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Franz Hinkelammert: rumo a um novo humanismo. Artigo de Enrique Dussel e Katya C. Lizárraga

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08 Agosto 2023

“O fundamento da modernidade, diz-nos Hinkelammert, é teológico, trata-se de um cristianismo invertido porque não parte de um Deus para a vida, mas, sim, de um deus que pede o sacrifício da vida. É um deus para a morte e, por isso, revela-se falso. É um fetiche que encarna a projeção do sujeito burguês, um burguês feito deus”, escrevem Enrique Dussel e Katya Colmenares Lizárraga, ambos do campo da filosofia, no México, em artigo publicado por La Jornada, 07-08-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Franz Josef Hinkelammert (1931-2023) é o maior pensador crítico latino-americano contemporâneo. Sua obra expõe o fundamento ideológico, fetichista e de dominação do projeto civilizatório da modernidade, bem como a irracionalidade de sua razão instrumental e científica, principais responsáveis da profunda crise em que a humanidade se encontra no século XXI.

Nascido em Emsdetten, na Alemanha, sua adolescência foi marcada pela experiência da Segunda Guerra Mundial, a ascensão do nazismo e o desaparecimento dos judeus. Completou sua formação em economia, ao mesmo tempo que se formava em filosofia e teologia em Freiburg, Hamburgo e Münster.

Fez um doutorado no Instituto da Europa Oriental, da Universidade Livre de Berlim. Mais tarde, como assistente de pesquisa, assumiu a tarefa de estudar em profundidade Karl Marx e os pensadores marxistas, respondendo a um projeto crítico do socialismo real. Assim, começou seu trabalho sobre o fetichismo, a teoria do valor e a ideologia. Com Marx, não apenas desenvolveu uma crítica à economia planificada e a ideologia soviética, mas também à ideologia capitalista e os modelos da economia clássica.

Durante sua pesquisa, descobre que o socialismo real e o capitalismo constituem dois projetos de dominação que respondem à mesma racionalidade instrumental moderna. O projeto socialista propõe a dominação da natureza, ao passo que o projeto capitalista propõe a dominação da natureza e do ser humano.

Sua presença no Instituto da Europa Oriental se tornou insustentável com os resultados de sua pesquisa e, a partir dos anos 1960, migrou para a América Latina. Viveu o Chile de Salvador Allende, durante o golpe de Augusto Pinochet, e experimentou a ascensão do neoliberalismo como um totalitarismo do mercado.

Estabeleceu-se em Costa Rica, onde fundou, primeiro, o Departamento Ecumênico de Pesquisas, importante centro de formação e produção teórica vinculado às comunidades de base da teologia da libertação e movimentos sociais de toda a América Latina e, posteriormente, fundou o Grupo Pensamento Crítico.

Durante os anos 1970, fizemos contato com ele e inspirados por sua conferência escrevemos um artigo sobre O ateísmo de Marx e os profetas. Conversamos extensamente sobre ser ateus frente aos deuses terrenos, surgindo uma profunda amizade e um diálogo que se manteve até o final. Pode-se dizer que nossa filosofia da libertação é discípula de Franz Hinkelammert. Por meio de sua obra, revelou-se para nós o materialismo de Marx, o que nos permitiu formular o princípio material da ética e da política.

Anos depois, durante a década de 1990, Hinkelammert foi fundamental no diálogo com Karl-Otto Apel, que parecia propor uma fundamentação irreparável com sua Ética do discurso. Hinkelammert interveio para mostrar que para além da comunidade argumentante, a vida é, na realidade, o último horizonte de referência, anterior à linguagem e à comunicação. Finalmente, a obra de Hinkelammert também foi crucial para a sistematização do princípio da factibilidade ao nos mostrar a importância do horizonte de impossibilidade para a reflexão epistemológica, ética e política.

O filósofo boliviano Juan José Bautista, grande discípulo de ambos, chamava-o de “o Marx deste tempo”, por ter desenvolvido e atualizado o método da teoria do fetichismo de Marx. Hinkelammert retoma a crítica aos deuses terrenos da mercadoria, do capital e da economia para mostrar como é que o fetichismo teria passado, agora, para as ciências sociais, a ciência moderna e, finalmente, para a racionalidade moderna.

É dessa maneira que o projeto civilizatório da modernidade se impôs em todo o mundo e se blindou a qualquer crítica, fazendo com que o conteúdo ideal de seu modo de vida moderno apareça como ideal da humanidade. O fundamento da modernidade, diz-nos Hinkelammert, é teológico, trata-se de um cristianismo invertido porque não parte de um Deus para a vida, mas, sim, de um deus que pede o sacrifício da vida. É um deus para a morte e, por isso, revela-se falso. É um fetiche que encarna a projeção do sujeito burguês, um burguês feito deus.

A transformação a que Hinkelammert nos convoca, não é, então, apenas de um modelo econômico, político e social, trata-se de transformar a subjetividade do ser humano, para que deixemos de encarnar a subjetividade moderna e burguesa em prol da recuperação de uma subjetividade comunitária e uma racionalidade da vida, presentes nas grandes utopias dos povos que puseram a ênfase no nós como “um eu sou, se você é”.

Trata-se de avançar para um humanismo da práxis em que o ser humano, como húmus da terra, torne-se o ser supremo para o ser humano.

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