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O sutil negacionismo fóssil do Brasil. Artigo de Carlos Bocuhy

Foto: Sven Piper/Unsplash

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11 Novembro 2025

No imaginário do Sul Global, a COP30 surgiu como esperançoso momento para manter clareza de propósito e levar o mundo para fora da crise humanitária do aquecimento global.

O artigo é de Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), publicado por ((o))eco, 10-11-2025.

Eis o artigo.

A COP30 no Brasil, que começa nesta segunda-feira 10, é altamente simbólica. Representa forte desafio em função do conturbado contexto geopolítico.

Esse cenário nos remete fortemente ao simbolismo que representa a COP30, dentro da profusão infinita de vida que pulsa na Amazônia, como antessala do Gênesis.

Há intensa expectativa sobre a cúpula climática na Amazônia, com DNA brasileiro de florestas e biodiversidade. Poderia representar o momento da virada, do empoderamento das nações em desenvolvimento. Como chamamento à vida, um marco na transformação civilizatória rumo à sustentabilidade e à sobrevivência das diferentes formas de vida e dos ecossistemas que lhes dão sustentação.

Há, no entanto, uma forte disputa geopolítica pelo controle da economia global. A influência mercantilista de Donald Trump e sua ânsia por poder sinalizam novos experimentos nucleares para fins bélicos, enquanto o mundo segue com mais de uma centena de conflitos armados, dos quais se destaca a continuidade da guerra na Ucrânia, movida pela mesma pulsão expansionista que lançou o mundo por décadas na Guerra Fria.

O colossal porta-aviões norte-americano USS Gerald R. Ford cruzou o estreito de Gibraltar rumo à costa da Venezuela. A tensão cresce no Caribe. O cenário nos remete aos primórdios do multilateralismo, a um estágio como não se via desde a eclosão da Guerra Fria. Mas a consciência pública não é permeada hoje pela aguda percepção da humanidade sobre a importância da paz que se instalou após a devastação causada pela Segunda Guerra Mundial e acabou por estruturar as Nações Unidas.

Após a Primeira Guerra Mundial e diante de indícios sobre a possível eclosão de uma segunda, em 1932, Albert Einstein, dentro de uma iniciativa da Comissão Permanente de Letras e Artes da Liga das Nações, perguntou a Sigmund Freud sobre o “porquê da guerra”. Na resposta de Freud merece destaque a esperança na pulsão da vida, que leva a formar laços emocionais com pessoas e desenvolver empatia. Essa fórmula mágica de Eros, o deus do amor da mitologia grega, é também o princípio consagrado da paz intergeracional, que a própria Constituição do Brasil, em seu capítulo de Meio Ambiente, garante para as atuais e futuras gerações.

A dura lição da Segunda Guerra e das que se sucederam, como a do Vietnã, legaram forças para o crescente avanço rumo ao multilateralismo global, que com o aumento da percepção ecológica e as constatações da ciência contribuíram para a sagração do Acordo de Paris.

Esses aspectos positivos vêm se esgarçando desde a COP21 em uma maré de backlash, de retrocessos nas conquistas sociais, alimentadas pelos interesses fósseis do business as usual, negócios como sempre foram.

O backlash surge como estertor do que será inexoravelmente transformado e banido para que a humanidade possa sobreviver. Corporações de petróleo e petroestados empenham uma verdadeira força-tarefa negacionista para atuar nos bastidores do poder. Passaram a minar o Acordo de Paris. Não foi por mero acaso que petroestados sediaram as três últimas COPs e Donald Trump se retirou do Acordo de Paris.

No imaginário do Sul Global, a COP30 surgiu como esperançoso momento para manter clareza de propósito e levar o mundo para fora da crise humanitária do aquecimento global. Essa tarefa se revestiu de expectativas de uma “COP da Implementação”, da necessidade de conquistar medidas reais rumo à transição energética.

No Manifesto do Trópico de Capricórnio, entregue à Secretaria Geral das Nações Unidas na última semana, entidades e personalidades da área ambiental brasileira afirmam: “Nenhuma parte da humanidade, especialmente nações ricas e poderosas, podem negar nosso futuro e o de nossas crianças. Os países com economia fóssil não podem ignorar a realidade, obstaculizar acordos e tutelar medidas insuficientes, enquanto o mundo aquece de forma intensa e irreversível. E reage, cada vez mais, com força destruidora sobre toda a humanidade e os ecossistemas plenos de vida”.

Não há como negar que as COPs 29 do Azerbaijão e a COP30 do Brasil figuram entre as conferências climáticas mais esvaziadas. Na foto de Belém faltaram importantes atores como Xi Jinping, Narendra Modi, Putin e tantos outros. Mas a importância estratégica da COP30 é inegável, seja para apresentação das novas metas climáticas (NDCs) das nações integrantes do Acordo de Paris, seja em função da necessidade de avanços nas negociações para destinação de recursos para países mais vulneráveis financiarem transição energética e adaptação climática. Seja, até mesmo, para resgatar o possível do multilateralismo colaborativo.

