Chile. Cinco colégios da Igreja de Santiago passarão a ser gratuitos este ano

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08 Junho 2017

Em 20 dos 29 colégios que a Arquidiocese de Santiago do Chile tem, os pais já não precisam pagar mensalidade. Mais de 200 pais fizeram fila de madrugada para fazer a matrícula dos seus filhos no Colégio Salesiano.

A reportagem é de M. Bustos, publicada por La Tercera, 06-06-2017. A tradução é de André Langer.

Em Santiago, 29 colégios estão sob custódia da Igreja. Quatro deles são pagos e 20 passaram a ser gratuitos. A estes últimos se somaram outros cinco, que, a partir deste ano, serão gratuitos.

Foi o que disso o vigário para a Educação da Arquidiocese de Santiago, Andrés Moro, que acrescentou que “são dezenas de colégios católicos que fizeram a opção de serem gratuitos. Muitos eram particulares subvencionados, que tinham financiamento compartilhado e que passaram, no ano passado, a ser gratuitos, adaptando-se à nova Lei de Inclusão”.

A estes colégios somam-se aqueles pertencentes aos Salesianos, que em 2015 tomaram a decisão de se adaptar aos princípios da lei do fim do pagamento compartilhado, lucro e seleção. No ano passado, cinco dos seus colégios passaram a ser gratuitos.

Esta foi uma das razões que levou, na manhã mais gelada deste ano, mais de 200 pais a irem até o Colégio Salesiano, situado na Rua Alameda, esquina com a Rua Cumming, esperando conseguir uma das 272 vagas que o estabelecimento oferece para o processo de admissão para o ano letivo de 2018.

Embora o Colégio Salesiano Alameda ainda não seja gratuito, as mensalidades são baixas, atingindo os $ 70 mil pesos chilenos, e no ano passado já começou com um novo processo de admissão que elimina a seleção. Agora, os novos alunos entram “pela ordem de chegada”.

O processo deveria começar às 8h30, mas as portas foram abertas antes, para que os primeiros pais pudessem entrar e fazer os trâmites necessários para inscrever os seus filhos, tudo concentrado no auditório do colégio, que estava munido de calefação.

No entanto, com esta inscrição dos alunos, o processo não está concluído, já que a matrícula para o colégio ainda não tem data. Por isso, além disso, foram distribuídas 130 fichas para a lista de espera, no caso de alguns pais que fizeram a inscrição efetivamente não matricularem os seus filhos.

Claudio Montoya chegou às 4h da manhã e saiu apenas às 11h30. Conseguiu uma das 108 fichas para o sétimo ano do Ensino Fundamental. Assim, seu filho Emilio terá a possibilidade de estudar no emblemático colégio. Atualmente, seu filho está em um estabelecimento que, segundo o pai, passará a ser subvencionado a particular pago. “É uma das razões pelas quais fomos procurar outro colégio e pela internet vimos este que, embora seja particular, é mais barato”, disse Montoya.

O reitor do colégio, Walter Oyarce, assinalou que estavam surpresos com o número de pais que chegou e esclareceu que “no ano passado foi feito o mesmo processo, mas não tivemos a mesma demanda”. Em relação às críticas de alguns pais à forma como foi feito o processo, Oyarce indicou que o auditório estava preparado e com calefação desde as 8h para receber os pais e “não podemos nos responsabilizar pelas pessoas que chegam antes”.

Em relação ao que aconteceu no Colégio Salesiano Alameda, Andrés Palma, secretário executivo da reforma educacional e encarregado da Lei de Inclusão, assinalou que a situação da manhã “faz parte do queremos mudar com o sistema de admissão escolar. Hoje, as famílias têm que aguardar na fila, com frio, para entrar em um colégio. Mas com o novo sistema, como vimos em Magallanes, as famílias podem fazer a inscrição pela internet”.

Palma disse que com a nova forma de admissão, que este ano começará a entrar em vigor em Tarapacá, Coquimbo, O’Higgins e Los Lagos, “os pais deve, se postular a vários colégios. Não é quem se postula primeiro, nem aquele que tem mais oportunidades”.

Acrescenta que haverá colégios com uma demanda maior do que a oferta, como aconteceu na terça-feira, “razão pela qual alguns não poderão ser admitidos nesse colégio, mas aqueles que não forem selecionados sabem que é devido a um sistema justo, no qual tiveram a mesma oportunidade e não foi porque chegaram antes”.

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