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A última guerra. Artigo de Raniero La Valle

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02 Junho 2022

 

O problema não é, como defende Putin, desnazificar a Ucrânia, mas sim privar de fundamento todos os nazismos, evidentes e ocultos, desmascarando a percepção do estranho como inimigo, reconhecendo a diferença como valor e não como ameaça, isentando-se assim das más hermenêuticas de Schmitt e Hegel, aquele príncipe dos filósofos que em Jena via Napoleão a cavalo como “o Espírito do mundo” e, nos povos que haviam descoberto a América exterminando os índios, via “os povos do Espírito”.

 

A opinião é de Raniero La Valle, jornalista e ex-senador italiano, em artigo publicado por Chiesa di Tutti, Chiesa dei Poveri, 01-06-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Segundo ele, "é preciso 'descainizar' o Ocidente e, dentro dele, a Ucrânia, a Rússia e a Europa. De fato, o modelo não seria mais o ciúme fratricida de Caim, mas sim o reconhecimento da fraternidade: talvez devêssemos recordar a palavra profética, então incompreendida, que foi pronunciada por João XXIII, o papa da Pacem in terris, no discurso inaugural do seu pontificado, quando se apresentou ao mundo dizendo: 'Sou eu, José, vosso irmão', evocando a história do filho de Jacó que assim se havia apresentado aos seus 'irmãos da desventura humana' que o haviam lançado na cisterna e o haviam vendido ao Egito: o reconhecimento recíproco, em vez de vingança."

 

Eis o texto.

 

Há uma consternação que hoje domina os corifeus e os apologistas da guerra em curso, que consiste em vê-la estagnar-se, em não ver realizadas as suas expectativas, em ver como ela está afastando da narrativa unívoca que lhe foi imposta desde o princípio.

 

Talvez não apenas os comentaristas da televisão e os especialistas sejam interditados por essa reviravolta da guerra, mas também Biden e Stoltenberg, que tanto a amaram: a Ucrânia não vence, a Rússia não perde, as sanções não funcionam, o share se reduz, as projeções da revista Limes não se tornam realidade, a partida final, que seria com a China, não parece próxima.

 

Talvez, então, precisemos mudar de leitura. Não é possível sair de uma tragédia histórica se ela não for compreendida primeiro. Ainda é o caso de interpretar o mundo, para mudá-lo.

 

Esta não é, como se gostaria, uma guerra de bons amigos e maus inimigos. Com mais razão em relação àquilo que foi dito sobre as guerras do século passado, esta é uma guerra civil europeia. Todas as guerras são na verdade guerras civis, se partirmos da ideia de um mundo unido e de uma única humanidade, a ideia da qual Carl Schmitt tinha horror, pois quebrava o seu belo quadrinho do “político” fundamentado no conceito de inimigo.

 

Mas esta é uma guerra civil de modo especial, porque a Ucrânia é mãe da Rússia, o cristianismo veio de Kiev, e ucranianos e russos se reconhecem como irmãos. E precisamente por se tratar de uma guerra civil, eles combatem mais duramente e mostram mais ódio; e os ucranianos mais do que os russos, porque, novamente para nos atermos às más culturas, um povo não teria existência política se não tomasse consciência do inimigo e não percebesse o outro como diferente; e o inimigo, palavras de Hegel, é essa diversidade, é “um estranho a ser negado na sua totalidade existencial”.

 

A Ucrânia, precisamente porque esteve até ontem sem uma existência política própria, parece hoje ter mais necessidade de reivindicá-la, mais do que a Rússia, que nunca a perdeu; por isso, precisa mais viver a guerra como luta pela diferença e pela soberania, enfatizá-la, difundi-la e contagiá-la aos outros, até o risco da guerra mundial, enquanto para a Rússia basta a hipocrisia da “operação militar especial”.

