que representa a identidade dessa encíclica, antes mesmo daquela de Francisco de Assis, é a do samaritano, que nos coloca diante de uma escolha imperiosa: diante do homem ferido (e hoje cada vez mais existem feridos, todos os povos estão feridos) só existem três possibilidades: ou somos os bandidos, e como tais armamos a sociedade da exclusão e da iniquidade, ou somos os indiferentes que passam imersos nos seus problemas e em suas religiões, ou reconhecemos o homem caído e cuidamos de sua dor: e devemos fazê-lo não apenas com nosso amor privado, mas com nosso amor político, porque devemos também garantir que haja uma pousada onde levar a vítima, e instituições que cheguem lá onde o dinheiro não compra e o mercado não chega. Poderíamos nos perguntar o que o Papa Francisco ainda tinha a dizer após sete anos de gestos e palavras tão eloquentes, que começaram em Lampedusa e culminaram em Abu Dhabi no encontro em que foi proclamado com o Islã que “qualquer um que mate uma pessoa é como se tivesse morto toda a humanidade”, razão pela qual nem as guerras nem a pena de morte são mais possíveis.

E para Francisco nem mesmo a prisão perpétua, que "é uma pena de morte oculta", e muito menos as execuções extrajudiciais dos esquadrões da morte e dos serviços secretos. Pois bem, a resposta sobre o porquê da encíclica é que já não se trata de fazer alguns ajustes aqui e ali, mas de mudar o paradigma do ser humano, que rege todas as nossas culturas e os nossos ordenamentos: trata-se de passar de uma sociedade de sócios para uma comunidade de irmãos. Portanto, esta segunda carta (a outra foi a Laudato Si', enquanto a primeira era, na verdade, de Ratzinger) não é uma encíclica social; apenas uma vez o papa deixou escapar que havia escrito uma "encíclica social"; na realidade, não tem nenhuma semelhança com o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja" publicado em 2004 pelo Papa Wojtyla, no qual se pretendia definir em detalhes tudo o que deve ser feito na sociedade. Esta, por outro lado, é uma encíclica sobre o amor, porque passar de sócios a filhos significa passar da busca do lucro ao amor sem razão: os migrantes não devem ser acolhidos porque podem ser úteis, mas porque são pessoas, e os portadores de deficiência e os idosos não devem ser descartados porque uma sociedade do descarte é em si mesma inumana.

Por tratar do amor, essa é uma encíclica laica, aliás de uma laicidade extraordinária, porque o amor não se deixa enredar num só molde, numa só proposta, num só código. É impressionante como o Papa Francisco sempre deixa em aberto outras possibilidades, outras considerações da realidade, outros caminhos possíveis, até mesmo diante do pecado e do erro; a pluralidade é sempre invocada, o relativismo nunca, sempre o gosto pelas diferenças, pelo inédito, pelo não ainda compreendido; o poliedro, nunca a torre de Babel, de pretensão unificadora. É preciso fantasia para construir a sociedade fraterna e não é fácil passar do "vínculo de casal e de amizade" ao acolhimento de todos e à "amizade social". Às vezes parece ler uma lição de laicidade para o mundo, para as culturas fixistas, como o liberalismo, que faz da propriedade privada, que é "um direito secundário", um valor primário e absoluto, enquanto é originário e prioritário o direito ao uso comum de bens criados para todos; como há uma lição ao populismo e ao nacionalismo, incapazes de entender o que é diferente, de se abrir à universalidade, fechados como estão em seus recintos estreitos como em "um museu folclórico de eremitas localistas"; o ruim é que assim se perdem bens irrenunciáveis como a liberdade ou a nação: a economia que substitui a política não colocou um fim à história, mas roubou a liberdade; e com a demagogia o risco é se perca o conceito de povo, “mito” e instituição juntos, a que não se pode renunciar, porque se acabaria renunciando à própria democracia. A própria fraternidade, diz Francisco, deve estruturar-se em uma organização mundial garantidora e eficiente, sob "o domínio indiscutível da lei", ainda que um projeto de desenvolvimento de toda a humanidade "soe hoje como um delírio".

Enquanto a encíclica era distribuída na Praça São Pedro e o embargo era levantado, nas igrejas se lia, entre as leituras do dia, esta frase do profeta Isaías: “Ele (o Senhor) esperava justiça mas houve derramamento de sangue, esperava retidão, mas ouviu gritos de aflição”. Parecia um juízo escrito para a atualidade, enquanto Francisco é assediado, até dentro do templo, por mercadores e falsos defensores da fé. Talvez seja este o segredo dessa encíclica: existe, para um mundo doente, onde "tudo parece dissolver-se e perder consistência", uma última carta a ser jogada, transformar os sócios em irmãos. Até poderá acontecer de ser maus irmãos, incapazes de memória, de piedade, de perdão, mas todos se reconhecerão investidos da infinita dignidade do ser humano, essa verdade que não muda, acessível a todos e obrigatória para todos.

Mas para ser irmãos é preciso um pai. Portanto, todo o ministério do Papa Francisco visa "narrar" a misericórdia do Pai ao mundo; aquele que é o primeiro pastor da religião do Filho, se coloca no papel do Filho (como é seu dever) para recuperar a religião do Pai, para dar aos homens um Pai no qual eles finalmente se reconheçam como irmãos. Algo tão “religioso” que até a Revolução Francesa queria; só que, agora diz o Papa Francisco, se a fraternidade não for realmente exercida, também se perderão a liberdade e a igualdade. E o mundo, então, seria perdido com elas.

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