O cardeal Kasper novamente critica o Caminho Sinodal alemão

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01 Novembro 2022

O cardeal Walter Kasper, presidente emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, revidou um grupo de teólogos que o repreendeu por sua crítica condenatória ao Caminho Sinodal alemão.

A reportagem é de Christa Pongratz-Lippitt, publicada por The Tablet, 28-10-2022. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Em entrevista à International Catholic Review Communio, Kasper disse que o “caminho alemão” falhou.

Em uma carta aberta, a iniciativa de reforma “Pro Concilio – Concílio desde Baixo” de sua antiga diocese de Rottenburg-Stuttgart perguntou a Kasper como era possível que ele “se permitisse” chegar a uma visão tão negativa das propostas de reforma do Caminho Sinodal, “em vista do impressionante rigor teológico com que todas as recomendações do Caminho Sinodal foram preparadas e a grande seriedade das discussões nas muitas reuniões e conferências”.

A iniciativa de reforma alegava que “estruturas de poder monárquico, clericalismo masculino, celibato sacerdotal obrigatório, uma moralidade sexual rígida e inúmeras fixações dogmáticas” não faziam parte da mensagem do Evangelho, mas eram “congeladores” da história da Igreja “bloqueando o acesso das pessoas à mensagem do Evangelho”.

O cardeal respondeu longamente: “Não preciso da permissão de ninguém (para chegar a uma vista). Aproveitei a liberdade cristã que está disponível tanto para vocês quanto para mim. Se vocês se permitem criticar o ensino da Igreja, então vocês não devem supor uma Super Autoridade de Ensino (‘Superlehramt’) do Caminho Sinodal [alemão] que ninguém pode criticar”.

Os processos sinodais viveram em trocas críticas de diferentes opiniões, lembrou. “Se você descartar essa troca crítica construtiva, um caminho sinodal morre antes mesmo de começar”.

Ele conhecia teólogos altamente conceituados que não concordavam com a visão de que os documentos do Caminho Sinodal alemão haviam sido cuidadosamente preparados e elaborados. Além disso, muitas pessoas reclamaram com ele que os participantes das discussões foram tratados de forma injusta, o que lhe deu “muito o que pensar”. Ele teve a impressão de que a carta aberta da iniciativa havia surgido em uma “câmara de eco interna da Igreja”. As pessoas já não esperavam nada de uma Igreja “que gira em torno de si mesma”, destacou.

Kasper disse que saudou as reformas certas no momento certo. “Enquanto algumas das reformas do Caminho Sinodal são sensatas e bem-vindas, outras são no máximo um placebo ou até mesmo um medicamento mortal”, disse ele.

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