 

Há, no entanto, uma segunda razão pela qual esta é uma guerra civil: porque é uma guerra do Ocidente, mas interna ao próprio Ocidente; não é uma guerra entre dois mundos estranhos e inimigos, não tem nada em comum com o choque de civilizações dos tempos da Guerra Fria, quando a União Soviética formava um só corpo com o Império do Mal.

 

Não é mais assim. Ao preço da sua dissolução, a própria URSS, tornando-se a República Russa, havia entrado e havia sido aceita no Império do Bem: globalização, democracia, empresas livres. Yeltsin, com uma carta datada de 20 de dezembro de 1991, havia até pedido para entrar na Otan, e o próprio Putin, como revelou a revista Stone nas suas entrevistas para a televisão estadunidense, havia discutido a possibilidade com Clinton, despertando o “nervosismo” da delegação dos Estados Unidos, que continuava convencida de que havia a “necessidade de um inimigo” para que a própria Otan pudesse subsistir.

 

E é precisamente a Otan que, sob a bandeira de Biden, está agora se intrometendo na guerra civil europeia para transformá-la na guerra civil atlântica, uma guerra entre irmãos de armas, na contínua corrida pela dominação; e essa guerra também é fratricida, pois, unindo Schmitt e Hegel, quanto mais os inimigos forem irmãos e iguais, mais são inimigos.

 

De modo que o problema não é, como defende Putin, desnazificar a Ucrânia, mas sim privar de fundamento todos os nazismos, evidentes e ocultos, desmascarando a percepção do estranho como inimigo, reconhecendo a diferença como valor e não como ameaça, isentando-se assim das más hermenêuticas de Schmitt e Hegel, aquele príncipe dos filósofos que em Jena via Napoleão a cavalo como “o Espírito do mundo” e, nos povos que haviam descoberto a América exterminando os índios, via “os povos do Espírito”.

 

Em vez disso, é preciso “descainizar” o Ocidente e, dentro dele, a Ucrânia, a Rússia e a Europa. De fato, o modelo não seria mais o ciúme fratricida de Caim, mas sim o reconhecimento da fraternidade: talvez devêssemos recordar a palavra profética, então incompreendida, que foi pronunciada por João XXIII, o papa da Pacem in terris, no discurso inaugural do seu pontificado, quando se apresentou ao mundo dizendo: “Sou eu, José, vosso irmão”, evocando a história do filho de Jacó que assim se havia apresentado aos seus “irmãos da desventura humana” que o haviam lançado na cisterna e o haviam vendido ao Egito: o reconhecimento recíproco, em vez de vingança.

 

Esta seria, desse modo, a última guerra civil, a última reexumação da guerra, inicialmente reconhecida em Pólemos como pai e, no fim, repudiada como esposa. Para o Ocidente, tratar-se-ia não mais de escalar uma montanha de cadáveres, para olhar ao longe sem ver, mas sim de reconhecer que está com o Oriente nos montes próximos, para construir juntos uma Terra de todos, uma humanidade fraterna dotada de existência política, governada pelo direito e garantida por estatutos de justiça e de paz.

 

Leia mais

 

  • A “Questão do Critério”, a guerra, e a confusão da esquerda. Artigo de José Luís Fiori
  • Guerra na Ucrânia, é central se questionar sobre qual é o objetivo geopolítico final. Artigo de Marco Politi
  • Guerra ucraniana, sonho ou pesadelo
  • A guerra vista pelos camponeses. Artigo de Enzo Bianchi
  • Guerra ucraniana, porque deve vencer a paz
  • Guerra, choque e indignação. O dilema da linha vermelha. Artigo de Jürgen Habermas
  • Putin e Lavrov, era uma vez a Rússia. Artigo de Alberto Negri
  • Putin é o único culpado? Fatos para pensar
  • Patriarca Kirill, o coroinha do Putin
  • “Por favor, envie uma embaixada de paz a Biden e a Putin”: carta aberta ao Papa Francisco
  • A idiotice de Biden e a possível saída de Putin. Artigo de Stefano Levi Della Torre

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