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A queda de Bolsonaro. Artigo de Forrest Hylton

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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19 Setembro 2025

A condenação do ex-presidente brasileiro a 27 anos de prisão transformou o cenário político brasileiro. A um ano das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou diante da pressão de Donald Trump para favorecer seu "amigo" Bolsonaro e, por enquanto, se beneficia das fraquezas de potenciais candidatos de direita.

O artigo é de Forrest Hylton, publicado por London Review of Books, e reproduzido por Nueva Sociedad, setembro de 2025.

Forrest Hylton é etnohistoriador especializado em América Latina e Caribe. É professor visitante de História na pós-graduação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). É autor de " A Noite Horrível: O Conflito Armado Colombiano em Perspectiva Histórica" ​​(UNC, Medellín, 2017).

Eis o artigo.

Pela primeira vez, o Brasil está sendo elogiado internacionalmente, inclusive nos Estados Unidos, pela força de suas instituições democráticas. A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de um grupo de seus generais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) colocou os holofotes sobre a mais alta corte brasileira. Em 11 de setembro, a Suprema Corte considerou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados nas Forças Armadas culpados de conspirar para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e derrubar seu governo democraticamente eleito enquanto ele se preparava para sua posse.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão. Dois ex-ministros da Defesa, os generais Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foram condenados a 26 e 19 anos, respectivamente. O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, foi condenado a 21 anos; o ex-chefe de inteligência Alexandre Ramagem e o ex-chefe da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, foram condenados a 24 anos; e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi condenado a 16 anos. O secretário e intermediário de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, recebeu dois anos de prisão domiciliar.

O veredito foi histórico: diferentemente da Argentina e do Uruguai, no Brasil não houve até agora nenhum acerto de contas com a ditadura; não houve Comissão da Verdade até 2014.

Para a geração que viveu o golpe de 1964 — cuja história Bolsonaro e seu governo militar tentaram reescrever — e depois viu os militares impunes durante a transição para a democracia constitucional em 1986, com a impunidade incorporada à Constituição de 1988, havia chegado a hora de comemorar. As gerações mais jovens se juntaram. Rolhas de champanhe estouraram no meu prédio em Salvador, Bahia. A dupla de zeladores sorriu na manhã de sexta-feira enquanto lavava a escadaria da frente do prédio com mangueira, comemorando que Bolsonaro e os militares brasileiros — e Donald Trump também — tivessem recebido o que mereceram do Supremo Tribunal Federal.

Na sexta-feira à noite, muitas pessoas saíram para comemorar nas ruas, bares e praças, cantando e dançando, e uma euforia incomum era evidente. No sábado à noite, já no início do show, o Ifá, uma banda local influenciada pelo cantor nigeriano Fela Kuti, reservou um momento para elogiar as condenações e exigir que os conspiradores fossem para a cadeia em vez de desfrutar de prisão domiciliar (ao contrário do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe ou da ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner, Bolsonaro representa um risco de fuga). A multidão foi à loucura. No domingo, no farol da Barra, parecia Carnaval, com multidões de pessoas indo assistir a diferentes apresentações sob o forte sol da tarde, e até tarde da noite, muitos ainda estavam nas ruas.

Os pescadores do Porto da Barra concordaram que o veredito foi histórico e comemoraram o fim de semana inteiro. Eles vêm denunciando os ataques de Trump há semanas. Alguns baianos, carregando guarda-sóis e cadeiras a caminho da praia, me disseram que o maior grupo criminoso organizado do Brasil finalmente havia caído; eles também falaram da necessidade de colocar Trump em seu devido lugar.

Embora seja deputado federal, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos há meses, fazendo lobby em nome de seu pai. Ele obteve algum sucesso, como evidenciado pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos às importações brasileiras e pelos ataques — e sanções — contra o ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes, a quem Trump acusa de perseguir seu "amigo" Jair Bolsonaro. O secretário de Estado, Marco Rubio, chamou o julgamento de "caça às bruxas" e disse que os Estados Unidos "responderiam de acordo". Ele afirmou que novas medidas seriam tomadas em breve, possivelmente aumentando as tarifas novamente.

Eduardo Bolsonaro tem medo de voltar para casa e perguntou ao pai se ele também iria para a cadeia. Seu irmão, Carlos Bolsonaro, está sob investigação do Ministério Público. Mais de 40.000 apoiadores de Bolsonaro lotaram a Avenida Paulista, em São Paulo, com uma bandeira americana gigante na semana anterior à sentença, mas esses protestos não conseguiram mudar o destino judicial do ex-presidente.

