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23 Fevereiro 2023

"O relatório do IPCC de fevereiro de 2022 advertiu: como muito pouco se fez, o aquecimento global subirá a 1,5-2 graus Celsius por volta de 2027; outros cientistas, tomando em conta a entrada do metano pelo degelo das calotas polares e do parmafrost que é 28 vezes mais danoso que o CO2, aventam que o referido aumento do clima nos chegará já em 2025. A ser verdade, temos pouco tempo para nos preparar e para inventar estratégias de adaptação. Qual é o custo em termos de vidas humanas e de investimentos financeiros?", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor.

Eis o artigo.

Não estamos indo ao encontro do aquecimento global e da mudança de regime climático. Já estamos dentro. Rompemos a suportabilidade da Terra (“planetary bounderies”) que poderá levar o sistema-vida ao colapso. Passamos o ponto crítico e estamos num caminho sem retorno. O planeta Terra superexplorado pela voracidade industrialista que beneficia uma pequena porção da humanidade, excluindo da mesa da comensalidade as grandes maiorias, nos conduziu a esta situação ameaçadora.

Grandes climatólogos e outros cientistas, recolhidos nos livros severos de Elizabeth Kolbert, Sob um céu branco: a natureza do futuro (Intrínseca, 2021) e A sexta extinção não natural (Intrínseca, 2016), se tornaram céticos do clima e resignados: mesmo com a ciência e a tecnologia, chegamos atrasados. Não há como evitar a escalada do novo regime climático. Apenas podemos minorar os efeitos danosos, prevenir-nos e adaptarmo-nos a ele. As consequências gerais para a humanidade, de modo especial, para os desvalidos, serão infernais.

O que se havia concertado em 2015 na COP de Paris de envidar esforços para impedir que o aquecimento até 2030 não alcançasse 1,5ºC foi totalmente frustrado. A grande maioria, dominada pelo lobbies das grandes empresas de mineração, de petróleo e de energia, não fez o dever de casa. Na COP do Egito em 2023, os três países que mais poluem nem sequer aparecem à convenção: os EUA, a Índia e a China. Face à crise energética mundial, voltaram as tecnologias altamente poluentes do passado como o carvão.

O relatório do IPCC de fevereiro de 2022 advertiu: como muito pouco se fez, o aquecimento global subirá a 1,5-2 graus Celsius por volta de 2027; outros cientistas, tomando em conta a entrada do metano pelo degelo das calotas polares e do parmafrost que é 28 vezes mais danoso que o CO2, aventam que o referido aumento do clima nos chegará já em 2025. A ser verdade, temos pouco tempo para nos preparar e para inventar estratégias de adaptação. Qual é o custo em termos de vidas humanas e de investimentos financeiros?

Os eventos extremos recentemente acontecidos sinalizam esta mudança de regime climático. Nesta semana de carnaval de 2023, somente em 24 horas choveu 686 mm em Bertioga e 627 mm em São Sebastião, cidades junto ao mar no norte do estado de São Paulo com consequências altamente desastrosas. Simultaneamente um tufão furioso varreu a Indonésia, matando mais de 800 pessoas.

Lembremos as grandes queimadas em 2022 que tomaram a Califórnia, toda a Europa, inclusive a Sibéria, a Austrália e a Amazônia. Fala-se da nova era do piroceno (do fogo), como efeito do aquecimento global que aqueceu o solo e as pedras. Gravetos e folhas secas se acendem e desencadeiam grandes incêndios. Se isso se confirmar, poderemos conhecer um armagedon ecológico.

Por isso, nosso futuro não é promissor. O climatólogo Carlos Nobre já advertiu na COP26 em Glasgow: ”Nesta década se decidirá o futuro da humanidade”. Lembremos dos gaiatos do tempo de Noé que anunciava o dilúvio e eles continuavam com suas festas e casamentos, até serem tragados pelas águas. Hoje há um geral desconhecimento das ameaças que pesam sobre nosso futuro. A maioria dos chefes de estado não tomam a sério as tais mudanças. Os CEOs das grandes corporações não querem nem saber. E se sabem, se dão conta de que deveriam mudar suas formas de produção. Mas se o fizerem, temem perder negócios e serem engolidos por outros mais fortes. Preferem gaiatamente rumar na direção da eventual vala comum do que mudar de sistema. O Titanic pode estar afundando mas não lhes impede de fazer seus negócios rendosos. E vão perecer como os outros ao som de música clássica.

Não faltam cientistas e sábios a nos advertirem, mostrando a conexão existente entre os desastres em São Paulo e no ano passado as enchentes em Minas Gerais, na Bahia e em Pernambuco e a mudança de regime climático. Quem o fez claramente pela televisão é um de nossos melhores cientistas, Antonio Nobre.

Dizemos, com razão, que a Terra é nossa mãe, pois nos dá tudo o que precisamos. Mas como todas as mães, pode nos dar severas lições para aprendermos a tratá-la como mãe, coisa que não o fizemos por séculos. O coronavírus foi um desses sinais, até agora mal compreendido, o que nosso melhor cientista sempre nos alerta Miguel Nicolelis: o vírus está aí e pode conhecer variantes perigosas. Temos que estar vigilantes. Mas continuamos como se nada tivesse acontecido, como se nota no atual carnaval, na suposição de que já temos voltado à antiga normalidade. É essa a nossa maior ilusão, pois o novo regime climático será inexorável. Virá com novos vírus, bactérias e enfermidades. Cobrará muitas vidas e nos forçará mudar nossos modos de vida e de consumo.

Os novos governantes das nações (inclusive os nossos) devem em seus projetos considerar este fator novo: a Terra não é mais a mesma. Não podemos fazer as mesmas coisas como antes. Caso contrário conheceremos desastres após desastres e frustrações de nossos empreendimentos.

A Terra-mãe apresenta-se-nos como algo enigmático. Nos últimos 570 milhões de anos ocorreram 15 grandes extinções em massa. Duas delas eliminaram 50% das espécies da Terra e reorganizaram totalmente os ecossistemas. Muitos cientistas (cf. Peter Ward, O fim da evolução: extinções em massa e preservação da biodiversidade, Campus, 1977) asseguram que isso ocorreu por uma lenta a inexorável mudança climática (p. XVII). Não estaríamos atualmente numa situação semelhante, desta vez pela incúria de poderosos grupos humanos? Em sua fome de enriquecimento, exauriram os bens e serviços naturais e assim se tornaram o Satã da Terra.

Geralmente eram imensos asteroides que produziam tais desastres. “Este asteroide”, comenta Ward, “se chama o homo sapiens. Todas as espécies evoluem até morrerem. A extinção é o fim da evolução” (p. XIX). Será que não chegou a nossa vez? Comportamo-nos de forma tão depredadora para com nossa Mãe Terra que, possivelmente, ela não nos queira mais aqui. Assim as demais espécies não seriam mais ameaçadas e seguiriam seu curso evolutivo. Não é impossível que, após milhares de anos, surja um ser mais evoluído que possa suportar o espírito e construa um modo de vida, mais amigável para com todos os seres e para com a Terra.

A continuar como está, a nossa situação pode nos levar ao encontro do pior. A Terra continuará a girar ao redor do sol, com todo o seu esplendor, mas sem nós.

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