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Viagem de Francisco ao Chile: decepção e fiasco

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26 Janeiro 2018

"A viagem de três dias de Francisco ao Chile, encerrada nesta sexta (19), configura o pior momento de seu papado -foi um fiasco, é preciso dizer", escreve  Mauro Lopes, editor do blog Caminho pra Casa, em artigo publicado por OutrasPalavras, 19-01-2018.

Eis o artigo.

O Papa passou pelo Chile com uma recepção gélida, ruas vazias, debaixo de seguidas reprovações (os repórteres que o acompanharam ficaram surpresos com a reticência dos chilenos).

Não é à toa. As pessoas comuns no Chile estão indignadas com uma Igreja que foi combativa mas, depois de uma avassaladora intervenção de João Paulo II nos anos 1980, tornou-se apoiadora de uma das ditaduras mais sanguinárias do continente, afastou-se do povo e, por fim, esmerou-se por décadas em encobrir sacerdotes abusadores e pedófilos. Segundo Elisabetta Piqué, vaticanista (jornalistas que cobrem o Vaticano), do argentino La Nación, próxima do Papa e que acompanhou a visita, a Igreja chilena é “elitista, clerical, que está pagando por isso e pelos escândalos de abusos”. Ela sintetizou a reação dos jornalistas ao afirmar que a recepção a Francisco “surpreende muito, porque estamos em um país católico que parece que já não é tão católico”.

O Papa não ajudou a reverter as coisas.

Fez discursos bonitos, carregados de sentido e boas palavras, como sempre –mas as pessoas queriam mais que isso.

O caso mais emblemático é o dos abusos sexuais cometidos por sacerdotes no país, especialmente o caso do do padre Fernando Karadima, que abusou de mais de 75 crianças. Karadima, de 87 anos, ligado à direita empresarial e política, foi afastado pela Igreja apenas em 2011, depois de anos de denúncias e complacência dos clérigos chilenos.

Qual ação de Francisco está no centro das críticas que está sofrendo no Chile? Em 2015, ele nomeou como bispo de Osorno (no sul do país), Juan Barros, que acobertou Karadima anos a fio, opondo-se a todas as investigações do caso.

Houve protestos expressivos no Chile contra a nomeação, especialmente da comunidade de Osorno, mas eles foram ignorados por Roma.

Pois Barros esteve presente na missa campal no Parque O’Higgins, na última terça (16). O fato foi considerado um escândalo e um desrespeito às vítimas de abusos e abriu uma série de questionamentos ao Papa, sob o argumento de que suas palavras de solidariedade aos abusados e suas famílias não correspondem aos fatos e ações do Vaticano.

A comunidade de Osorno conseguiu entregar uma carta ao Papa através do presidente da Câmara dos Deputados, Fidel Espinoza, em que lhe pedem para reverter a nomeação episcopal de Barros -a situação da Igreja chilena é tão lamentável que a comunidade católica de Osorno precisou recorrer a um político para entregar a carta.

Houve mais: as vítimas de Karadima não foram convidadas para o encontro do Papa com pessoas que sofreram abusos de sacerdotes, também na terça.

O ponto culminante foi a inacreditável defesa que Francisco fez do bispo Barros, ao final da viagem afirmando que ele seria vítima de calúnias.

O Papa foi duramente reprovado pelas vítimas de Karadima. José Andrés Murillo, diretor da Fundación para la Confianza, criada para atender as pessoas vitimadas e ele mesmo uma das vítimas do padre Karadima, foi contundente: “Não é a primeira vez que (o Papa) pede perdão, que tem lágrimas de vergonha: aqui, repito, as palavras, se não vão acompanhadas de ações, não valem nada e isso está super claro. Não se trata de que sejam suficientes ou não, as palavras não servem se não são acompanhadas de ações concretas”. E não houve qualquer ação concreta, ao contrário, a única que houve foi a reafirmação, pelo Papa, do poder de um bispo cúmplice. Depois da manifestação do Papa de apoio ao bispo Barros, Murillo divulgou uma carta pesarosa na manhã de hoje (19): “o que o Papa fez é ofensivo e doloroso”.

O tema dos abusos foi tratado como uma “batata quente” durante a visita, e não como uma prioridade para ações concretas. Josefina Canales, presidente da Federação dos Estudantes da Universidade Católica, entregou aos assessores de Francisco uma carta de duas páginas sob o título “A Igreja ausente”, na qual os estudantes criticam a hierarquia chilena pela passividade diante dos abusos, pelo afastamento do povo e, no caso da Universidade Católica, pela expulsão de professores e manutenção de condições de trabalho indignas para os contratados pela instituição. O reitor da UC, Ignacio Sánchez, fez “cara de paisagem” diante da entrega da carta por seus estudantes.

Houve até mesmo repressão policial durante a visita, sem que o Papa ou a Igreja tivessem protestado. A Marcha dos Pobres, com 250 pessoas, convocada por movimentos sociais e que pretendia ir até a missa campal de terça-feira em Santiago, foi dissolvida violentamente pela polícia, que prendeu mais de 20 pessoas. O episódio ecoa tristemente a repressão brutal que sofreu outra manifestação com 250 sem teto durante a visita de João Paulo II ao país, em 1987. Na ocasião, morreu um jovem de 26 anos, Patricio Juica, . A repressão atingiu os fiéis que participavam da missa, ferindo 600 pessoas. A Conferência dos Bispos Chilenos, já controlada pelos conservadores, emitiu uma nota culpando os manifestantes e afirmando que os policiais eram vítimas.

O fracasso de Francisco no Chile estendeu-se até à sua relação normalmente intensa e positiva com os povos originários. Os mapuche ficaram profundamente insatisfeitos com a postura do Papa. “Antes de falar de paz, devolva as terras usurpadas” –estes foram os termos de um documento das comunidades mapuche sobre o encontro com Francisco. Houve indignação com a defesa que Francisco fez por “paz” e “perdão” sem que se tenha manifestado concretamente pela devolução das terras que foram brutalmente arrancadas aos mapuche, vítimas também de um verdadeiro genocídio pelo Estado chileno.

Francisco partiu na manhã desta sexta para o Peru, com uma agenda voltada aos povos da Amazônia e ao Sínodo sobre a região convocado para 2019. Haverá novamente uma questão delicada: os indígenas serão sujeitos ou apenas pauta do encontro do próximo ano em Roma?

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