“Eles gravaram um vídeo. Fizeram uma espécie de sermão em torno do altar em árabe. Foi horrível”, conta a irmã Danielle

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Por: André | 27 Julho 2016

A ameaça jihadista voltou a semear o pânico na Normandia (França). Um padre foi degolado em um ataque perpetrado por dois homens armados em uma igreja na localidade francesa de Saint-Etienne-du-Rouvray, na região da Alta Normandia, perto de Rouen. Fato que rapidamente foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 26-07-2016. A tradução é de André Langer.

Conforme passam as horas, começam a ser conhecidos os detalhes fornecidos pelas testemunhas e informações sobre os presos.

Uma religiosa que estava presente esta manhã na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na hora da missa matinal, e que conseguiu escapar para comunicar o que estava acontecendo, declarou ao jornal francês Le Figaro: “Eles entraram de repente. Tomaram o lugar. Falavam em árabe. Eu vi uma faca. Saí no momento em que eles começaram a agredir o padre Jacques. Nem mesmo eu sei se notaram o meu afastamento”.

Os atacantes teriam forçado o padre a ficar de joelhos antes de matá-lo e filmaram o assassinato, de acordo com a irmã que conseguiu fugir, em declarações à Reuters, e que foi identificada como irmã Danielle.

A irmã Danielle explicou, em um testemunho à Rádio RMC, que os assassinos ordenaram que as cinco pessoas presentes ficassem juntas e que não pararam, apesar de todos implorarem que não seguissem em frente.

Os homens forçaram o padre Jacques Hamel, de 84 anos, a ajoelhar-se e quando este tentou se defender, “aí começou o drama”, relatou a irmã. “Eles gravaram um vídeo. Fizeram uma espécie de sermão em torno do altar em árabe. Foi horrível”, disse Danielle, que acrescentou que ela conseguiu fugir no momento em que os homens atacaram o padre, depois do que pôde dar o alerta a uma pessoa que passava de carro, publicou a agência Efe. “Eu não sei o que nos disseram”, mas gritaram: “vocês, cristãos, nos oprimem”.

Também começaram a ser divulgadas informações sobre os suspeitos do sequestro e do ataque desta manhã. Um dos terroristas estava fichado e estava com uma pulseira eletrônica. A identidade do homem ainda não foi confirmada, assim como a do seu companheiro. Segundo informou uma fonte judicial à Rádio France Info, o homem, cuja identidade ainda não foi confirmada, tinha permissão para sair da casa de seus pais, onde morava, entre 8h30 e 12h30.

O terrorista que morreu abatido pela polícia estava em prisão preventiva em 2015, quando sua tentativa de juntar-se ao Estado Islâmico na Síria fracassou na Turquia. No entanto, em março deste ano, ganhou a liberdade, controlado a partir de então por uma pulseira eletrônica, acrescentou a fonte.

A polícia judicial francesa deteve um homem durante uma blitz que aconteceu após o sequestro. De acordo com a informação do L’Express, que cita uma fonte próxima à investigação, o jovem posto sob custódia esta tarde seria um rapaz de 16 anos, cujas iniciais seriam HB. Seu irmão maior teria ido à Síria com 16 anos na primavera de 2015, segundo o semanário.

O adolescente é suspeito de ter vínculos com um dos assassinos, A. K., de 18 anos, que supostamente tentou várias vezes chegar à Síria.

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