Confronto sobre o Caminho Sinodal

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21 Novembro 2022

No final do encontro entre os representantes de alguns dicastérios da Cúria vaticana e os bispos alemães, em Roma para a visita ad limina, foi publicado um comunicado conjunto da Santa Sé e da Conferência Episcopal Alemã (DBK).

A reportagem é publicada por Settimana News, 19-11-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o comunicado.

Na manhã de hoje, 18 de novembro, realizou-se no Instituto Augustinianum de Roma um encontro interdicasterial, do qual participaram os chefes de alguns Dicastérios da Cúria Romana e os 62 bispos da Igreja Católica na Alemanha presentes em Roma para a Visita ad Limina Apostolorum.

O encontro havia sido programado há tempo como uma oportunidade para refletir juntos sobre o Caminho Sinodal em curso na Alemanha, convocado para reagir aos casos de abuso sexual contra menores por parte de clérigos.

Quem moderou o encontro foi o Cardeal Secretário de Estado, Sua Eminência Pietro Parolin, que ao introduzir os trabalhos recordou o vínculo de comunhão e amor que une os Bispos entre si e com o Sucessor de Pedro e destacou a importância do encontro como momento de partilha e graça, de unidade nas diferenças, mencionou as preocupações que o Caminho Sinodal suscita, indicando o risco de “reformas da Igreja e não na Igreja”.

Em seu discurso introdutório, Sua Excelência D. Georg Batzing, Bispo de Limburg e Presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, ofereceu uma leitura dos trabalhos do Caminho Sinodal Alemão, e destacou seu espírito, baseado na escuta do Povo de Deus e na dor pelos abusos cometidos por membros do clero. D. Batzing também listou os temas discutidos nas assembleias: Poder e divisão de poderes na Igreja - Participação comum e planejamento missionário; vida sacerdotal hoje; Mulheres nos ministérios e departamentos da Igreja; Viver relacionamentos que dão certo - Viver o amor na sexualidade e no relacionamento de casal. Finalmente, Sua Excelência expressou seu apreço pelos trabalhos do Sínodo convocado pelo Santo Padre para toda a Igreja e pela escolha de estender os prazos.

Depois se seguiram as apresentações teológicas de Suas Eminências os Cardeais Luis Francisco Ladaria, Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, e Marc Ouellet, Prefeito do Dicastério para os Bispos, que falaram com franqueza e clareza sobre as preocupações e as reservas relativas à metodologia, aos conteúdo e às propostas do Caminho Sinodal, propondo, em benefício da unidade da Igreja e da sua missão evangelizadora, que as instâncias surgidas até agora sejam inseridas no Sínodo da Igreja universal.

Numerosos bispos alemães e representantes da Cúria se manifestaram posteriormente em diálogo aberto. Emergiu assim a importância e até a urgência de definir e aprofundar algumas das temáticas destacadas, por exemplo, aquelas referentes às estruturas da Igreja, ao ministério sagrado e ao acesso a ele, à antropologia cristã, etc. Ao mesmo tempo, manifestou-se plena consciência, de parte de todos, de estar a caminho com todo o santo e paciente Povo de Deus, também no confronto entre as posições diferentes. Precisamente neste sentido, muitas intervenções indicaram a centralidade da evangelização e da missão como fim último dos processos em curso, bem como a consciência da indisponibilidade de alguns temas.

Nessa perspectiva de partilha aberta e fraterna, foram apresentadas algumas propostas, como a de aplicar uma moratória ao Caminho Sinodal Alemão, que não encontrou espaço, e a de favorecer uma reflexão adicional e de escuta recíproca à luz das perplexidades que surgiram.

Ao concluir, o Cardeal Secretário de Estado expressou seu apreço pela discussão, não formal, mas necessária e construtiva, que “não pode ser ignorada” nos processos em andamento.

Foi acordada a necessidade de continuar a escuta e o diálogo recíproco nos próximos meses, para que possam contribuir para o enriquecimento do Caminho Sinodal Alemão e do Sínodo universal da Igreja.

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