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A reunião do G7 e a cúpula da OTAN: da comédia à humilhação. Artigo de José Luís Fiori

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22 Julho 2025

"Foi nesse mesmo período de 'declínio ocidental' que se formou o grupo do BRICS, que cresceu rapidamente e hoje já possui um PIB maior que o do G7, incluindo quatro das dez maiores economias do mundo (em termos de paridade do seu poder de compra), com 43% do PIB global, 50% das reservas mundiais de petróleo e 60% das reservas globais de gás natural, além de incluir a Rússia na condição de maior potência nuclear do planeta", escreve José Luís Fiori, em artigo publicado no Boletim n°12 do Observatório Internacional do Século XXI.  

Eis o artigo. 

O Grupo dos Sete (G7) foi criado em 1975, por iniciativa do presidente francês Valéry Giscard d’Estaing. Reuniu-se pela primeira vez na cidade de Rambouillet, perto de Paris, inicialmente como um G6, só incorporando seu sétimo membro, o Canadá, em 1976. Em 1998, virou G8 com a incorporação da Rússia, que depois foi excluída do grupo, em 2015.

Nos seus primeiros tempos, o G7 se propôs a ser uma reunião informal dos dirigentes dos sete países que eram na época os “mais ricos e industrializados” do mundo. Seu objetivo era discutir informalmente as grandes questões mundiais e, naquele momento em particular, a crise econômica mundial provocada pelo fim do padrão dólar e a primeira grande recessão do pós-II GM. Depois essa reunião se repetiu anualmente, e o G7 foi se transformando – com o avanço do processo de globalização – numa espécie de “comitê central” das grandes potências ocidentais – e mais o Japão – que dominaram a “ordem mundial” durante a segunda metade do século XX.

Quase simultaneamente com a criação do G7, criou-se também o Sistema Swift, que entrou em operação em 1977, com sede em Bruxelas, reunindo os grandes bancos e banqueiros destas mesmas potências, visando facilitar as grandes transações financeiras internacionais. Por cima das fronteiras nacionais, e por trás dos grandes negócios mercantis, este sistema acabou se transformando num “comando econômico central” dessas potências, que tutelaram o processo da globalização financeira depois do fim da Guerra Fria e recolocaram a OTAN na condição de “braço armado” do G7.

Por fim, a partir da década de 90, a reunião anual do Fórum Econômico Mundial de Davos foi escolhida como “parlamento” ou “parlatório” das elites políticas e empresariais de todo o mundo associadas ao projeto da globalização liberal. Deve-se ter claro que em todos estes espaços, foros e instâncias institucionais, os EUA foi sempre a potência dominante, de todos os pontos de vista.

Na segunda década do século XXI, entretanto, depois da grande crise econômica de 2008, da frustração com o insucesso das “guerras sem fim” dos EUA e da OTAN no Oriente Médio, do crescimento exponencial da China e da Índia, e do retorno da Rússia à condição de grande potência militar e energética, todas estas instâncias de gestão do projeto da globalização liberal foram perdendo representatividade e credibilidade. Os países-membros do G7 deixaram de ser os mais ricos e mais industrializados do mundo, e já não há mais razão para que alguns de seus membros sigam fazendo parte deste “comando político” do sistema mundial.

Foi nesse mesmo período de “declínio ocidental” que se formou o grupo do BRICS, que cresceu rapidamente e hoje já possui um PIB maior que o do G7, incluindo quatro das dez maiores economias do mundo (em termos de paridade do seu poder de compra), com 43% do PIB global, 50% das reservas mundiais de petróleo e 60% das reservas globais de gás natural, além de incluir a Rússia na condição de maior potência nuclear do planeta.

No seu primeiro mandato, o presidente Donald Trump deu claros sinais de que já havia compreendido e assimilado essa nova realidade; logo em seguida, o governo democrata de Joe Biden tentou reanimar o projeto de globalização liberal e suas várias instâncias de poder, sobretudo depois do sucesso de sua operação conjunta de derrubada do governo ucraniano, em 2014, por conta de sua resistência ao projeto da União Europeia e da OTAN, de “anexação” da Ucrânia. Esse “ressurgimento”, entretanto, durou pouco e já na reunião do G7 de Tóquio, em 2024, multiplicaram-se os sinais de fragilidade do grupo, ameaçado por uma possível vitória eleitoral de Donald Trump e pelo avanço manifesto da senilidade de Joe Biden.

Nada do que se viu em Tóquio, entretanto, chega aos pés do que aconteceu na reunião anual de 2025, realizada na cidade de Kanaskis, no Canadá, nos dias 16 e 17 de junho, poucos dias após o ataque militar de Israel contra o Irã. Um verdadeiro “bate-cabeças” de todos contra todos, como se estivéssemos assistindo a uma verdadeira “ópera cômica”, a começar com a chegada de seu principal personagem, o presidente americano - com seu indefectível boné de “garotão americano” - e que logo depois de desembarcar na cidade fez duas declarações que caíram como uma bomba no meio dos seus aliados “russofóbicos” do G7 e dos líderes da Comissão Europeia que estavam presentes.