No cenário atual, diante da impossibilidade que torna as chances do possível apenas parte da manutenção de um processo que deve ser obrigatoriamente fortalecido, o secretário geral da ONU, Antonio Guterres, abriu a COP30 afirmando: “Não há mais tempo para negociações, mas sim para implementação, implementação, implementação!”.

Aos milhares de ativistas que se instalaram na Zona Azul da COP30 e nas ruas de Belém, vale reprisar a frase de Sartre dirigidas aos jovens amotinados na Sorbornne em 1968, que exemplificavam o salto humanitário que também gerou a Conferência de Estocolmo em 1972, pedra angular da era ambiental global: “Vocês têm o direito de pedir o impossível”.

Ao mesmo tempo que ocorria na semana passada a Cúpula de Líderes da COP30 em Belém, um evento climático extremo destruía a cidade Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, demonstrando que o estertor fóssil dos adeptos de Midas será, cedo ou tarde, implacavelmente abafado pelas forças da Natureza.

Na abertura da Cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cuidadosamente posicionado diante das câmeras, secundado pelos dois personagens que protagonizaram a forte pressão para extração de petróleo na Margem Equatorial na região da foz do rio Amazonas: o presidente do Senado Davi Alcolumbre e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em tom de palanque, Lula se dirigiu aos líderes presentes afirmando que o Brasil iria usar de extração de petróleo para financiar transição energética.

O efeito foi constrangedor. Foi como afirmar que o Brasil venderia tabaco para financiar campanha contra tabagismo. Mas os fatos não se encerraram aí. Ao final da noite, Lula se retirou para um barco movido a combustível fóssil, onde a manutenção do sistema elétrico, mesmo atracado, utiliza geradores a óleo diesel.

Uma coisa é perceber que o presidente pouco se importa com simbolismos, outra é constatar que sua assessoria também não o faz e que isso pode constranger a todos nós, brasileiros.

O mundo observa. Nada é mais revelador do que o que se diz e o que se faz. Recente editorial do New York Times afirmou sobre o aquecimento global: “Como sociedade, não agiremos sobre as mudanças climáticas até que estejamos convencidos de que nossa ação é útil e urgente”.

O reconhecimento do problema é o grande transformador do comportamento. O governo do Brasil não representa estar convencido totalmente desta necessidade ou, como é comum na esfera da velha política do business as usual, o que importa mais são os dividendos políticos do agora.

Estes episódios nos remetem à necessidade de refletir sobre o custo, para a sociedade humana, dos erros que estão se instalando com este negacionismo não tão sutil. Os 10 bilhões de barris que o governo do Brasil pretende extrair da Margem Equatorial seriam vendidos só a partir daqui a oito anos — e depois de investimentos bilionários para que o sistema de produção possa entrar em operação.

A geração de carbono da queima desse petróleo (estimando 420-440kg por barril) equivaleria, em média, aproximadamente 4,3 bilhão de toneladas de CO², ou 4,3 Gt (gigatoneladas).

Esse volume representaria US$ 5,16 trilhões de prejuízo para a sociedade global, segundo avaliação com base nos critérios macroeconômicos da pesquisa recente da Universidade de Stanford (USA), que estima impacto econômico no valor de US$ 1.200 por tonelada de CO².

A venda dos barris de petróleo extraídos no mercado, ao preço de hoje (US$ 60 o barril), representaria menos que 10% do valor necessário para cobrir os impactos gerados, muitos deles impossíveis de monetizar, como sofrimento e morte de seres humanos e impactos à biodiversidade.

Em 2024 o Brasil exportou o equivalente a 260 milhões de toneladas de CO², projetando impacto à sociedade humana estimado em US$ 312 bilhões, o que significa custo bem maior do que o desastre ocorrido com as fortíssimas inundações no Rio Grande do Sul, cuja reparação deverá superar US$ 200 bilhões.

Haverá quem defenda a necessidade de tolerar a ambiguidade do governo Lula, comparando-o ao seu desastroso sucessor, Jair Bolsonaro. Mas o momento não é para comparar, pois isso só atende à justificativa do inaceitável. Trata-se de equacionar um problema cada vez mais urgente.

O Brasil precisa fazer as contas do que está plantando para o seu futuro. Deve manifestar de forma clara sua solidariedade e empatia para com as futuras gerações e a profusão da vida planetária. Seu líder e assessorias devem estar conscientes sobre os impactos que suas decisões políticas poderão causar ao Brasil e à humanidade.

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