03 Dezembro 2014
Igrejas membros e organizações parceiras do Conselho Mundial de Igrejas – CMI estão prontas para promover a causa da justiça climática a partir de uma perspectiva religiosa, no momento em que se inicia, no dia 1º de dezembro em Lima, Peru, a Conferência das Partes – COP da Convenção Quadro da ONU sobre as Mudanças Climáticas.
A reportagem foi publicada por World Council of Churches, 01-12-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
A COP 20 é mais um passo no longo caminho para se construir um instrumento vinculativo ambiciosos que vai substituir o Protocolo de Kyoto (assinado em 1997). Este novo instrumento visa mitigar as emissões de gases de efeito estufa e adaptar-se ao cenário terrível de mudança climática que já ocorre e que está prejudicando milhões de seres humanos ao redor do mundo.
Junto da COP 20, organizações da sociedade civil, redes, movimentos sociais, centros de pesquisa e comunidades estarão organizando a Cúpula dos Povos sobre as Mudanças Climáticas. O evento acontecerá entre os dias 9 e 12 de dezembro.
A Igreja Metodista do Peru, membro do CMI, está inteiramente envolvida nas atividades relacionadas à COP 20 e à Cúpula dos Povos. No dia 8 de dezembro, ela vai promover o “Dia Metodista” – uma iniciativa que incluirá oficinas (workshops) sobre questões práticas tais como reciclagem do plástico e culinária saudável. Shows musicais e apresentações teatrais vão ocorrer também ao longo do dia. O destaque na programação é um painel sobre o tema “O cuidado pela Criação”, que terá a participação de organizações ecumênicas regionais e internacionais além de outras igrejas.
Através de suas igrejas membro locais, o CMI está aderindo aos programas religiosos organizados pelo Conselho Inter-Religioso do Peru – Religiões pela Paz, com sede em Lima, especificamente na Secretaria e Direção Geral do Religiões pela Paz para a América Latina e Caribe.
No primeiro dia da COP 20, uma delegação da Federação Luterana Mundial, formada por jovens de diferentes partes do mundo, realizou um evento para convidar as pessoas a rezar e meditar por bons resultados após a Conferência. O evento também mostrou apoio para a campanha “Fast for the Climate”, iniciativa inter-religiosa que apoia ações que buscam combater as mudanças no clima. A Federação Luterana Mundial é uma organização ecumênica parceira do CMI.
Uma declaração sobre a justiça climática por parte de organizações ecumênicas regionais e igrejas membro será finalizada e partilhada com os delegados da COP 20 e participantes da Cúpula dos Povos. O documento irá ressaltar a preocupação com os efeitos das mudanças climáticas que vêm impactando populações na América Latina nos últimos anos.
Uma delegação oficial do CMI, formado por funcionários, representantes das igrejas membros e organizações parceiras, vai participar na segunda semana da Conferência em Lima, dando atenção especial à continuação do trabalho baseado nos resultados da Cúpula Inter-Religiosa sobre as Mudanças Climáticas promovida pelo CMI e Religiões pela Paz em setembro passado na cidade de Nova York.
O Dr. Guillermo Kerber, diretor do programa do CMI “O cuidado pela Criação e Justiça Climática” ressaltou que “as COPs são uma oportunidade de fortalecer as ações ecumênicas e inter-religiosas e aumentar o trabalho que as igrejas estão fazendo no que respeita ao meio ambiente e às mudanças climáticas”.
O documento “Clima, Fé e Esperança: Tradições religiosas unidas por um futuro comum”, declaração final da Cúpula Inter-Religiosa, será oficialmente apresentado na COP 20 no dia 11 de dezembro pela delegação do CMI.
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Organizações ecumênicas dispostas a promover justiça climática na COP 20 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU