12 Dezembro 2020
A Covid não destrói apenas a saúde. As suas garras também estrangulam os direitos humanos fundamentais. Principalmente das mulheres e dos homens do Sul do mundo.
A reportagem é publicada por Avvenire, 10-12-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
No dia mundial dedicado aos direitos humanos, no 62º aniversário da histórica Declaração da Assembleia Geral, as estimativas são desanimadoras: de acordo com a ONU, 2020 terminará com mais 77 milhões de pessoas na pobreza extrema. Não se via um salto desses desde 1998.
Trata-se de uma crise duradoura: 80% dos efeitos devem se prolongar até a próxima década, afirma o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). No entanto, a ONU não desistiu dos seus planos de arrancar da miséria 146 milhões de pessoas até 2030, conforme previsto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Para isso, ela propôs um plano que prevê uma série de medidas sociais, digitalização, promoção da economia verde, fortalecimento das instituições. Para o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, “a resposta à pandemia deve se basear na solidariedade e na cooperação. As pessoas e os seus direitos devem estar no centro das respostas e da retomada”.
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Covid também mata os direitos humanos: “O Sul global sofre cada vez mais” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU