Romanelli, após o cessar-fogo: "Gaza está devastada"

Foto: Pixabay | Itoldya

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15 Outubro 2025

  • Precisamos de ajuda e que as causas desta guerra sejam eliminadas. Hoje, pessoas estão morrendo mesmo sem bombas. Morrem por falta de assistência médica, água potável, comida... e de frio.

  • "Esperamos e rezamos para que o que aconteceu hoje (segunda-feira) seja o primeiro passo em direção a um verdadeiro caminho para a paz. Cultivamos a esperança de que a guerra não continue."

A informação é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 14-10-2025.

"Gaza foi devastada mais do que por um terremoto, devastada por um tsunami. Com o medo constante de que outra onda possa vir. Nada, ou quase nada, permanece de pé." Um dia após o cessar-fogo, a libertação de reféns pelo Hamas e prisioneiros do lado israelense, o pároco de Gaza, Gabriel Romanelli, conseguiu celebrar sua primeira missa em 738 dias sem o som de bombas ao fundo.

A assinatura do acordo de paz no Egito representa, para o padre argentino, "o primeiro passo para um verdadeiro caminho de paz". " Esperamos e rezamos para que o que aconteceu hoje (segunda-feira) seja o primeiro passo para um verdadeiro caminho de paz. Cultivamos a esperança de que a guerra não continue. Sabemos que não será fácil, mas também estamos cientes de que aqueles que não querem a guerra são muito mais numerosos do que aqueles que gostariam de continuá-la. Rezamos pela paz e pela justiça. Nosso desejo é que todas as pessoas afetadas por este conflito possam voltar a viver e reconstruir suas vidas aqui em Gaza, onde, vale lembrar, tudo falta", relata, como explica Sir.

"A situação aqui é realmente terrível", diz o pároco, que, mesmo assim, continua ajudando os quase 500 refugiados que continuam vivendo na paróquia da Sagrada Família. Gaza carece de tudo: comida, água, remédios, mas também de eletricidade, água e combustível. A abertura de corredores humanitários permitiu que alimentos chegassem à igreja, os quais a comunidade está tentando distribuir, nesta comunhão ecumênica de solidariedade, em conjunto com a paróquia ortodoxa grega de São Porfírio.

"Devemos perdoar a todos ", enfatiza o padre Romanelli, acompanhando alguns dos vizinhos que "deixaram a paróquia para ver o que resta de suas casas". Entre eles, está uma família cristã que, após descobrir que sua casa havia sido destruída por bombardeios israelenses, foi morar com parentes no quarto andar de um prédio semidestruído.

"Eles ergueram um painel de madeira para isolar um muro que desabou e criar um espaço para eles ficarem. Uma decisão ditada pelo frio que se aproxima e pelas chuvas. Estamos à beira do inverno, e em breve aqui em Gaza será um desastre. A população não tem nada, e é urgente que a ajuda prometida chegue — não apenas comida, mas também abrigos. Caso contrário, será uma catástrofe", diz o padre argentino, que mais uma vez apela à mobilização da comunidade internacional.

"Precisamos de ajuda e que as causas desta guerra sejam eliminadas. Hoje, pessoas estão morrendo mesmo sem bombas. Pessoas estão morrendo por falta de assistência médica, água limpa e comida", conclui o Padre Romanelli.

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