A Companhia de Jesus diante da crise migratória na América Central: “Trata-se de uma realidade complexa”

Esta foto foi tirada em 14 de julho de 2008 em De Los Doctores, Ixtepec, Oaxaca, México (Fonte: Wikimedia Commons)

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16 Setembro 2021

 

A Companhia de Jesus do México e América Central emitiram um documento conjunto para abordar o problema migratório que os países da região enfrentam. Há vários meses, muitos moradores desses países se veem forçados a se deslocar pelo território por causa da proliferação de grupos criminosos em suas regiões de residência.

A reportagem é publicada por COPE, 15-09-2021. A tradução é do Cepat.

O comunicado dos jesuítas da região explica que, devido à situação que se vive há várias décadas, “a maioria das paróquias, universidades e missões indígenas a cargo da Companhia de Jesus no México tem um programa de atendimento às migrações ou responsáveis por assuntos migratórios”.

No caso da Nicarágua, Costa Rica e Panamá, os jesuítas apontam que são realidades muito diferentes em cada um deles, embora as duas últimas nações estejam “muito atravessadas pelas ondas migratórias como países fundamentalmente receptores”.

Devido à situação, as duas províncias dos jesuítas consideraram necessária a colaboração conjunta para abordar a realidade migratória, explicando que “a migração humana contemporânea é uma realidade complexa que extrapola as dinâmicas próprias de cada país e envolve a colaboração com outros contextos”.

Análise da situação migratória nas regiões afetadas

O documento dos jesuítas realiza um estudo das circunstâncias que levam os diferentes grupos de pessoas a migrar. Nesse sentido, fazem referência a uma situação insustentável e sem aparente solução: “Uma perda de esperança em poder resolver sua situação pessoal familiar ao ver que seu contexto local, nacional e regional não melhora, nem tem perspectivas”.

Também observam uma “necessidade de proteção internacional diante da sensação de risco vital pela insegurança, violência e carência de recursos econômicos”, bem como a necessidade de se reunir com sua família e “a atração de ir para os Estados Unidos gerada pela lacuna de oportunidades, de salários, que existe”.

Do mesmo modo, explicam algumas das causas estruturais da crise migratória, como a desigualdade de oportunidades, a “desilusão com os processos democráticos existentes e que se associa a um modelo de estado” e a influência “do narcotráfico e o tráfico de armas”.

O comunicado dos jesuítas surge após a Rede CLAMOR, pertencente ao Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), enviar uma carta ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, solicitando o acolhimento dos migrantes e o conhecimento de suas circunstâncias, em vez da repressão cometida pelas autoridades mexicanas contra eles. Nesse sentido, a Rede CLAMOR pediu ao mandatário para que contribua com soluções diferentes.

 

 

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