Abin monitora o Sínodo sem infiltrar agentes, afirma GSI

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09 Setembro 2019

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República informou, em documento oficial obtido pelo Estado, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não infiltrou agentes para espionar bispos da Igreja Católica na preparação do Sínodo da Amazônia. Segundo o GSI, a Abin acompanha o sínodo por meio de informações obtidas em fontes abertas e repassadas por outros órgãos federais.

“Movimento social, membros da igreja, comunidades indígenas e quilombolas, assentamentos rurais ou ONG não estão sendo monitorados por parte da Abin. Ocorre, no entanto, o acompanhamento por meio de fontes abertas para atualização de cenários e avaliação da conjuntura interna”, diz o documento, assinado pelo ministro Augusto Heleno. “Cabe à inteligência entender determinados fenômenos com fim exclusivo de averiguar seu potencial efeito lesivo à sociedade e ao Estado. Isso não se reflete, necessariamente, na realização no monitoramento de pessoas.”

A reportagem é de Felipe Frazão, publicada por O Estado de S. Paulo, 09-09-2019.

O sínodo será realizado em outubro, durante três semanas, no Vaticano. Cerca de 250 bispos devem participar, além de convidados do papa Francisco.

O evento principal é uma série de assembleias de bispos católicos para discutir temas ligados à evangelização e problemas socioambientais na Amazônia. Em documento ao Vaticano, os bispos criticam a exploração econômica, a destruição ambiental e o descaso com povos originários, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos. De dimensão política, alguns trechos geraram interpretações, principalmente entre militares, de que poderia haver um questionamento à soberania brasileira - o que os clérigos negam.

O GSI cita, como fontes abertas, veículos de imprensa, periódicos, sites da Igreja Católica e de organizações diretamente vinculadas à organização do sínodo, como a Rede Eclesial Pan-amazônica e redes sociais. O órgão negou realizar o monitoramento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de entidades vinculadas, como a Comissão Pastoral da Terra e o Conselho Indigenista Missionário.

O ofício foi assinado em maio e encaminhado ao gabinete do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). O GSI nega ter feito objeções à realização do sínodo, mas sustenta que a pauta abordará temas ligados à soberania nacional.

A íntegra da reportagem pode ser lida aqui

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