Até Trump começar a atacar o Brasil e seu judiciário, Lula da Silva estava em queda nas pesquisas. Apesar do desemprego historicamente baixo e do progresso significativo no combate à desigualdade, essa tendência de queda também era evidente entre sua própria base, composta principalmente por pessoas que ganham até dois salários mínimos, especialmente no Norte do país — tendo o Nordeste como seu reduto emblemático. Agora, graças a Trump, o presidente brasileiro tem uma clara vantagem rumo às eleições de 2026.

O juiz Alexandre de Moraes, figura controversa, tornou-se um astro. No entanto, a juíza Cármen Lúcia roubou a cena com sua justificativa da decisão, consubstanciada em um memorando de 400 páginas, condensado em uma apresentação de duas horas, exibindo raciocínio jurídico impecável. (Em contraste com o juiz Luiz Fux, que levou doze horas para argumentar, espuriamente, que o Tribunal não tinha competência para julgar o caso.) "Este caso criminal", disse a juíza Lúcia, "é um encontro entre o Brasil e seu passado, seu presente e seu futuro". Mas devemos lembrar que, em abril de 2018, tanto Lúcia quanto Moraes votaram contra o pedido de habeas corpus preventivo de Lula da Silva, e ele foi preso dois dias depois. Ao fazer isso, eles abriram caminho para a ascensão de Bolsonaro ao poder.

Diante dos ataques de Trump, que dificilmente cessarão, a estratégia de Lula de confrontá-lo é amplamente percebida como uma defesa do próprio Brasil. A soberania nacional, ou a falta dela, está claramente em jogo. Sem Bolsonaro na disputa, a extrema direita não tem candidatos confiáveis: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, manchada por um escândalo de contrabando (um assessor foi flagrado pela alfândega retornando da Arábia Saudita com joias não declaradas no valor de mais de US$ 3 milhões), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, têm apelo interno limitado.

Freitas está em Brasília tentando angariar apoio para uma lei de anistia, na esperança de se posicionar como o líder que pode consertar o irreparável até 2026. Sua aposta é que o Centrão — o bloco ultrapragmático de partidos não alinhados no Congresso que existe para dividir o bolo, como aves de rapina — estabelecerá um quid pro quo pelo qual os projetos de desenvolvimento de Lula ficarão reféns até que a anistia seja concedida a Bolsonaro e aos generais. Embora seja difícil fazer previsões precisas hoje, o consenso entre políticos, jornalistas e acadêmicos em Brasília é que a aposta de Freitas não tem grandes chances de sucesso.

Embora o Brasil seja legalmente um regime presidencialista, o Congresso tem poderes extraordinários para bloquear iniciativas do Executivo por meio do controle dos gastos públicos. Mas o Centrão ganha mais negociando sem Bolsonaro do que tentando reanimá-lo politicamente. Até o momento, não parece que resistir aos pedidos de anistia terá consequências negativas para os políticos do Centrão nas urnas. Embora um projeto de lei de anistia esteja avançando na Câmara dos Deputados, suas chances no Senado parecem menores.

É improvável que Trump alivie a pressão por enquanto, mas suas medidas não atingiram o alvo. Enquanto as tarifas permanecerem em vigor, o Brasil venderá mais petróleo, soja, carne bovina, ouro, esmeraldas, cacau, madeiras nobres, café e suco de laranja para Japão, Coreia do Sul, China, Rússia, Índia e União Europeia. Mesmo que as tarifas sejam revogadas no futuro, o Brasil poderá nunca mais depender dos mercados americanos na mesma medida. E se o apoio interno a Lula permanecer nos níveis atuais (o que é obviamente incerto), ele poderá até vencer a eleição presidencial do ano que vem no primeiro turno — um potencial efeito bumerangue das estratégias combinadas do bolsonarismo e seus aliados nos Estados Unidos.

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  • Anistia – o guizo no tempo. Artigo de Luiz Marques
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  • Soberania, o agro e o golpismo antipatriótico. Artigo de Gabriel Vilardi
  • Anistia: Como lema da esquerda foi pego por bolsonaristas e virou mote no 7 de setembro
  • Por que qualquer anistia para golpistas é inconstitucional. Artigo de Lenio Luiz Streck
  • ‘A grande questão é se aprendemos algo com a 14ª tentativa de golpe’, avalia jurista Lênio Streck
  • O caso Bolsonaro não é lawfare. Artigo de Rafael Valim
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  • Como foi o primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro
  • Bolsonaro está no banco dos réus por tentativa de golpe em um julgamento essencial para a democracia global. Artigo de Bernardo Gutiérrez
  • Diário do julgamento – Ato 1: ex-presidente e generais viram réus
  • “Bolsonaro ainda é insubstituível”: antropóloga analisa os rumos da extrema direita
  • Bolsonaro, os generais e o teatro dos inocentes
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  • The Economist: julgamento de Bolsonaro é "lição democrática"
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