Em Washington, manifestante pergunta se senador Aloysio Nunes foi aos EUA 'buscar apoio para golpe'

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20 Abril 2016

Um grupo de manifestantes protestou nesta terça-feira (19/04) em Washington, capital dos Estados Unidos, contra o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que realiza encontros com autoridades norte-americanas para tratar sobre o processo de impeachment da presidente brasileira, Dilma Rousseff.

A informação foi publicada por Opera Mundi, 19-04-2016.

“O senhor está aqui buscando apoio para um golpe no Brasil?”, perguntou uma das manifestantes ao senador, que negou e afirmou ser “a favor da democracia”. Sob gritos de “não vai ter golpe”, Nunes disse: “vai ter impeachment, vocês estão perdidos, você e a tua turma do PT”. “Não é por partido, é pela democracia”, disse a manifestante a que o senador se dirigiu.

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Em frente a um prédio onde Nunes possuía um compromisso previsto em sua agenda, as manifestantes seguraram cartazes com os dizeres “No coup in Brazil” (“Não ao golpe no Brasil”). No vídeo do protesto, o senador aparece acompanhado pelo ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil Luiz Alberto Figueiredo (2013-2015).

Nesta segunda-feira (18/04), um dia após a aprovação na Câmara dos Deputados do prosseguimento do processo de impeachment para o Senado, Nunes iniciou uma visita aos EUA na qual possui encontros agendados com autoridades como senadores e o subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado norte-americano e ex-embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon.

Candidato em 2014 a vice-presidente da República pela chapa de Aécio Neves e atual presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Nunes falou, em entrevista à BBC Brasil publicada nesta terça-feira, que “já existe algo sendo esboçado” sobre uma aproximação com os Estados Unidos caso Dilma seja impedida.

De acordo com o senador, a visita aos EUA coincidiu com a votação do impeachment na Câmara dos Deputados. Ao ser perguntado se o vice-presidente Michel Temer havia pedido para que ele fosse aos EUA, Nunes disse: “Isso é um delírio completo. Já tinha programado a visita. Ele me telefonou preocupado com essa campanha [de que o impeachment de Dilma seria um golpe de Estado] e perguntou o que a Comissão de Relações Exteriores do Senado poderia fazer a respeito. Ele manifestou preocupação e indignação com declarações desses dois personagens, Almagro [secretário-geral da OEA] e Samper [secretário-geral da Unasul]”. O senador disse que conversou com Temer antes de embarcar para Washington.

Nunes disse que Temer “é muito experiente em matéria política” e possui uma “capacidade de somar”. “Nós precisamos disso hoje no Brasil: formar um governo de ampla coalizão, capaz de ter força política para enfrentar os problemas que temos pela frente”, afirmou o senador.

O senador criticou o posicionamento de Almagro, com quem possuía um encontro agendado, que foi desmarcado por Nunes. Em mais de uma oportunidade, o secretário-geral da OEA, organização sediada em Washington, declarou que “não há fundamento” para o impeachment de Dilma.

“Tenho certeza de que outras declarações absolutamente bizarras dele fazem com que as posições dele sejam muito pouco levadas a sério mesmo dentro da organização da qual é secretário-geral”, afirmou Nunes, acrescentando que “de modo algum” o Brasil sofreria sanções em organismos internacionais em caso de impeachment.

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