Primeiro, Donald Trump defendeu a reincorporação da Rússia ao grupo, e em seguida expôs sua tese de que a Guerra da Ucrânia não teria ocorrido se Joe Biden não tivesse excluído os russos do G7, uma verdadeira heresia do ponto de vista de seus aliados da EU e da OTAN. Ato seguido, Trump retirou-se da reunião antes do jantar de abertura e confraternização, negando-se a discutir uma tomada de posição conjunta do grupo frente ao conflito do Oriente Médio. Por fim, já a caminho de casa, ridicularizou de forma pessoal e explícita o presidente francês Emmanuel Macron, que já não anda bem das pernas há um bom tempo.

Aliás, desde antes da reunião já era possível antecipar o fracasso do encontro, se tivermos em conta que o líder do grupo, Donald Trump, desde o início de seu governo vem propondo a anexação, aos EUA, do Canadá, que é um dos Estados-membros do próprio grupo, além da Groenlândia, que pertence à União Europeia, que estava presente na reunião. Além disso, o governo Trump declarou e está em plena “guerra comercial” contra todos os seus “aliados” do G7. Por fim, o presidente americano desconheceu solenemente o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, que já foi “garoto propaganda” de Joe Biden e da EU, e hoje está transformado numa espécie de “mala sem alça” com o qual a Sra. Ursula Von der Leyen passeia por todas as reuniões, festas ou jantares promovidos pela União Europeia.

Depois disto, ficou irrelevante a declaração final de apoio ao “ataque preventivo” de Israel, elaborada pela Grã-Bretanha, França e Alemanha, que foi divulgada junto com o escandaloso “sincericídio” do primeiro-ministro alemão Friedrich Merz, que declarou que era bom que Israel “fizesse o trabalho sujo” de destruir o Irã em lugar dos europeus. Quatro dias depois, os EUA fizeram o “trabalho sujo” e bombardearam o Irã sem levar em conta o “arrufo” dos europeus soterrados pela onipotência e pelo deboche norte-americano.

Assim mesmo, uma semana depois deste bombardeio, Grã-Bretanha, França e Alemanha ainda tentaram desfazer a péssima imagem deixada pela reunião do G7 do Canadá, transformando a cúpula da OTAN, realizada na cidade de Haia, nos dias 27 e 28 de junho, num novo espetáculo circense, só que agora de absoluta subserviência e humilhação. Desta vez, sob o comando do secretário-geral da OTAN, o holandês Mark Rutte e seus liderados europeus fizeram verdadeiros malabarismos cenográficos e retóricos para não irritar o presidente americano e passar uma imagem fictícia de unidade e coesão interna. Aplaudiram de pé o ataque dos EUA contra o Irã e aprovaram a exigência americana de dedicar 5% dos seus orçamentos aos gastos militares, que na prática serão destinados à compra de armas norte-americanas. E literalmente esconderam o “mala sem alça” do grupo, o presidente Vladimir Zelensky, para que ele não fosse destratado uma vez mais pelo presidente americano.

Mas os parceiros asiáticos da OTAN se negaram à comparecer à esta “pajelança”, e antes mesmo de desembarcar em Haia, Donald Trump já declarou – para pânico dos europeus em geral, e sobretudo de seus pequenos Estados bálticos – que a garantia de defesa mútua consagrada pelo Artigo 5º. do Tratado do Atlântico Norte, assinado em 1948, dependia da interpretação que se fizesse de cada caso. Afirmação que ele mesmo desdiria algumas horas depois que todos se submeteram à sua vontade. Apesar de que todos os governantes europeus saibam hoje que a palavra de Trump varia a cada dia, assim como sabem que sua promessa comum de aumentar os gastos militares só será válida em 2035, quando provavelmente quase nenhum daqueles que assinaram o acordo estarão ainda à frente dos seus governos.

Por fim, e antes mesmo de chegar à Holanda, Donald Trump tornou pública uma carta pessoal do secretário-geral da OTAN, absolutamente humilhante, pelo seu grau de subserviência e bajulação. Nessa carta, Mark Rutte dirige-se ao presidente americano dizendo, textualmente, “parabéns e obrigado por sua ação decisiva, que foi realmente extraordinária, algo que ninguém mais ousou fazer. Isso deixa todos nós mais seguros. Você está voando para outro grande sucesso em Haia esta noite. Donald, você conseguirá algo que NENHUM outro presidente americano em décadas conseguiu fazer. A Europa vai pagar em GRANDE escala, como deveria, e a vitória será sua”. Pano rápido.

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